Um estudo divulgado nesta quinta-feira andou ecoando que, nos últimos anos, o comércio ilegal de madeira teve um freio generoso em países que abrigam as maiores florestas tropicais do planeta. O Brasil estava lá e, segundo os dados do instituto britânico Chatham House, de 2002 para cá, houve uma queda de 75% na exploração irregular em território nacional.
Os números são vistosos, mas não representam a realidade nua e crua da Amazônia. A falha está na metodologia usada no estudo. Para medir a produção de madeira ilegal, os pesquisadores fizeram a seguinte conta: cruzaram a quantidade de madeira licenciada por órgãos oficiais e o consumo anual doméstico e internacional. A diferença disso seria o total comercializado sem autorização.
Porém, como nos escaninhos oficiais nem tudo é preto no branco, a conta não fecha. Desde que a gestão florestal saiu das mãos do governo federal, em 2006, e foi distribuída para os estados, a farra da madeira, que havia reduzido, ganhou novo impulso. Com um controle frágil, os órgãos dão autorizações sem vistorias prévias, e planos de manejo fraudados circulam livremente, dando sinal verde para exploração inclusive em áreas onde o Ibama já havia suspendido anteriormente.
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