10 julho 2010

Mais um ano de trégua para a Amazônia

Lá se vão quatro anos desde que a indústria da soja resolveu tirar sua cadeia produtiva da rota de desmatamento na Amazônia. As maiores associações do setor – Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove), Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) e suas associadas, dentre elas, ADM, Amaggi, Cargill, Bunge e Louis Dreyfus – vão estender por mais um ano o compromisso público que firmaram em julho de 2006. Conhecido como moratória da soja, o acordo prevê que nenhuma soja plantada em áreas deflorestadas após a data da assinatura seja comercializada.

A cerimônia de extensão da moratória acontece em São Paulo, em evento no Maksoud Plaza Hotel. Organizado pelo Grupo de Trabalho da Soja (GTS), criado em 2006 por empresas comercializadoras e representantes da sociedade civil para firmar pôr em prática o compromisso, conta com a presença da ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira. O governo assinou o acordo na comemoração de seu segundo aniversário, em 2008.

“O comprometimento de um setor líder do agronegócio brasileiro com o desmatamento zero mostra que os produtos ligados à destruição da Amazônia não têm mais vez no mercado”, observa Paulo Adario, diretor da campanha da Amazônia do Greenpeace. “Pela complexidade do problema, ligado à falta de governança na Amazônia, os avanços até aqui são bastante significativos. Mas ainda há muito trabalho a ser feito até que a produção agrícola brasileira esteja totalmente dissociada do desmatamento, assegurando mais competitividade no mercado internacional”.

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