Maathai luta contra o desmatamento e a erosão, e pela criação de "escolas de arborização". Hoje, todos a conhecem como ambientalista e feminista apaixonada - o que alcançou através da coragem, da diligência e também através de benfeitores. O primeiro deles foi seu pai. Um camponês que percebeu que a escola tiraria seus filhos da pobreza. Todos os seis se formaram, mas Wangari se destacou.
Com uma bolsa de estudos na mão, ele viaja para Atchison, no estado do Kansas, EUA, em 1956. Ali estuda Biologia sob os cuidados de freiras católicas.
A atmosfera a marca profundamente. "Eu vi mulheres trabalhando arduamente em prol de metas mais ambiciosas. Isso influenciou minha consciência". Maathai faz seu mestrado em Pittsburg, mas então se sente atraída a voltar para Nairóbi, onde se candidata a um cargo na Universidade, junto ao médico veterinário alemão Reinhold Hoffmann. Ele luta por sua contratação e seu doutorado contra todas as resistências. Em viagens de pesquisa, Maathai descobre o que preocupa as mulheres de seu país: a escassez de lenha e material de construção, consequências do desmatamento extremo.
Nessa época, em 1974, Maathai está casada com um deputado e sugere aos desempregados de seu distrito eleitoral, em Nairóbi, que plantem árvores. Sua primeira "escola de arborização" é um fracasso, por que a administração municipal proíbe regar jardins. Mas Maathai insiste em sua ideia: em 1977, ela consegue fazer com que o Conselho Nacional de Mulheres inclua a rearborização em seu programa. É o início do "Movimento Cinturão Verde", que futuramente será integrado por 6.000 escolas de arborização em todo o continente africano. Um movimento que Maathai defende a ferro e fogo, com o próprio sangue, quando o ditador queniano Daniel Arap Moi manda persegui-la. A polícia espanca Maathai a ponto de ela perder a consciência e a trancafia. Mas ela não desiste. Em vez disso, é eleita para o Parlamento, em 2002, como "Mama Miti", a "mãe das árvores", e participa de uma coalizão que, por fim, derruba a ditadura. Essa também é uma das razões por que é laureada com o Prêmio Nobel da Paz, em 2004.
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