Tribo Krahô. |
Hoje, 70 anos depois, cerca de três mil índios vivem em 26 aldeias espalhadas na reserva. Em tempos de seca, as tradicionais caçadas só são revividas nas histórias contadas pelos anciãos. O desmatamento ao redor da área e o choque entre as aldeias por conta das regiões delimitadas para a caça e a alta taxa de natalidade – em 1989 eram 1.198 índios (Funasa) – resultaram no declínio de animais silvestres. Com a caça cada vez mais rara, os índios discutem a possibilidade de introduzir a criação de gado “curraleiro” e outras espécies que garantam o alimento nas comunidades. De grandes caçadores, um sonho antigo renasce entre os krahô: o de serem vaqueiros.
Nos últimos anos, o desmatamento ao redor da reserva para pastagem e plantações de soja e milho encurralou os animais silvestres, que encontraram na Kraolândia o verdadeiro “Jardim do Éden”. A fuga da fauna assegurou tempos de fartura para os krahô, mas hoje, mesmo com um local seguro para a reprodução, as espécies que ainda povoam a região não são suficientes para o consumo das famílias.
Animais na lista de extinção como o tamanduá-bandeira e a arara-azul são iguarias raras, que quando encontradas não escampam do cardápio. A paca, a anta, a capivara, o veado mateiro, o quati, o macaco guariba, a raposa e a cutia e aves como a seriema, o perdiz, o tucano, o gavião e a ema também fazem parte da dieta dos índios.
Fonte: http://www.oeco.com.br/reportagens/24502-sem-caca-silvestre-indio-kraho-quer-ser-vaqueiro
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