29 janeiro 2012

Pesquisadores dizem que internautas se comportam "como animais" em redes sociais


Um estudo sobre o comportamento animal aponta que usuários de redes sociais, como Facebook Twitter, agem de forma semelhante a macacos, baleias e golfinhos. O fundamento: há animais que usam grupos para compartilhar informações, ainda que sem computadores ou smartphones, como fazem os usuários online.
A pesquisa foi comandada por David Lusseau, da Universidade de Ciências Biológicas de Aberdeen, na Escócia. Segundo ele, a famosa teoria dos “seis graus de separação”, que indica que uma pessoa está relacionada a qualquer outra no mundo em seis passos, também pode ser aplicada aos animais.
Para ele, a semelhança se dá porque todas as espécies constróem as suas próprias redes sociais, com regras e relações próprias. "Redes sociais são iguais em todas as espécies. Os detalhes da estrutura podem diferir, mas algumas propriedades continuam as mesmas se olharmos para baleias, macacos e, é claro, os humanos. 
A teoria dos seis graus de separação, por exemplo, também é verdadeira entre os bichos.", explica.As informações compartilhadas podem ser desde conhecimento sobre predadores até locais onde há alimento disponível. Seja por instinto ou não, o conceito de “rede social” também existe fora dos computadores e muito tempo antes deles sequer existirem.

Fonte: Tech Tudo

28 janeiro 2012

Sorrow




Sorrow

The sweet smell of a great sorrow lies over the land.
Plumes of smoke rise and merge into the leaden sky
A man lies and dreams of green fields and rivers,
But awakes to a morning with no reason for waking

He's haunted by the memory of a lost paradise
In his youth or a dream, he can't be precise
He's chained forever to a world that's departed
It's not enough, it's not enough

His blood has frozen and curdled with fright
His knees have trembled and given way in the night
His hand has weakened at the moment of truth
His step has faltered

One world, one soul
Time pass, the river rolls

He talks to the river of lost love and dedication
Silently replies that swirl invitation
Flow dark and troubled to an oily sea
A grim intimation of what is to be

There's an unceasing wind that blows through this night
And there's dust in my eyes, that blinds my sight
And the silence speaks so much louder that words,
Of promises broken...

Angústia

O doce cheiro de uma enorme angústia paira no ar
Penas de fumaça ascendem e fundem-se no céu plúmbeo
Um homem encontra-se em sonhos de campos verdes e rios
Mas acorda em uma manhã sem razão para despertar

Ele é assombrado pela memória de um paraíso perdido
Em sua juventude ou um sonho, ele não pode ser preciso
Ele está acorrentado eternamente a um mundo que parte
Não é o bastante, não é o bastante

Seu sangue se congelou e coalhou com o medo
Seus joelhos tremem e deram caminho na noite
Suas mãos enfraqueceram-se na hora da verdade
Seus passos vacilaram

Um mundo, uma alma
Tempo passa, os rios correm

E ele fala ao rio de amores e dedicações perdidas
E o silêncio responde a estes convites rodopiantes.
Obscuro e perturbado fluxo a um mar oleoso
Severa intimação de o que é ser.

Há um incessável vento que sopra esta noite
E há poeira em meus olhos, que cega minha vista
E o silêncio que fala mais alto que palavras,
de promessas quebradas...

27 janeiro 2012

Honrado trabalhador

Segue um trecho do livro "Livro de uma Sogra", do escritor Aluísio Azevedo, que foi publicado em 1895 mas parece muito atual.


O negociante, na comunhão do trabalho e da luta pela vida, representa apenas o cômodo papel de uma máquina de especulação movendo-se tão-somente pela avidez do lucro pecuniário. Para abraçar e exercer a sua carreira, ele não precisou pôr em contribuição as suas forças nervosas, estudando um curso difícil e fatigante; precisou nada mais do que exercitar-se materialmente na prática  do comércio. O indivíduo, sem técnica, ou habilitação para produzir qualquer trabalho, o indivíduo intelectualmente nulo, pode abraçar, de um dia para outro, a carreira comercial, e pode ser feliz. 
Não são raros os exemplos de negociantes ricos, considerados e poderosos, absolutamente analfabetos e rasos de inteligência. A ignorância e a vulgaridade intelectual são até requisitos indispensáveis ao bom êxito dessa carreira, tanto quanto a ilustração e o talento são qualidades negativas, porque os escrúpulos, as suscetibilidades, a fidalga e generosa linha moral de um espírito superior e cultivado, representam sérios impedimentos para o pronto alcance de sucesso na vida comercial. 
E, se descermos à análise do mercador de baixa escala, esse que por aí se chama “negociante a retalho”, então poderemos dizer que o homem de negócio é o que menos se gasta nervosamente no atrito do esforço comum, o único que nada produz absolutamente, o único por conseguinte que não trabalha, e no entanto o que mais ganha e acumula dinheiro. Esses formam uma classe especial, e especial é o prisma por que tudo vêem. Até a sua suposta honradez é singular: Não pagar, por exemplo, uma conta ao dia e à hora certa, é para um negociante o ato mais desonesto que se pode cometer, mas furtar no custo de qualquer objeto vendido, ou enganar o comprador, impingindo gato por lebre, isso é simplesmente fazer bom negócio. 
E tanto assim é que, esse mesmo traficante, que leva a iludir ao próximo todos os dias, a toda a hora, a todo o instante, quando encontra um mais velhaco, caso raro, que por sua vez consiga enganá-lo, comprando-lhe qualquer objeto a crédito e não pagando no prazo ajustado, revolta-se furioso e quer brigar, em vez de, por coerência e por honra aos seus princípios, atirar-se-lhe nos braços, exclamando: “Ora até que afinal, entre tantos tolos, encontro um esperto dos meus! Sejamos amigos!” 
A honra do negociante é diferente da honra dos outros homens. O militar, por exemplo, que não solver uma letra no dia do vencimento, não fica por isso desonrado, como não fica desonrado o negociante que levar um par de bofetadas; mas, se invertermos os casos, tão desonrado fica um como o outro. Isto quer dizer que a chamada honra do negociante não reside, como a  de toda a gente honesta, na consciência do respeito a si mesmo e na imputabilidade pessoal, mas no crédito abstrato da sua firma ou da sua casa de comércio; por isso que ele, mesmo sem levar bofetadas, mas cometendo toda a sorte de baixezas, enganando, mentindo, adulando o freguês para lesá-lo, continuará a ser um “homem honrado”, desde que pague em dia as suas contas. 
O mais interessante, porém, é que a sociedade brasileira, nem só lhe dá acesso, como ainda o coloca no primeiro plano da sua primeira camada, emprestando-lhe, como para justificar-se desse erro, aos olhos dos que não são traficantes comerciais, o título das duas qualidades que ele menos possui: — trabalhador e honrado. 
Honrado trabalhador! Mas trabalho quer dizer técnica e quer dizer produção; e o negociante não produz e só tem uma ciência — a de enganar o incauto consumidor, para apanhar-lhe, como as cocotes, o dinheiro que puder. E eu, cá por mim, nesta questão de exploração e gatunagem, prefiro, com franqueza, e acho menos nocivo e mais sincero, o gatuno que rouba o relógio ao transeunte ou arrebata um queijo da porta do súcio, porque esse é castigado pelo seu próprio aviltamento e arrisca a liberdade quando furta; ao  passo que o outro a nada se expõe e, em vez do castigo correcional, recebe em prêmio da sua próspera ganância todas as honras e todas as considerações da nossa melhor sociedade.

Para baixar a obra em PDF, entre no site do Domínio Público.

16 janeiro 2012

Belo Monte inicia primeiro barramento do Xingu

O ano novo chegou, e trouxe com ele um velho problema pra quem enxerga além do dinheiro.

A primeira ensecadeira em construção.

As primeiras intervenções de maior porte no Rio Xingu, relacionadas à construção de Belo Monte, já estão em andamento. No trecho que margeia o Sítio Pimental, onde ocorrerá o barramento do rio, os construtores da usina estão fazendo a primeira ensecadeira – pequena barragem provisória para desviar parte do curso da água e permitir que se trabalhe em seco na construção do “paredão” da barragem definitiva -, como constatou a equipe do Movimento Xingu Vivo para Sempre (MXVPS) neste domingo, 15.
Segundo um técnico ambiental que estava no local, esta é a primeira de três ensecadeiras para a construção da grande barragem de Belo Monte. Outra menor está prevista próxima à casa de força do Sítio Belo Monte, na altura do km 50 da Rodovia Transamazônica.
“A obra começou logo depois do ano novo”, contou um barqueiro que trafega pela área. Contudo, segundo ele, a primeira tentativa de erguer a barreira provisória, feita apenas com terra, foi levada pela correnteza. “Agora, eles também estão usando cascalho, pra ver se segura”, comentou. Também a ilha em frente à obra, onde passará o barramento, já está sendo desmatada. A autorização para supressão de vegetação foi dada pelo Ibama e prevê a derrubada de 5 mil hectares de floresta.
Moradores das comunidades e aldeias mais próximas afirmam que ninguém foi avisado do inicio da construção da ensecadeira. Ao verem as imagens mostradas pelo Xingu Vivo, muitos mostraram-se atônitos. “A gente não sabia disso. Começamos a ver que a água está vindo toda suja, toda barrenta , mas a gente não sabia porque. Com isso que vocês estão nos mostrando, morremos de tristeza.  Não fizeram nada na aldeia [cumprimento de condicionantes], e estão assassinando nosso rio”, disse o guerreiro da aldeia Paquiçamba, Josinei Arara. Já entre os ribeirinhos e pequenos agricultores, muitos ainda não saíram de suas ilhas, casas ou comunidades, e afirmaram que só tem ouvido muitas explosões, cujo barulho e trepidação chega a incomodar.
De acordo com o geógrafo Brent Millikan, coordenador da ONG International Rivers no Brasil, os impactos das ensecadeiras já ameaçam o rio.“Com as ensecadeiras vem o desmatamento na Ilha do Pimental e ilhas vizinhas, assim como explosões de pedra e terraplenagem, despejando sedimentos que os moradores da Volta Grande já estão percebendo.  Um dos impactos principais é sobre os peixes que transitam pelo rio.Na usina de Santo Antonio, no rio Madeira, por exemplo, muitos peixes ficaram presos entre as ensecadeiras e morreram”.
Segundo os moradores locais, uma grande preocupação agora é com a navegação do rio. “Não sabemos como vamos atravessar essas barragens, se eles fecharem o rio”, explica um dos barqueiros. De acordo com os indígenas da aldeia Arara da Volta Grande, a Norte Energia apenas apresentou duas animações de um sistema de “transposição” das embarcações, feita por um guindaste, que suspenderia os barcos e os atravessaria para o outro lado do barramento. “A Norte Energia também mostrou um vídeo de como isso é feito na Polônia, mas todos os barqueiros e índios do Xingu são unânimes em afirmar que isso não funcionará com o tipo de embarcação aqui da região. Só funcionaria se nossos barcos fossem de plástico”, explica Antonia Melo, coordenadora do MXVPS.
LIMINAR
O início do desvio das águas do Xingu só foi possível graças à derrubada de uma liminar que proibia o Consórcio de Belo Monte a realizar quaisquer obras no leito ro rio. Em meados do ano passado, a Associação dos Exportadores de Peixes Ornamentais de Altamira (Acepoat) impetrou uma Ação Civil Publica argumentando que Belo Monte acabará com a pesca ornamental, tendo recebido uma liminar favorável no final de setembro. Em dezembro, o mesmo juiz que deu a liminar reviu sua decisão e derrubou a liminar, acatando o argumento da Norte Energia de que não haveria pesca ornamental no Xingu. Diante do absurdo do argumento, a Acepoat afirmou que recorrerá da decisão.
“O governo federal mexe seus pauzinhos e coloca o judiciário, seus técnicos do Ibama e Funai a seu serviço, dando licenças e derrubando liminres. Mas isso não altera os atropelos, a ilegalidade de Belo Monte, o crime que ele está cometendo”, afirmou Antônia Melo. E pontua: “o governo está levando esta situação para um conflito iminente”.
Apesar da liberação das obras, ainda permanecem sem julgamento 11 ações judiciais do Ministério Público Federal contra Belo Monte. A mais antiga delas, iniciada em 2006, pode chegar ao Supremo Tribunal Federal este ano.
Fonte: Xingu Vivo

15 janeiro 2012

O tempo não para

Enquanto ninguém toma uma decisão forte e definitiva pra preservar o planeta, o tempo segue correndo.


11 janeiro 2012

Verde Otário

Quando a gente pensa que tá fazendo o bem, o Capital pode estar tirando proveito de nossa boa vontade.

08 janeiro 2012

Vale é indicada ao prêmio Public Eye People's Award 2012

Nós transformamos florestas em minas e barragens. Custe o que custar.

SUMMARY
Mines, steel plants, railroads, ports and hydroelectric dams at the expense of people and the environment: Vale is the second-largest corporation in Brazil, the second-largest mining corporation worldwide, operating in nearly 40 countries, and the largest global producer of iron ore. The corporation’s 70-year history is tarnished by repeated human rights abuses, inhumane working conditions, pillaging of the public heritage and the ruthless exploitation of nature.  An international network linking communities and workers affected by Vale was created in 2010. It recently launched a dossiê describing several of the worst cases of Vale’s disregard for people and the environment in eight countries. One such example is the company’s recent purchase of a major stake in the consortium engaged in building the notorious Belo Monte Dam Complex in the Amazon. If the massive dam project continues, it will have disastrous social and environmental consequences, including the forced relocation of 40,000 people and devastation of a riverine ecosystem that is the basis of survival for indigenous communities, riverbank communities and fisherfolk - who have not had a voice in the matter,  nor will they receive adequate compensation.

IRRESPONSIBLE CORPORATE BEHAVIOR

Vale has a long corporate history characterized by inhumane working conditions, human rights violations and environmental destruction. Currently, Vale is a significant partner in the NESA consortium that is building the highly-controversial Belo Monte Dam in the heart of the Amazon. The USD 17 billion project is characterized by authoritarian planning and blatant disregard for human rights and environmental legislation. Affected indigenous peoples have not been consulted in the planning process. Clearly, Vale is participating in the dam project in order to ensure a cheap energy supply for its existing and planned mining operations in the Amazon. Currently, Vale operates multiple iron ore mines in the vicinity. Vale’s human rights problems are also well-known in other regions. Long-term strikes in Canada, forced displacement of thousands of people in Mozambique, use of paramilitary agents to repress leaders of traditional peoples in Peru, union busting in Colombia and severe environmental damage to indigenous peoples territories in New Caledonia are some examples of recent conflicts.  An investigation conducted by the International Federation on Human Rights revealed major health problems among communities living in the vicinity of Vale’s coal-burning facilities and its preferred partner’s pig iron plants in Brazil. The report also describes how Vale sidestepped environmental legislation in its attempts to secure authorization for its largest mining project (Carajas S11D) in the Brazilian Amazon. 
Vale is responsible for a full 4% of Brazil’s total CO2 emissions and uses 1.2 billion cubic meters of water annually – roughly equivalent to the needs of 22 thousand people.  In 2009, Vale dumped approximately 114 million cubic meters of industrial and oil-based effluents in rivers and oceans. These included leakages of toxic substances in Chile and New Caledonia that had disastrous consequences for indigenous peoples and traditional peasant communities.
Vale itself admitted in 2009 that it was a defendant in 111 lawsuits and the focus of 151 criminal investigations, largely related to violations of the rights of workers and affected communities. Despite paying a few minor fines, Vale’s corporate image has so far emerged almost unscathed, due largely to extremely well-financed propaganda campaigns in the mainstream media. 

CONSEQUENCES

In the case of Belo Monte, the continued development of the dam project, with active engagement by Vale, will result in the destruction of vast stretches of the Amazonian ecosystem. Eighty percent of the Xingu river, a major tributary of the Amazon, will be diverted into an artificial reservoir. Forty thousand people in neighboring areas will be directly affected, amongst them hundreds of indigenous people of various ethnicities, and river-dwellers who live along the 100-kilometer-long (62 miles) banks of the Xingu river. In addition to these direct effects of dam construction, increased social conflicts and environmental degradation can be expected as the result of such factors as increased migration, ephemeral employment in dam construction, land speculation, improved road access and availability of cheap energy for extractive industries.  In general, the persistence of Vale’s regressive policies towards workers, communities and the environmental will have tremendous consequences in countries around the world.

CURRENT STATUS AND DEMANDS ON THE COMPANY

The Belo Monte Dam construction must not be allowed to continue in blatant disregard for the rule of law, including the right to free, prior and informed consultations and consent among indigenous poeples. Given Vale’s pivotal role in the dam-building consortium NESA, the corporation is an important campaign target, in which public scrutiny resulting from the Public Eye Award holds the potential to make an invaluable contribution.  In a larger sense, Vale must at long last exercise effective social responsibility in Brazil and worldwide, halt the exploitation of people and the environment, and instead abide by laws and regulations. Although over 100 lawsuits and 150 investigations have been initiated against Vale, especially in relation to violation of workers’ rights, judgments are rare and fines are usually minor. Stronger regulations that are monitored and enforced by the proper authorities are urgently needed.  The Public Eye Award is tremendously relevant to the work of civil society coalitions in Brazil and around the world that are pressuring Vale to become truly accountable and for governments to enforce legislation regarding the corporations’ responsibilities towards workers, communities and the environment.

FURTHER INFORMATION

International Rivers website:
Justiça nos Trilhos website:
Information in Portuguese:
Further information in Portuguese:

01 janeiro 2012

Escolha de um amigo

Você só precisa de amor




All You Need Is Love

The Beatles

Love, love, love
Love, love, love
Love, love, love

There's nothing you can do that can't be done
Nothing you can sing that can't be sung
Nothing you can say, but you can learn how the play the game
It's easy

There's nothing you can make that can't be made
No one you can save that can't be saved
Nothing you can do, but you can learn how to be you in time
It's easy

All you need is love
All you need is love
All you need is love, love
Love is all you need
Love, love, love
Love, love, love
Love, love, love

All you need is love
All you need is love
All you need is love, love
Love is all you need

There's nothing you can know that isn't known
Nothing you can see that isn't shown
Nowhere you can be that isn't where you're meant to be
It's easy

All you need is love
All you need is love
All you need is love, love
Love is all you need

All you need is love
All you need is love
All you need is love, love
Love is all you need
Love is all you need
Love is all you need
Love is all you need
Love is all you need
Love is all you need
(She loves you yeah, yeah, yeah!)