29 agosto 2010

O baixo potencial de geração de Belo Monte

O local do desastre que está por vir.
A outorga da Usina Belo Monte, ontem, em Brasília, não altera as dúvidas quanto à viabilidade econômica da obra e à qualidade do projeto. Na avaliação do engenheiro Walter Coronado Antunes, ex-presidente da Sabesp e ex-secretário de Obras e Meio Ambiente de São Paulo, publicada na edição de junho/julho do Jornal do Instituto de Engenharia, o empreendimento tem potencial de geração tão baixo que merece ser qualificado como "uma vergonha para nós, engenheiros".

Já se sabia, pelas informações divulgadas no site da agência reguladora, que, da capacidade nominal de geração de 11,2 mil MW, apenas 40% correspondiam à energia firme. A análise do Instituto de Engenharia dá conta de que a produção será ainda menor e a usina poderá sair mais cara do que os R$ 19 bilhões previstos.
Levando em conta as exigências ambientais, a manutenção do nível de água no Rio Xingu em proporção suficiente para assegurar a sobrevivência das populações ribeirinhas, as regras de operação das casas de força e as vazões naturais do rio, as conclusões do Instituto de Engenharia são arrasadoras. Nos anos de vazão mínima, "durante oito meses a água não será suficiente para acionar a plena carga nem mesmo a Casa de Força Complementar", enquanto "ficarão paradas todas as unidades geradoras da Casa de Força Principal, com 11 mil MW de potência instalada".
O custo de implantação de Belo Monte corresponderá a no mínimo 3/4 do custo de implantação de Itaipu, mas Belo Monte terá o equivalente a apenas 1/4 da produção de Itaipu.

Segundo a análise, Belo Monte só é viável com recursos investidos a fundo perdido pelo Tesouro. A usina será, além disso, o "pior projeto de engenharia da história do Brasil e talvez da engenharia mundial".

Leia mais! http://amazoniainforma.blogspot.com/2010/08/o-baixo-potencial-de-geracao-de-belo.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário