30 setembro 2010

Tiriri cá

O Pastor e o seu aluguel



Ou seja, é o tal do 13° aluguel.

Em Altamira, antigo reduto petista, os movimentos sociais apostam mais hoje na força de James Cameron

James Cameron e a atriz Sigourney Weaver, durante visita à Amazônia Brasileira.
"Tucuruí foi feita durante o regime militar e então o PT era contrário", lembra a agricultora Raimunda gomes da Silva, para em seguida concluir: "Para nós, a sigla PT significa partido da traição".

Algo está claro em Altamira, uma cidade de 100 mil habitantes nas margens do rio Xingu, agora o quartel-general dos protestos contra a acelerada industrialização da Amazônia. O histórico Partido dos Trabalhadores (PT), que há três décadas aglutinou camponeses sem terra, povos indígenas e seringueiros como Chico Mendes em um grande movimento de oposição, já não é mais o que era. Depois de oito anos de poder, tanta coisa mudou dentro do PT que os movimentos sociais da Amazônia agora abrigam mais esperanças em Hollywood – concretamente no diretor de Avatar, James Cameron – do que na candidata Dilma Rousseff, que lidera as pesquisas com chances de se eleger a próxima presidente do Brasil.

Cameron, um rival talvez mais perigoso para Dilma do que o candidato da oposição José Serra, voltará a visitar Altamira dia 11 de outubro para rodar um documentário em três dimensões contra o projeto da usina hidrelétrica de Belo Monte. "Cameron incomoda o governo do PT", diz Antonia Melo, de 55 anos, que deixou o partido no ano passado depois de treze anos de militância.

Tanto Dilma quanto o presidente Lula pararam seus road shows eleitorais em Altamira para defender o chamado Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), um ambicioso plano de investimentos em infraestrutura que na Amazônia se traduz em projetos megalomaníacos de energia e extração mineral, encabeçados por um punhado de multinacionais brasileiras poderosas como a Vale, a construtora Odebrecht e a Eletrobrás.

Fonte: http://amazoniainforma.blogspot.com/2010/09/amazonia-contra-dilma-rousseff.html

O guerreiro sagrado

O Mundo de Sofia

 Segue um trecho do capítulo "O Renascimento: ...ó linhagem divina vestida com trajes mortais."

-Newton demonstrou também que algumas poucas leis físicas, como a lei da inércia, por exemplo, valiam para o universo inteiro. E para explicar o movimento dos planetas ele tinha usado apenas duas leis da natureza que já haviam sido mostradas por Galileu, a da inércia e aquela que vimos no plano inclinado: um corpo sobre o qual atuam simultaneamente duas forças descreve uma trajetória elíptica.
-E com isto Newton conseguiu explicar por que todos os planetas giram em torno do Sol.
-Isso mesmo. Todos os planetas descrevem órbitas elípticas ao redor do Sol e o fazem por causa de dois movimentos diferentes: em primeiro lugar, o movimento em linha reta que eles tomaram quando da criação do sistema solar e, em segundo, um movimento em idreção ao Sol, devido à gravitação.
-Muito inteligente.
-Sim, muito inteligente. Newton mostrou que as mesmas leis válidas para os movimentos dos corpos também eram válidas para todo o universo. Com isto ele afastou do caminho antigas idéias medievais segundo as quais as leis "do céu" eram diferentes das da Terra. A visão heliocêntrica do mundo encontrou, assim, sua confirmação e uma explicação definitiva.
(...)
-E as pessoas tiverem de se acostumar com a idéia de viver num planeta como outro qualquer no meio de um enorme universo?
-Sim, e em certo aspecto esta nova visão de mundo era um fardo duro de carregar. Podemos compará-lo à situação vivida pelas pessoas quando Darwin mostrou que o homem tinha evoluído a partir dos animais. Em ambos os casos, o homem perdeu um pouco da sua posição especial na criação. E em ambos os casos a Igreja opôs uma tremenda resistência.
-Dá pra entender muito bem. Afinal, onde fica Deus nessa história toda? De alguma forma tudo era muito mais fácil quando a Terra estava no centro de tudo e Deus e todos os corpos celestes moravam no andar de cima.

Páginas 229-230.

Imazon detecta 210 km² desmatamento em agosto na Amazônia

Clique na imagem para conferir as legendas.
O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), organização que faz um levantamento paralelo ao oficial da devastação na região amazônica, registrou em agosto a destruição de 210 km² de floresta.

A área detectada equivale a 131 vezes o tamanho do Parque Ibirapuera, em São Paulo, ou a pouco mais que 5 vezes o tamanho do Parque Nacional da Tijuca, no Rio. Só em julho, haviam sido detectados 155 km² de devastação na Amazônia Legal, que engloba os estados do Norte, mais Mato Grosso e parte do Maranhão.

De acordo com o Imazon, a devastação registrada em agosto representa redução de 23% em relação ao mesmo período de 2009. No ano passado, a área desmatada somou 273 km² para o mês de agosto.

O Pará registrou 68% do desmatamento observado para agosto de 2010, segundo o Imazon. O estado também teve as cidades com maiores índices de desmatamento para o período. Os municípios que mais desmataram em agosto foram São Félix do Xingu (44,5 km²), Altamira (34,7 km²) e Novo Progresso (10 km²), todos no Pará.

Mato Grosso foi o segundo estado com mais desmatamento no período, correspondente a 11% do total, seguido do Amazonas (10%), Acre (6%) e Rondônia (5%).

Por conta da cobertura de nuvens no período, foi possível monitorar 81% da área da amazônia Legal. A região não mapeada equivale ao estado do Maranhão e a partes do Amapá, Roraima, Pará e Amazonas.

Fonte: http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL1621429-16052,00-IMAZON+DETECTA+KM+DESMATAMENTO+EM+AGOSTO+NA+AMAZONIA.html

Candidatos com registro indeferido pela Ficha Limpa terão votos anulados em SP

Tadinho... do Sparrow.
Os candidatos que tiveram o registro de candidatura indeferido, inclusive os barrados pela Ficha Limpa, e apresentaram recurso mas ainda aguardam julgamento terão os votos considerados como nulos nas eleições, segundo o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo.

Entre os candidatos que não terão o número de votos divulgados no domingo estão Paulo Maluf e Beto Mansur, ambos do PP. Apesar de o TRE sempre ter considerado como nulos os votos para candidatos cujo registro fora indeferido ou estava sub judice, neste ano a Lei da Ficha Limpa aumenta este grupo.

O TRE indeferiu 400 candidaturas neste ano, sendo 39 pela Lei da Ficha Limpa. O TRE de São Paulo foi o que mais barrou candidaturas com base na nova legislação.

Os votos que esses candidatos receberem não aparecerão na divulgação dos resultados do TSE. De acordo com o TRE, porém, os números estarão disponíveis no site Tribunal na segunda-feira (04).

No futuro, se houver mudanças na situação do candidato após o julgamento dos recursos (o que pode levar anos), os votos serão validados e haverá uma nova totalização dos resultados daquela eleição, o que pode causar alteração nos dados já divulgados.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/807188-candidatos-com-registro-indeferido-pela-ficha-limpa-terao-votos-anulados-em-sp.shtml

Substituição de última hora

28 setembro 2010

Ativistas ambientais protestam contra uso de energia nuclear na Alemanha

No Brasil, vem aí, Angra 3.
Cerca de cem ativistas protestaram contra a decisão do governo alemão de prolongar o uso de energia no país. A manifestação ocorreu nas imediações da sede da Chancelaria, nesta terça-feira. De manhã, integrantes do Greenpeace projetaram a frase "energia nuclear prejudica a Alemanha" em 17 reatores.
 
A oposição a esse tipo de energia se tornou crônica com o acidente em Chernobyl, em 1986. Mais recentemente, um ato de protesto em massa levou mais de cem mil alemães às ruas neste mês, depois de ser anunciada a aprovação da chanceler Angela Merkel em dar continuidade ao programa nuclear, que revoga decisão anterior de fechar todos os reatores até 2021.

Merkel defendeu o uso da energia nuclear como sendo uma "tecnologia de transição" que permitirá o governo desenvolver recursos renováveis a partir da utilização de biocombustíveis e energias eólica e solar.

O líder do partido oposicionista Sigmar Gabriel, do partido dos sociais-democratas, acusou o governo de estar interessado somente no dinheiro. "As velhas plantas nucleares podem produzir diariamente milhões de euros", disse. "É isso que está em jogo, nada mais." 

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/805938-ativistas-ambientais-protestam-contra-uso-de-energia-nuclear-na-alemanha.shtml

Um quinto das plantas do planeta em risco de extinção, alerta estudo

É o tal do racional burro.
Mais de um quinto das espécies de plantas do mundo corre o risco de se extinguir, uma tendência com efeitos potencialmente catastróficos para a vida na Terra, revela um estudo publicado esta quarta-feira.


Uma pesquisa em separado alertou que a extinção dos mamíferos havia sido superestimada e sugeriu que algumas espécies que se acreditavam extintas ainda poderão ser redescobertas.

Stephen Hopper, diretor do Royal Botanic Gardens em Kew, Londres, disse que o relatório sobre a perda de plantas foi o mapeamento mais preciso já feito sobre a ameaça para as estimadas 380 mil espécies de plantas do planeta.

"Este estudo confirma o que nós já suspeitávamos: que plantas estão sob ameaça e que a principal causa é a perda de hábitat pelas mãos do homem", disse Hopper no lançamento da chamada Sampled Red List Index.

Em seu estudo, os pesquisadores avaliaram cerca de quatro mil espécies, das quais 22% foram classificadas em risco, especialmente nas florestas tropicais.

As plantas estão mais ameaçadas do que as aves, tão ameaçadas quanto os mamíferos e menos do que os anfíbios e os corais, destacou a pesquisa. Os gimnospermas, grupo de plantas que inclui os pinheiros, estão entre os mais ameaçados.

O maior perigo é representado pela perda de hábitat provocada pelo homem, a maioria a conversão de hábitats naturais para cultivo e criação de gado. A atividade humana responde por 81% das ameaças, disse o pesquisador do Kew, Neil Brummitt.

Texto completo: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/afp/2010/09/28/um-quinto-das-plantas-do-planeta-em-risco-de-extincao-alerta-estudo.jhtm

Ministério Público dá parecer contrário ao registro da candidatura de Weslian Roriz

Tadinho, vítima do socialismo e criativo também.
O Ministério Público Eleitoral emitiu nesta terça-feira parecer contrário ao registro da candidatura de Weslian Roriz (PSC), mulher do ex-governador Joaquim Roriz (PSC), ao governo do Distrito Federal.
O parecer é assinado pelos procuradores Renato Brill de Góes e José Osterno Campos de Araújo. Weslian protocolou no último sábado o registro de sua candidatura no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) em substituição ao marido, que renunciou à candidatura.


Para eles, a candidatura é "escárnio e fraude". Os procuradores dizem que candidatura da mulher de Roriz legitimaria "candidaturas laranjas" em todo o país.

Eles afirmam que a mulher de Roriz foi usada para driblar a Lei da Ficha Limpa, que barrou o candidato do PSC.

"A candidatura de Weslian Roriz, por si só, não teria óbice. Por outro lado, há que se considerar que o pedido decorre de substituição", diz o procurador em parecer. "Roriz afirmou, de uma forma que deixou toda sociedade perplexa, que continua candidato e que vai governar o Distrito Federal, já que sua esposa seria 'apenas' sua representante: substituir de fachada o candidato indeferido", diz parecer.

Os procuradores afirmam que, como a renúncia à candidatura foi motivada pela lei, o prazo para substituição expirou. Segundo os procuradores, a lei exige um prazo de dez dias para os casos em que houve decisão judicial contrária ao registro da candidatura.

"A referida renúncia não foi um ato liberal de vontade, dotado de espontaneidade, mas sim a decisão do TRE-DF. E tanto não foi um ato de vontade espontâneo, que somente após não ter logrado êxito no Supremo Tribunal Federal, viu-se compelido a renunciar."

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/806113-ministerio-publico-da-parecer-contrario-ao-registro-da-candidatura-de-weslian-roriz.shtml

Uma lei de proteção à natureza?

Ainda nos afastamos da nossa raíz.
Evito fazer previsões, mas o problema da conservação ambiental certamente continuará presente em todo o mundo nas próximas décadas, principalmente por envolver grandes interesses econômicos e políticos. Se, por um lado, a questão desperta sentimentos idealistas, moderados por atitudes alienadas; por outro é causa de real preocupação por parte de cientistas e especialistas em conservacionismo.

Vez por outra, lembro o artigo de R.A.Amaral Vieira publicado em Ciência e Cultura (36(5):797-800, 1984), que resume a palestra proferida em 1º de junho de 1983 na abertura da Semana do Meio Ambiente de Pernambuco, a convite da SUDENE. Disse ele naquela ocasião:

“Dessa alienação decorre nosso esforço por colocar fora de nós tanto o meio ambiente quanto a poluição. Meio ambiente é identificado com o verde das florestas, com a preservação dos animais da África, com a baleia-azul que jamais veremos, com o mico-leão-dourado. Com o mundo que não nos pertence, do qual não temos relações, nem econômicas nem outras, e que, por isso mesmo, podemos proteger, prometer proteger, porque a proteção não depende de qualquer ação objetiva nossa. Poluição passa a ser a fumaça da indústria que está longe, e como não somos industriais podemos ser contra a   poluição industrial e nos anunciarmos como suas vítimas, embora beneficiários, como consumidores, de seus produtos.”

O Brasil promoveu a revisão das leis de conservação da natureza herdadas da era Vargas, que serviriam de exemplo para a legislação peruana e colombiana. Victor Abdenur Farah, do Ministério da Agricultura, ao qual cabia estabelecer a política de conservação na década de 1960, foi o responsável pela escolha das comissões de especialistas para a redação dos novos projetos de lei.

Na época, a sugestão de se tentar consolidar a legislação em um único Código de Conservação da Natureza foi considerada por Farah como prematura. Sua opinião era a de que, em um primeiro passo, deveria ser feita a revisão das antigas leis da década de 1930. Posteriormente, os novos textos legais viriam a ser combinados em um único código de proteção às águas, ao solo, aos recursos minerais, à fauna e à flora.

A discussão atual sobre a revisão do Código Florestal tem deixado de considerar esse aspecto fundamental, exatamente aquele que escapou ao general-presidente do DNRNR na década de 1960, mas que não escapou a Farah. Uma espécie não é um animal ou uma planta isolados de seu ambiente. Não é o bicho que se vê em um Jardim Zoológico ou uma árvore em um Jardim Botânico, um arboreto ou uma praça pública. A espécie é uma entidade natural que somente existe como tal em seu contexto ecológico, integrando um sistema complexo de relações com os fatores físicos e bióticos do ambiente em que ocorre na natureza. É parte de uma comunidade, que depende do conjunto de fatores característicos de seu meio. Conservação envolve tanto conceitos teóricos como o de ecossistema, quanto realidades biogeográficas como biomas e biótopos.

Alterar o Código Florestal significa, portanto, afetar a fauna, os solos, as águas, independentemente da existência de suas leis e códigos específicos. É alterar, portanto, as condições de vida humana e, de maneira direta, a saúde individual, coletiva e ambiental.

Mudanças climáticas, aquecimento global, mercado virtual dos créditos de carbono conseguem mais atenção do que as verdadeiras mudanças ecológicas pelas razões apontadas por Amaral Vieira no artigo citado acima. Situam-se em universos e escalas distantes de nossa experiência cotidiana e pessoal. A não ser para quem confunde meteorologia e clima e acredita presenciar mudanças climáticas nas suas lembranças vagas das temperaturas e estiagens no ano anterior.

Entretanto, as demandas dos barrageiros, do lobby da agricultura industrial, a transposição do rio São Francisco, as derrubadas da floresta amazônica e atlântica, do cerrado e caatinga, os interesses políticos que dizem respeito ao ordenamento do território e suas consequências, estes, sim estão atuantes e constituem as causas de profundas mudanças ecológicas, econômicas e sociais com as quais devemos nos preocupar.


Fonte: http://www.oeco.com.br/convidados/24399-uma-lei-de-protecao-a-natureza

27 setembro 2010

Colarinho verde

Lentamente caminhando pro futuro.
A maior prova de que energia renovável dá lucro, e muito, acaba de vir da Itália. Por lá, o crescimento da indústria tem sido tanto, que ela já foi alvo de membros da máfia. A polícia desbaratou esquema de lavagem de dinheiro usando ativos eólicos e solares que envolve o empresário Vito Nicastri, suspeito de ligações com o grupo criminoso Cosa Nostra. A notícia saiu no Jornal da Energia.

Aqui no Brasil, por enquanto, tudo anda dentro da lei. Quem está na vanguarda é o Ceará. A cidade de Horizonte, a 40 km de Fortaleza, vai abrigar a primeira fábrica de painéis fotovoltaicos do país, a Energia Solar Brasileira (Esbra), com previsão de abertura já em 2011.

O governo e a prefeitura de Horizonte deram um empurrãozinho para a empreitada, cedendo terreno e mão-de-obra, até a fábrica poder caminhar com as próprias pernas. Segundo reportagem do jornal Valor Econômico, a iniciativa colabora imensamente com quem tem planos de atuar no setor de usinas solares no Brasil.

Fonte: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Blog/colarinho-verde/blog/26507

26 setembro 2010

Imagem de milhares de arraias vence prêmio de fotografia ambiental

Uma impressionante foto de um conglomerado sem precedentes de arraias no litoral do México deu ao fotógrafo alemão Florian Schulz o título de fotógrafo ambiental do ano concedido pela Chartered Institution of Water and Environmental Management (CIWEM). A competição fotográfica, que está em seu quarto ano, recebeu mais de 4.500 imagens de fotógrafos de 97 países.

O fotógrafo alemão Florian Schulz explica como conseguiu tirar a foto vencedora:

"Durante uma expedição aérea pela costa mexicana, eu me deparei com algo que nunca tinha visto antes. Nem mesmo o piloto do avião, que está acostumado a pilotar pela área pelos últimos 20 anos, havia visto algo parecido. Quando sobrevoávamos a área procurando por baleias, uma grande mancha negra no mar chamou nossa atenção.

Quando chegamos perto, descobrimos o que era: um grande conglomerado de arraias. O grupo era muito coeso e navegava na mesma direção. Eu pesquisei o que significava o fenômeno, mas ninguém foi capaz de explicar.

Após essa observação única, percebi que há muitas maravilhas dos oceanos que ainda precisamos entender. O nosso conhecimento dos mares é tão limitado que eu só esperamo que a gente consiga estudá-lo a tempo, antes que a poluição e a pesca excessiva coloque um fim aos fenômenos".


Infantilização eleitoral!


Fonte: http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/arch2010-09-01_2010-09-30.html#2010_09-24_00_17_13-10045644-0

Movimento em defesa da Ficha Limpa já tem 140 mil assinaturas

Não sei se vou ou se fico.Não sei se fico ou se vou.
Não é à toa que o carimbo de "ficha limpa" vem sendo usado amplamente por todo e qualquer candidato nesta eleição. A turma que mobilizou quase 2 milhões de assinaturas para a aprovação da lei agora organiza uma petição a ser entre no Supremo Tribunal Federal (STF), tendo em vista os muitos quesitonamentos sobre a "constitucionalidade" da Ficha Limpa. Até agora, mais de 140 mil já assinaram o documento.

O STF está dividido e deve julgar amanhã a constitucionalidade da lei. Alguns magistrados defendem a aplicação imediata da Ficha Limpa, enquanto outros pretentem adiar para 2012. Os tribunais regionais já barraram mais de 240 candidatos, como Paulo Maluf e Jader Barbalho. Dependendo da sentença do tribunal, todos serão liberados para as eleições de outubro.

Para assinar a petição que será entregue ao presidente do STF, clique aqui.

Fonte: http://extra.globo.com/geral/extraextra/posts/2010/09/21/movimento-em-defesa-da-ficha-limpa-ja-tem-140-mil-assinaturas-326257.asp

25 setembro 2010

Bossa Nova nova

A poesia na música

Filme mostra vida em cidades fronteiriças cercadas pela floresta amazônica

Maya Da-Rin.
A cineasta brasileira Maya Da-Rin morou durante dois meses na cidade colombiana de Letícia, em 2005. A experiência representou o início da produção de um documentário que destaca o lado urbano da região, localizada em uma área na fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, e rodeada de floresta amazônica. O filme estreou nesta semana em São Paulo e está em cartaz no Rio de Janeiro desde o dia 17.

Dirigido por Maya, "Terras" apresenta o cotidiano de personagens urbanos que vivem entre Letícia, na Colômbia, Tabatinga, sua cidade "gêmea" em território brasileiro, e o vilarejo de Santa Rosa, no Peru. A proposta é mostrar como vive a população nesses locais em que a linha de fronteira entre os países se torna, em muitas situações, simplesmente simbólica.

O filme já foi exibido em diversos festivais de cinema no Brasil e no exterior, entre eles a 33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

Fonte: http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL1620688-16052,00-FILME+MOSTRA+VIDA+EM+CIDADES+FRONTEIRICAS+CERCADAS+PELA+FLORESTA+AMAZONICA.html

Brasil está deixando para trás fama de desmatador, diz 'Economist'

A cara do próximo presidente?
Uma reportagem publicada na edição desta semana da revista Economist afirma que o Brasil está deixando para trás a fama de desmatador, mas precisa superar entraves para virar o que um entrevistado no texto chama de "potência ambiental".

A revista explica as razões pela qual o país reduziu significativamente a sua taxa de desmatamento entre o fim dos anos 1990 e o início deste século e os últimos anos.

Segundo a Economist, entre 1996 e 2005 cerca de 19,5 mil km² da Amazônia brasileira eram desmatados a cada ano. Entre 2008 e 2009, essa área foi reduzida drasticamente, para cerca de 7 mil km².

Entre as razões apontadas para este fenômeno está uma menor demanda mundial por commodities agrícolas - que alivia as pressões para produzir alimentos na área de floresta -, combinada com ações governamentais.

Entre tais ações, está uma maior regularização da Amazônia, com a demarcação de mais áreas indígenas, parques nacionais e áreas de produção de madeira, e mais ações policiais para coibir a exploração ilegal da floresta e um acompanhamento mais minucioso do desmatamento via satélite.

A revista lembra que o país prometeu reduzir o desmatamento em 80% até 2020 e afirma que, diante dos recentes resultados, "muitos formuladores de políticas públicas agora falam de parar de vez o desmatamento até 2030, ou até revertê-lo".

Entraves
Entretanto, a revista observa que o país ainda precisa superar entraves para virar o que o ex-ministro da Fazenda, Rubens Ricúpero, imagina como uma "potência ambiental".

Embora tenham melhorado, os esforços de policiamento ainda são esporádicos e os recursos das autoridades ambientais ainda são parcos, diz a revista. Além disso, mesmo quando condenados, muitos criminosos ambientais não pagam multas.

O artigo também lembra a pressão de produtores para que haja um maior relaxamento na legislação ambiental, em especial a que requer que toda propriedade amazônica mantenha pelo menos 80% de cobertura vegetal intacta.

"Porém, acabar com o desmatamento na Amazônia é de interesse do Brasil, e muitos brasileiros o estão reivindicando, razão pela qual hoje é imaginável."

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/09/brasil-esta-deixando-para-tras-fama-de-desmatador-diz-economist.html

Queimadas matam animais e assustam moradores em cidades de MTQueimadas matam animais e assustam moradores em cidades de MT

Homem que se mata por dinheiro...
As queimadas em Mato Grosso continuam a assustar a população. As chamas acabam com casas, matam animais e transformam a vegetação em poeira.

O vento ajuda a espalhar rapidamente os focos de incêndio. Moradores de um assentamento em Marcelândia, no norte do estado, usam até baldes para tentar impedir que o fogo queime as casas.

Os animais não puderam ser salvos. "Eu chorei de pena das criação fechada ali. Quando senti que ia morrer lá na mangueira, não podia voltar que o fogo não deixava", diz o produtor rural Julio Moreira.


Em Rondonópolis, no sul do estado, fazendas inteiras foram destruídas e agora o gado procura o que comer em meio às cinzas. O fogo também destruiu parte de uma reserva ecológica no pantanal e chegou até a área de lazer de um hotel.

Segundo o Inpe, foram registrados em Mato Grosso mais de 3 mil focos de queimada nesta quinta-feira (23), quase 60% do que foi registrado em todo o país.

Fonte: http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL1620512-16052,00-QUEIMADAS+MATAM+ANIMAIS+E+ASSUSTAM+MORADORES+EM+CIDADES+DE+MT.html

O fim do mundo dos brancos na visão de Davi Kopenawa Yanomami

A queda do povo da mercadoria.

Com 800 páginas contendo dois cadernos com 16 fotos cada, o livro A queda do céu, Palavras de um xamã yanomami, será lançado no próximo 30 de setembro, na França, pela coleção Terre Humaine da editora Plon. Foi escrito a partir de relatos de Davi Kopenawa, recolhidos em língua yanomami pelo etnólogo Bruce Albert, seu amigo há mais de 30 anos.


O líder Yanomami relata sua história e suas meditações de xamã frente ao contato predador dos brancos com o qual seu povo teve de se defrontar depois dos anos 1960. Ao final, ele alerta em tom profético que quando a Amazônia sucumbir à devastação desenfreada e o último xamã morrer, o céu cairá sobre todos e será o fim do mundo.

O livro, cujos direitos de publicação no Brasil foram adquiridos pela Companhia das Letras, é composto de três partes: a primeira, Tornar-se outro, retrata a vocação xamânica de Davi desde a infância até sua iniciação na idade adulta, descrevendo a riqueza de um saber cosmológico secular. A segunda parte, denominada A fumaça do metal, relata por meio de sua experiência pessoal, não raro dramática, a história do avanço dos brancos sobre a floresta – missionários, garimpeiros entre outros – e sua bagagem de epidemias, violência e destruição. Finalmente, a terceira parte, A queda do céu, refere-se à odisseia vivida por Davi ao denunciar a dizimação de seu povo nas viagens que fez à Europa e aos Estados Unidos. Entremeado por visões xamânicas e por meditações etnográficas sobre os brancos, o relato termina em um profético apelo que anuncia a morte dos xamãs e a “queda do céu” sobre aqueles que Davi chama de “o povo da mercadoria”.

Fonte: http://globoamazonia.globo.com/platb/isa/

Dos presidenciáveis, Serra é quem tem mais processos

O novo morador da ilha.
Levantamento do Congresso em Foco sobre as certidões judiciais dos presidenciáveis mostra que o tucano José Serra é quem mais responde a processos. De acordo com as certidões que ele mesmo apresentou, são 17 processos declarados à Justiça Eleitoral. Ao todo, foram analisadas as 222 certidões entregues ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelos nove postulantes à Presidência da República e respectivos vices. Michel Temer (PMDB), vice da candidata petista Dilma Rousseff, aparece com três ações judiciais. José Maria Eymael, candidato a presidente pelo PSDC, tem duas certidões positivas. Os demais candidatos à Presidência apresentaram certidões negativas, ou seja, que informam não haver processos contra eles.

Uma norma da legislação eleitoral obriga todos os candidatos a cargos eletivos a apresentarem, no ato do registro das suas candidaturas, certidões que informem a sua situação judicial, se respondem a processos e qual a situação de cada um deles. Sonegar essas informações, conforme a legislação, implica crime eleitoral. A novidade neste ano é que as declarações tornaram-se públicas, e estão sendo divulgadas na página do TSE.

Fonte: http://congressoemfoco.uol.com.br/noticia.asp?cod_canal=21&cod_publicacao=33999

Aviso aos leitores

Pessoal, nessa semana que passou postei só algumas atualizaçoes, principalmente sobre política, já que o momento é esse. Tava dando um tempo da rotina, revendo uns amigos, pensando um pouco sobre mim mesmo, percebendo certos erros e acertos, e tentando entender alguns comportamentos. Enfim, relaxando...

Agora voltemos à nossa programação normal.

22 setembro 2010

Para ambientalista, Dia Mundial Sem Carro é útil para estimular a reflexão

Dia Mundial sem Carro: pensando globalmente e agindo localmente.
Eleger um dia para que as pessoas deixem o carro em casa, como propõe o Dia Mundial Sem Carro (22), não traz grande impacto do ponto de vista da poluição, mas estimula a reflexão sobre como tornar o deslocamento na cidade mais sustentável. É o que defende o ambientalista e consultor Lincoln Paiva, autor do blog Mobilidade Sustentável.

O Dia Mundial Sem Carro foi comemorado pela primeira vez em 1998, na França. Com o tempo, a mobilização se estendeu por países europeus e chegou a outros continentes. No Brasil, o evento ocorreu pela primeira vez em 2001 (veja aqui algumas atividades programadas para esta terça-feira).

"Quem faz opção por transporte alternativo e deixa o carro na garagem, não só evita a emissão de CO2,  mas também de gases tóxicos responsáveis por matar cerca de 7.000 pessoas por ano", diz o consultor, que também é membro da Cities-for-Mobility, rede mundial de mobilidade urbana coordenada pela cidade de Stuttgart. Como ele afirma, nesta entrevista ao UOL Ciência e Saúde, é preciso mudar a mentalidade de que transporte público "é coisa de pobre".

UOL Ciência e Saúde: Você é favorável à implementação de impostos ou pedágios urbanos para desestimular o uso do carro?
LP: Ao pedágio urbano, não. Sou favorável a trabalhar o gerenciamento da demanda de transportes. Com inteligência é possível desestimular o uso do carro. É preciso trabalhar o conceito de bairros compactos e levar desenvolvimento para os bairros populosos, para que as pessoas evitem ter que procurar empregos, escolas e lazer no centro da cidade, assim como têm feito muitas cidades do mundo como Portland, nos EUA. Lá, as pessoas tem acesso ao trabalho e a bens e serviços em até 20 minutos de caminhada. Sou favorável à taxa de congestionamento: se a pessoa insiste em trafegar nos horários de pico, deve pagar mais por isso. Afinal, hoje quem mais paga pelo trânsito é a população que não tem carro, pelo impacto da poluição à saúde. Também sou a favor da politica do poluidor pagador: quanto mais o carro emite de poluição, mais ele deveria pagar de imposto. Também defendo que se aumente o IPVA de carros mais antigos, que geram mais poluentes.

Leia a emtrevista completa: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2010/09/22/para-ambientalista-dia-mundial-sem-carro-e-util-porque-estimula-a-reflexao.jhtm

Criticado, Tiririca agora declara o que pretende fazer se for eleito

Provavelmente, um dos nossos futuros políticos.
Depois de ter dito em sua propaganda na TV e em entrevista à Folha não saber o que faz um deputado federal, o palhaço Tiririca (PR) colocou em seu site de campanha as propostas que pretende defender na Câmara.

Entre as ideias que pretende levar adiante caso seja eleito estão incentivos fiscais para circos e um projeto de lei que regulamenta os partos e obriga que eles sejam realizados pelo médico que fez os exames pré-natal, além de projetos contra a discriminação dos nordestinos.

Tiririca pega carona no carro-chefe dos programas sociais do governo federal e diz querer lutar pela ampliação do Bolsa Família.

Além disso, o palhaço sugere as comissões da Câmara em que gostaria de atuar: Educação e Cultura; Seguridade Social e Família; e Direitos Humanos e Minorias.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/802667-criticado-tiririca-agora-declara-o-que-pretende-fazer-se-for-eleito.shtml

Supremo decide hoje o futuro da Lei da Ficha Limpa

A ainda frágil Ficha Limpa.
O STF (Supremo Tribunal Federal) pode decidir nesta quarta-feira (22) o futuro da Lei da Ficha Limpa, ao julgar recurso de Joaquim Roriz (PSC), candidato ao governo do Distrito Federal. Roriz teve o registro de candidatura negado em todas as esferas da Justiça Eleitoral e apelou, alegando que a Lei Complementar 135/2010 é inconstitucional.

Entenda o que está em julgamento
Roriz renunciou ao mandato de senador, em 2007, para fugir de processo de cassação por quebra de decoro parlamentar. A Lei da Ficha Limpa proíbe a candidatura de políticos nessas condições, assim como daqueles que possuam condenações por decisão colegiada (por mais de um membro do Judiciário).

Em parecer enviado à Corte, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, manifestou-se contrário ao recurso. “O candidato quis burlar o objetivo da norma, (...) escapando da cassação”, afirmou. Gurgel diz ainda que “inelegibilidade não é pena e, por isso, não cabe a aplicação do princípio da irretroatividade da lei”.

Insegurança jurídica
Em agosto deste ano, o TSE confirmou que a lei retroage, atingindo candidatos com condenações anteriores à norma. Mas, diante da ausência de um posicionamento do Supremo sobre a constitucionalidade da legislação, TREs e o próprio TSE já liberaram concorrentes nessas condições. Ministros do Supremo, em decisões monocráticas, também já liberaram candidatos. Os pedidos são julgados um a um.

O Supremo está dividido sobre o tema, e há grande possibilidade de empate. Nesse caso, mais uma controvérsia pode entrar na pauta do plenário: o chamado voto de qualidade, proferido pelo presidente da Corte para desempatar a questão.

Nos casos de declaração de inconstitucionalidade, há discussão sobre se cabe o mecanismo. Embora o regimento interno da Corte permita o voto, pela Constituição, seria necessária a maioria absoluta dos membros do STF para derrubar uma lei. Se não houver maioria, o empate significa que a lei continua em vigor.

Fonte: http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/09/22/supremo-decide-hoje-o-futuro-da-lei-da-ficha-limpa.jhtm

17 setembro 2010

Políticos do Brasil

Eu prometo...
Pesquise a evolução dos bens de seu candidato. É fácil, basta digitar o nome de seu candidato para ver seus bens declarados à Justiça Eleitoral.

http://noticias.uol.com.br/politica/politicos-brasil/

16 setembro 2010

Dira Paes narra vídeo sobre impactos da hidrelétrica de Belo Monte

"Povos indígenas, economistas, engenheiros, cientistas e ambientalistas têm denunciado a ameaça de Belo Monte, seus impactos sociais e ambientais e sua ineficiência energética e econômica, exigindo o cancelamento do projeto", narra a atriz paraense Dira Paes, no vídeo Defendendo a Amazônia, que foi lançado hoje (15).

Produzido pelo Movimento Xingu Vivo Para Sempre (MXVS), o vídeo é dividido em duas partes e faz parte de uma campanha nacional e internacional coordenada pelo MXVS, coalizão de organizações sociais e ONGs em defesa do Rio Xingu e contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte.

Segundo os coordenadores do movimento, a gravação alerta a sociedade brasileira para o processo atropelado, leviano, desrespeitoso e ilegal de planejamento e licenciamento do empreendimento pelo governo federal.

Para Dira Paes, a luta pela preservação do Xingu é a luta pela vida da Amazônia e de seus povos: "Não podemos nos omitir diante da exploração indevida e absurda da floresta.  Este rio jamais poderia ser ameaçado pela construção de Belo Monte.  Estamos degradando o que nos resta da grande reserva ambiental do planeta.  Não podemos aceitar que a fauna, a flora e o ser humano sejam desrespeitados em nome de uma energia destrutiva".

Veja os vídeos:

 





Fonte: http://www.amazonia.org.br/noticias/noticia.cfm?id=366730

Análise: FHC critica hoje em Lula mesma atitude de quando era presidente


Muita gente esqueceu que Fernando Henrique, no auge da popularidade, ironizava o “nhém-nhém-nhém neoliberal” da oposição, desqualificando-a como um grupo de “fracassomaníacos”, qualificando-a de “neobobos”. Toda gente parece ter esquecido que foi o PSDB, de posse da maioria e da máquina, que alterou as regras do jogo, aprovando a reeleição, inclusive para o presidente que fora eleito sob outras regras.

Parece que esqueceram também que há dezesseis anos, Sérgio Motta falava de “um projeto de 20 anos” e que, em 2005, na onda do Mensalão, Jorge Bornhausen falava em “acabar com essa raça”. Referia-se aos petistas. Claro que isto não significa que o uso e o abuso dos mesmos mecanismos e que a rala postura republicana atual estejam corretos. Um erro não justifica mesmo o outro.

Mas, isto é, por outro lado, demonstração cabal que a civilidade política, a elegância e o espírito republicano, no Brasil, é menos uma questão de princípios do que a perspectiva de estar ou não de posse dos instrumentos de poder. É a confirmação indesmentível de que o “roto adora falar do rasgado”; de que se o casuísmo no olho do adversário é uma trave, tratamos o nosso como simples cisco. Na oposição, o PT usava os mesmos argumentos e queixumes que tucanos vocalizam hoje. E vice-versa.

É fato, Fernando Henrique, em 2002, manteve-se equidistante, quase neutro da eleição; a transição para o governo petista foi um exemplo de civilidade. E, claro, difícil será afirmar que agiria diferente tivesse ele a popularidade que hoje Lula ostenta; estivesse a economia do país no patamar atual. Pode ser que sim, mas é bom ponderar que também pode ser que não. Como não aconteceu, jamais saberemos. Ao contrário de Lula, FHC foi escondido da campanha de Serra – como, aliás, ainda é. Mas, que momentos de triunfalismo também lá houve, ah, isso houve!

A diferença talvez resida no fato de a ironia de FHC ser mais chique e a de Lula mais escrachada. Neste duelo, à classe média agrada mais o estilo “florete” de FHC, do que o “sabre” de Lula. Talvez mais uma questão de gosto, de estética, do que propriamente de ética. Mas, o embate que há aqui, houve ali.

O problema concreto não está em outro lugar. Esse caminho nos levará apenas à mitificação e à eterna crucificação do inimigo, absolvendo sempre nossas almas repletas de pecados e pecadilhos. A o busílis, o quiproquó, reside no Poder e na institucionalidade que possuímos (ou não) capaz de contê-lo. Ensina-nos a história e a leitura dos clássicos que naquilo em que a República se omite pelas leis e costumes, o Príncipe agirá pela sagacidade ou pela força.

Ensina-nos também a experiência vivida em cada microprocesso que a natureza humana necessita da contenção de seus ímpetos; requer regras, controles e vigília. E é isto que não temos. Culpa de quem? Ora, de todos. Por isso mesmo, o caso é mais sério que esse maçante conflito PT X PSDB, já tão antigo quanto cansativo; o Fla-Flu sem sentido que tem se tornado o centro do debate político nacional.

Toda eleição traz consigo uma inevitável tensão; rusgas, ataques, contra-ataques, às vezes, agressões físicas mesmo. É assim; debita-se tudo ao calor das disputas, à emoção, aos projetos em jogo, à frustração; a gana de competir, como se fosse um jogo que de fato é. Tudo certo. Mas, também deve apontar para o futuro.

A eleição passa e a vida continua. O eleito precisa governar; o derrotado, recuperar a autoestima, reinventar-se num novo projeto. Também setores que torceram, se engajaram, financiaram, apoiaram com recursos ou estrategicamente, precisam acordar no dia seguinte. “Vida que segue”, dizia João Saldanha.
O que chama atenção na presente eleição não é exatamente o grau de virulência – ainda que exacerbado --, mas justamente as pontes que aos poucos vão sendo incendiadas fazendo caminhos sem volta. O busílis e o quiproquó vão se eternizando, quando na verdade precisaríamos sair desse ciclo vicioso.

Seria um bom papel para o Congresso: reorganizar um centro político capaz de baixar a poeira, conter radicais, costurar acordos, estabelecer regras. Mas, parece que também nos faltará no Parlamento figuras assim, como foram Ulisses, Tancredo, Thales Ramalho, Petrônio Portela, Marco Maciel... Infelizmente, a decadência da atividade parlamentar e a ausência de bombeiros é o nosso maior problema; o busílis de verdade. E ninguém fala nisso.

Discutir mais profundamente nossos defeitos e anacronismos, repactuar regras do jogo, definir normas de convívio, consolidar instituições... Estes são os desafios; até porque o que sustenta de verdade o desenvolvimento econômico e social são as instituições. Sem elas, o retrocesso é inevitável. Elas, infelizmente, estão ausentes da preocupação dos discursos dos candidatos, dos analistas, da mídia, das classes sociais.

Tudo parece resumir-se a questões pessoais. No fim, amaldiçoa-se a escuridão, mas seria o caso de perguntar onde estão os fósforos e as velas. Precisamos acender as luzes. Quem fará isto?

*Carlos Melo, Cientista Político, doutor pela PUC-SP. Professor de Sociologia e Política do Insper. Autor de “Collor, o ator e suas circunstâncias”. Siga-me no Twitter: @CMeloPolítica

Fonte: http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/09/15/analise-fhc-critica-hoje-em-lula-mesma-atitude-de-quando-era-presidente.jhtm

Lula lança plano de ação para prevenir desmatamento e queimadas no Cerrado

Cerrado queima mais que a Amazônia. Seria possível?
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta quarta-feira (15) o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado (PPCerrado). Segundo reportagem do UOL Notícias, o  bioma foi palco de 56% de todos os focos de incêndio registrados no país de 1º de janeiro a 14 de setembro deste ano.

Para conseguir reduzir as taxas de desmatamento e de queimadas, o PPCerrado pretende promover ações como fomento a atividades produtivas sustentáveis, monitoramento e controle, ordenamento territorial e educação ambiental. O plano, coordenado pela Casa Civil, também conta com a participação de outros 15 ministérios.

Dentre os principais resultados aspirados pelo governo até o ano de 2020, estão a redução do desmatamento em pelo menos 40%; a redução das queimadas e dos incêndios florestais; a disseminação de práticas silviculturais sustentáveis; o aumento do consumo de carvão de florestas plantadas de ferro gusa; o aumento do volume de recursos disponibilizados em linhas de crédito rural subvencionadas para ações de recuperação de áreas degradadas; e o aumento da agilidade das ações de controle e fiscalização do desmatamento.

Ironia
Um foco de incêndio no Parque Nacional causou problemas no fornecimento de energia elétrica em parte de Brasília na tarde de hoje . O incêndio atingiu uma linha de alta tensão.

O apagão ocorreu enquanto a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, discursava durante a apresentação do PPCerrado.

Ops!

Fonte: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2010/09/15/lula-lanca-plano-de-acao-para-prevenir-desmatamento-e-queimadas-no-cerrado.jhtm

15 setembro 2010

O dia da criação

O grande Vinicius.
III

Por todas essas razões deverias ter sido riscado do Livro das Origens, ó Sexto Dia da Criação.
De fato, depois da Ouverture do Fiat e da divisão de luzes e trevas
E depois, da separação das águas, e depois da fecundação da terra
E depois, da gênese dos peixes e das aves e dos animais da terra
Melhor fora que o Senhor das Esferas tivesse descansado.
Na verdade o homem não era necessário
Nem tu, mulher, ser vegetal, dona do abismo, que queres com as plantas, imovelmente e nunca saciada
Tu que carregas no meio de ti o vórtice supremo da paixão.
Mal procedeu o Senhor em não descansar durante os dois últimos dias
Trinta séculos lutou a humanidade pela semana inglesa
Descansasse o Senhor e simplesmente não existiríamos
Seríamos talvez pólos infinitamente pequenos de partículas cósmicas em queda invisível na terra.
Não viveríamos da degola dos animais e da esfixia dos peixes
Não seríamos paridos em dor nem suaríamos o pão nosso de cada dia
Não sofreríamos mares de amor nem desejaríamos a mulher do próximo
Não teríamos escola, nem serviço militar, casamento civil, imposto sobre a renda e missa de sétimo dia.
Seria a indizível beleza e harmonia do plano verde das terras e das águas em núpcias
A paz e o poder maior das plantas e dos astros em colóquio
A pureza maior dos instintos dos peixes, das aves e dos animais em cópula.
Ao revés, precisamos ser lógicos, frequentemente dogmáticos
Precisamos encarar o problema das colocações morais e estéticas
Ser sociais, cultivar hábitos, rir sem vontade e até praticar amor sem vontade
Tudo isso porque o Senhor cismou em não descansar no Sexto dia e sim no Sétimo
E para não ficar com as vastas mãos abanando
Resolveu fazer o homem à sua imagem e semelhança
Possivelmente, isto é, muito provavelmente
Porque era sábado.

Poesia completa: http://www.casadobruxo.com.br/poesia/v/criacao.htm

A floresta nos permite viver, respirar, ter saúde e alimento

Cabe a frase: da onde viemos, pra onde voltaremos.
Ele aprendeu o ofício de pescador aos sete anos, com o pai. José Amaro de Souza nasceu há 53 anos no município de Manoel Urbano (AC), onde atua desde 2007 como agente ambiental voluntário, conscientizando as pessoas a respeito da legislação ambiental e alertando autoridades a respeito de violações no Código Florestal. “Fico contente por poder ajudar as pessoas e a natureza”, diz.

José Amaro se expressa com grande articulação e demonstra serenidade para falar de temas como aquecimento global, desmatamento e comportamento humano. “Quem queima e desmata se esquece que a floresta nos permite viver, respirar, ter saúde e alimento”, ressalta, apontando para as árvores enquanto caminha por uma trilha que leva ao lago Santo Antônio, onde pesca desde criança.

Ao chegar às margens do lago, se depara com uma cena interessante. Uma cobra devora calmamente um sapo – apenas pode-se ver uma das patas do anfíbio, enquanto a serpente se esticava para tentar engolir sua presa. “Chamamos essa aí de cobra preta, é muito venenosa. Ela está comendo o almoço dela, na casa dela, a gente tem que respeitar. Sempre que vejo uma cobra no meu caminho eu desvio dela. Não pode matar, ela também é uma vida. Todo mundo tem que ser rei dentro de sua casa, não é?”

Ele desce do barco e caminha novamente entre as árvores, ao som do canto dos pássaros. “Na floresta tem sempre um vento gostoso, a gente sempre se sente bem aqui. Esses dias fui a Rio Branco e quase me sufoquei de tanto calor, porque tiraram a floresta de lá pra fazer a cidade. Eu nasci na floresta, ela é minha vida”, continua.

Ao passar por uma enorme seringueira, José Amaro se emociona. “Tenho muito estima por esta árvore, pode-se dizer que ela é a mãe de milhares de famílias na Amazônia. Ela não dá o leite que a mãe dá no peito para a criança, mas ela dá o leite que vira borracha e sustenta um monte de família aqui”, relata, valendo-se de uma metáfora que poderia estar na obra de um grande mestre da poesia ou da literatura.

O pescador, já no caminho de volta para a cidade, diz que antigamente as pessoas achavam certo caçar, pescar e desmatar sem controle, mas que isso tem que mudar. “Coisa errada, todo mundo aprende mesmo, não pode é continuar no errado. Na vida a pessoa tem que aprender de tudo e usar o que convém”, conclui José Amaro, com a sabedoria adquirida durante mais de meio século vivendo em harmonia com plantas e animais.

Fonte: http://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?25980/A-floresta-nos-permite-viver-respirar-ter-sade-e-alimento

13 setembro 2010

Novo mapa detalhado mostra volume de carbono retido na floresta amazônica

O novo modelo 3D de mapeamento florestal.
Um novo e detalhadíssimo mapa da Amazônia peruana mostra quanto carbono está armazenado na região, e onde o desmatamento lançou gases do efeito estufa na atmosfera.

O mapa tridimensional pode contribuir com um acordo internacional contra o desmatamento e a degradação florestal, responsáveis por até um quinto de toda a liberação humana de gases do efeito estufa, segundo estimativas das Nações Unidas (ONU).

Os detalhes no novo mapa podem ajudar a alterar isso, segundo Greg Asner, do Instituto Carnegie para a Ciência, principal autor de um estudo que produziu o mapa. O estudo está sendo publicado na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências dos EUA.

Laser
Para criar o mapa, Asner e seus colegas usaram imagens de satélites que examinavam a vegetação e onde ela foi perturbada, e então usaram os dados recolhidos por um avião-laboratório equipado com tecnologia a laser para produzir um mapa tridimensional das árvores e de outros tipos de vegetação.

Usando informações históricas sobre o desmatamento e a degradação florestal, os cientistas conseguiram também calcular as emissões de carbono de 1999 a 2000 para essa parte do Peru, região de Madre de Diós. Na área estudada, equivalente ao tamanho da Suíça, a floresta desmatada deu lugar, principalmente, à mineração e à agropecuária.

Outra vantagem do mapa é que ele mostra os efeitos da degradação (destruição parcial da floresta), o que até agora era difícil de quantificar.

"Se você não incluir a degradação, você vai perder muito das emissões", disse ele. "Ela contribui com 50 por cento de carbono a mais na atmosfera desta região ... do que apenas o desmatamento sozinho."

Fonte: http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL1617230-16052,00-NOVO+MAPA+DETALHADO+MOSTRA+VOLUME+DE+CARBONO+RETIDO+NA+FLORESTA+AMAZONICA.html

Depósitos do Piauí 'inventam' venda de madeira para a Amazônia

Nada como o jeitinho brasileiro.
O Piauí é dominado pelo cerrado e pela caatinga. Ainda assim, sete madeireiras do estado, em operação sem nenhuma lógica, vinham registrando venda de madeira típica da Amazônia para estados da Região Norte.

Alertado pelo governo do estado, o Ibama foi até os pátios das madeireiras nos municípios de Parnaíba (PI) e Luis Corrêa (PI), e descobriu um esquema fraudulento em que as empresas traziam madeira da Amazônia e depois revendiam os créditos eletrônicos do material comprado para que serrarias de Amazonas, Pará, Maranhão e Roraima pudessem regularizar novas levas de madeira ilegal. Entre as variedades comercializadas há ipê, muiracatiara e maçaranduba.

As madeireiras do Piauí simulavam a venda de madeira para a região amazônica, apenas para que suas parceiras tivessem o volume correspondente no sistema de controle de comércio de produtos florestais para acobertar nova venda. Com a falsa transferência, eram emitidos DOFs (documentos de origem florestal) para o transporte de novas cargas a partir dos estados amazônicos.

Fonte: http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL1617236-16052,00-DEPOSITOS+DO+PIAUI+INVENTAM+VENDA+DE+MADEIRA+PARA+A+AMAZONIA.html

Temática ambiental predomina no Salão Internacional de Humor da Amazônia


Ilustradores de 32 países participam, a partir do dia 17, do 3º Salão Internacional de Humor da Amazônia, que ocorrerá em Belém, no Pará, até o dia 27. O evento tem temática de fundo ambiental desde sua primeira edição e premia os melhores trabalhos de ilustradores que retratam assuntos como o aquecimento global, a biodiversidade e o desmatamento.

Representantes de 32 paísem participam do salão em 2010. "Teremos trabalhos de China, Bulgária, Estados Unidos, Irá, Itália e França, por exemplo", diz o ilustrador. Segundo ele, o evento recebeu cerca de 560 inscrições. No total, 69 foram selecionadas para concorrer ao prêmio de melhor trabalho com temática ecológica, 42 no tema livre e 36 na categoria de caricaturas.

A divulgação dos escolhidos ocorre no dia 17 à noite e os prêmios variam de R$ 1 mil a R$ 4 mil. Informações sobre localização estão disponíveis no site do evento e a visitação ocorre entre os dias 18 e 27 deste mês, das 9h às 19h.

Fonte: http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL1618165-16052,00-TEMATICA+AMBIENTAL+PREDOMINA+NO+SALAO+INTERNACIONAL+DE+HUMOR+DA+AMAZONIA.html

Seca na Amazônia deixa nível de água de rios em situação crítica

A frequência de estiagem está cada vez maior.
O Rio Negro, que banha Manaus, no Amazonas, estava na última sexta-feira (10)  apenas sete centímetros abaixo do registrado na mesma data em 1963, ano da maior seca da história. No dia 10 de setembro daquele ano, a cota do rio era de 20,33 metros ante 20,26 metros de sexta-feira. Os dados são do Serviço Geológico Brasileiro (CPRM). Na seca de 1963, o Rio Negro atingiu em outubro, pico da estiagem, a marca de 13,64 metros.

Já o Solimões, que banha a maior parte dos municípios do interior do Amazonas, está em nível ainda mais crítico. No dia 9, atingiu 32 centímetros negativos, ou seja, abaixo do zero da régua - medição menor do que o pico recorde registrado em 2005. O ano registrou a maior vazante do Solimões já aferida pelo CPRM. Em 2005, no pico da estiagem, verificado na primeira quinzena de outubro, a régua marcou dois centímetros positivos.

O prefeito do município de Itamarati (a 980 quilômetros de Manaus), João Campelo, também vice-presidente da Associação Amazonense dos Municípios (AAM), afirmou que as plantações de vegetais e frutas de solo, como as de melancia e mandioca, estão destruídas. "Como se não bastassem os problemas de agora, ainda há o do futuro: como sobreviver."

Todos os municípios do Amazonas dependem de energia de termelétricas e já há cidades com estoque crítico de combustível. "As balsas que transportam combustível estão levando menos da metade para fugir do encalhe e pelo menos Itamarati, Tabatinga e Envira têm combustível para no máximo 15 dias", disse Campelo. Seis cidades decretaram estado de emergência, todas na calha do Solimões e Juruá: Tabatinga, Benjamim Constant, Atalaia do Norte, Itamarati, Ipixuna e Guajará.

Fonte: http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL1618174-16052,00-SECA+NA+AMAZONIA+DEIXA+NIVEL+DE+AGUA+DE+RIOS+EM+SITUACAO+CRITICA.html

10 setembro 2010

Terra em chamas

Em um futuro não muito distante...
Apesar dos esforços de voluntários, o fogo na Rússia não cessa. Estima-se que mais de 500 casas já tenham sido queimadas em decorrência dos incêndios florestais. O Greenpeace denunciou que a reforma da lei florestal levou à eliminação de 70 mil postos de guardas-florestais do país, onde estão 23% das florestas do planeta.

Enquanto isso, aqui no Brasil a temporada de queimadas mal começou e os focos de incêndio vêm crescendo vertiginosamente. Só no mês de agosto foram registrados mais de 21 mil focos de calor em território amazônico. É fogo!

Veja imagens: http://www.flickr.com/photos/greenpeacebrasil/sets/72157624799927107/show/

Fonte: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Blog/terra-em-chamas/blog/26384

Evolução em tempos de mudanças climáticas

Darwin.
Os mecanismos que começaram a ser melhor compreendidos à partir da era Darwin são ainda misteriosos nos dias de hoje, mesmo para os biólogos.

O pesquisador Dr. John Alroy, da Universidade de Macquarie em Sidnei, publicou na revista Science hoje um estudo que indica o caminho bastante triste que a biodiversidade marinha segue. Um caminho em direção ao abismo chamado ‘Extinção’.

Há 150 anos, Charles Darwin publicou ‘A Origem das Espécies’, o segundo livro mais vendido no mundo, perdendo apenas para a Bíblia.

Darwin entendeu que a relação entre a vida e o ambiente não é casual, mas sim interdependente, e que a evolução das espécies está completamente ligada às mudanças que ocorrem no lugar onde estão inseridos.

Com o descaso, somado da ignorância, chegamos a incríveis 75% do estoque pesqueiro comercial global em estado de sobre-pesca, ou no limite da pesca ou, ainda, em recuperação. Medidas efetivas não são tomadas para reverter esse cenário e no ritmo que anda a governança global, o futuro não será dos melhores.

Cabe então a pergunta: quantos estudos serão necessários para mudarmos nosso enorme hábito de extrativismo desenfreado? A que custo satisfazemos nosso modelo de sociedade? Seremos capazes de manter este modelo num futuro não muito distante?

Pense, reflita, mude.

Matéria completa: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Blog/evoluo-em-tempos-de-mudanas-climticas/blog/26385

Exposição a substâncias tóxicas começa em casa; saiba como minimizar o impacto

O que comemos pra viver está nos matando.
Quando se pensa no impacto da degradação do meio ambiente à saúde, é fácil pensar na fumaça dos caminhões, em solos contaminados e nos mares poluídos. Mas a exposição às substâncias tóxicas também pode ocorrer dentro de casa. Dados da Agência Americana de Proteção Ambiental (EPA) indicam que materiais de construção, móveis, tabaco, fogões a lenha e outros objetos podem ser fatores de risco para o desenvolvimento de alergias, asma e até câncer, além de prejudicar o sistema imunológico.

Entre as substâncias consideradas nocivas mais comuns encontradas em ambientes internos está o formaldeído (formol), utilizado em vidros, espelhos, roupas e papel higiênico. Benzeno, xileno e tricloroetileno, (componentes de tintas, monitores, tapeçarias, fotocopiadoras e cigarros), clorofórmio (encontrado na água potável), amoníaco, álcool e acetona (carpetes e cosméticos) são outros exemplos de substâncias prejudiciais à saúde. E a lista não termina aí. 
 
Saiba como minimizar o impacto da exposição a substâncias tóxicas (e preservar o meio ambiente)

Mude seus hábitos de consumo Comer menos carne (inclusive peixe) contribui para a diminuição do consumo de energia, água, e pastos, e ainda colabora no controle de doenças cardíacas e alguns tipos de câncer
Controle os níveis de estresse Como estamos expostos a um alto nível de agressões externas e agentes tóxicos, o corpo precisa de mais recursos para se manter em equilíbrio. Fique de olho no consumo de nutrientes que sejam capazes de estimular o sistema imunológico
Faça atividades ao ar livre A vida nas grandes cidades e a tecnologia mantém as pessoas em ambientes fechados, o que diminui a exposição ao sol e prejudica a absorção de vitamina D
Beba água e coma alimentos de boa procedência A ingestão de tóxicos em água e alimentos é a principal via de contaminação do organismo. Prefira água mineral, ou bebidas de origem natural, como água de coco, e alimentos orgânicos
Tente fugir da poluição Se for possível, escolha locais menos poluídos para morar e trabalhar
Respeite as instruções das embalagens Tintas especiais para uso externo, por exemplo, nunca devem ser usadas dentro das casas
Evite o cigarro Se não puder parar de fumar, prefira fazê-lo em ambientes abertos
Abra as janelas Manter os ambientes ventilados é um jeito fácil e efetivo de melhorar a qualidade do ar interno, embora não resolva totalmente o problema
Cuidado com recipientes e embalagens plásticas e enlatados Prefira consumir vegetais frescos ou congelados. Para armazenar, use recipientes de vidro, porcelana ou aço inoxidável
Não jogue remédios nos vasos sanitários Ainda que as substâncias acabem indiretamente no esgoto, a medida ajuda a evitar a contaminação

Matéria completa: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2010/09/10/exposicao-a-substancias-toxicas-pode-ocorrer-dentro-de-casa.jhtm

Negligenciar o meio ambiente é abrir mão da própria saúde, alertam especialistas

Numa realidade não muito distante...
Noites mal dormidas, problemas respiratórios, dor de cabeça, ardência e ressecamento dos olhos, arritmia cardíaca. Esses são alguns dos sintomas que muita gente sentiu em agosto devido à baixa umidade do ar em certas regiões do país.

Para especialistas em ecologia médica, ciência que observa todos os fatores ambientais e suas relações com a saúde, esse fenômeno não pode ser analisado de forma isolada, pois o que se vê é a pendência de uma crise mundial que clama por solução.

Na opinião do médico Alex Botsaris, especialista em doenças infecciosas e parasitárias e autor do livro "Medicina ecológica – descubra como cuidar da sua saúde sem sacrificar o planeta" (Ed. Nova Era), doenças como o câncer, depressão, ansiedade, infertilidade, dores na coluna e problemas neurovegetativos e no fígado são exemplos de patologias que podem ter o ambiente como fator desencadeante.

“Não dá para ter saúde num planeta doente”, afirma a bióloga Waverli Maia Matarazzo Neuberger , coordenadora do Núcleo Ambiental e do Curso de Gestão Ambiental da Universidade Metodista de São Paulo.

A especialista diz que, para entender esse fenômeno, primeiro é preciso lembrar que o homem não é um ser isolado, mas integrante do ecossistema. “A natureza reflete o que o homem é. Basta pensar nos rios, exatamente como o sistema circulatório do corpo humano. Para a terra, eles são as veias que permitem o fluxo da natureza. E o que temos feito com eles? É só olhar nas margens de qualquer rio para saber”, descreve. “Com o nosso corpo não agimos diferente: comemos mal, temos um estilo de vida sedentário, e o resultado são as doenças cardiovasculares”, completa.

No limite
Anthony Wong, diretor do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas de SP, pondera que a ecologia médica não deve ser vista como um novo modelo que prega apenas atitudes politicamente corretas. Para o toxicologista, o respeito entre o homem e seu ambiente é um valor que faz parte de todas as culturas desde muito tempo. “O problema é que ele foi esquecido”, diz. “O princípio que rege esse valor se resume em não fazer para os outros o que você não deseja para si”.

Poluição
O médico Paulo Saldiva, coordenador do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), fornece alguns dados que esclarecem a situação atual. “A cidade está doente, e o danos maiores vão para as camadas sociais mais baixas. Quando há uma enchente, para elas aumenta o risco de contrair doenças como a leptospirose e a hepatite B”.

Luz no fim do túnel?
Os especialistas são unânimes quanto ao fato de que estamos longe de políticas sanitárias e ambientais sérias, capazes de garantir sustentabilidade e evitar custos na saúde. “Os custos não são só de natureza econômica. Há ainda um preço a ser pago pela perda de bem-estar, longevidade, faltas no trabalho, sem falar do sofrimento causado por todas essas circunstâncias”, diz Miraglia.

Saldiva pondera que as pessoas têm falado muito e feito pouco. Na sua opinião, “educação, exemplo, noção de limites e de aspectos éticos, bem como eventual litigância, podem ser a solução do problema”.

Wong diz que o ideal seria a conscientização em massa de que as ações atuais afetam a sociedade e o ambiente como um todo e interagem entre si. Embora se saiba que nem todos ainda foram afetados diretamente pelas consequências da degradação ambiental, “é preciso ter em mente que o conjunto desses fatores contribui para a diminuição da qualidade de vida, tornam as pessoas mais suscetíveis fisicamente, o que resulta no aumento do risco de doenças”.

“Parece utópico dizer que cada um precisa fazer sua parte. Mas continuar nesse ritmo e condições levará à inviabilidade da vida para as próximas gerações. Não temos muita saída: ou consertamos isso, ou não teremos mais onde ficar”, conclui o toxicologista.
Matéria completa: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2010/09/10/negligenciar-o-meio-ambiente-e-abrir-mao-da-propria-saude-alertam-especialistas.jhtm

Se Dilma ganhar, Lula não se elege nem para deputado em 2014, diz Serra

A inusitada estratégia tucana pra conseguir os votos dos petistas.
O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, afirmou nesta sexta-feira (10) que a única chance de o presidente Lula voltar a ser eleito para um cargo público, nas eleições de 2014, é se ele, Serra, vencer o pleito deste ano. "Se a Dilma ganhar, ele não se elege nem para deputado", afirmou o tucano, em sabatina promovida pelo jornal "O Globo", no Rio de Janeiro.

Serra comparou ainda a campanha de Dilma Rousseff, amparada pelo presidente Lula, ao caso Celso Pitta e Paulo Maluf, que fez o seu sucessor para a prefeitura de São Paulo, em 1996, e foi duramente criticado pela péssima gestão, alvo de diversas denúncias de corrupção.

"O único jeito sou eu ganhar. Ao que estou me referindo é o tipo de fenômeno político, de alguém que está perto da inexistência e é inventado. Não tem ideias próprias e tem uma máquina poderosa atrás. No caso da Dilma, ela é muito mais fraca. É o fenômeno Maluf-Pitta, claro, mas não estou comparando as pessoas. É você votar no candidato que de fato vai governar", afirmou o tucano.

Fonte: http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/09/10/se-dilma-ganhar-lula-nao-se-elege-nem-para-deputado-em-2014-diz-serra.jhtm