Parece surreal: seca no rio Amazonas. |
Segundo o CRPM, o rio Solimões alcançou o menor nível da história nos três principais pontos de medição: Tabatinga, na divisa com a Colômbia; Itapeua, ponto situado no centro do Estado, no curso médio do rio; e Careiro, a 24 km a leste de Manaus.
Em Itapeua e Careiro, os recordes foram alcançados na terça (19) e na quarta-feira (20), respectivamente, quando os níveis chegaram a 1,32 m e 1,68 m. O recorde anterior em Itapeua --onde as medições são feitas desde 1970-- foi de 2,30, em 1998, e, em Careiro --com medições desde 1970-- de 2,14 m, em 1997. Já em Tabatinga o menor nível foi observado no dia 11 de outubro, quando o nível chegou a -86 cm. O local mede o nível desde 1982.
No rio Amazonas --formado a partir do encontro dos rios Negro e Solimões--, o recorde foi quebrado também na quarta-feira (20) no principal ponto de medição, que fica em Parintins (a 315 km a leste de Manaus). O nível do rio chegou a -162 cm, superando em 10 cm a marca anterior, registrada em 1997. As medições são feitas em Parintins desde 1970.
Tanto no rio Solimões, quanto no Amazonas, o nível do rio continuará diminuindo nos próximos dias, de acordo com a previsão do CRPM.
O rio Negro também deve alcançar o menor nível até domingo (24). Nesta sexta, o rio mediu 13,80 m em Manaus, apenas 16 cm a mais do que o recorde histórico, registrado em 1963 (13,64 m). As medições são realizadas na capital amazonense desde 1903.
Segundo Daniel de Oliveira, gerente de hidrologia do CRPM, de ontem para hoje, o nível diminuiu 13 cm. Na primeira metade da semana, a redução ficou entre 16 cm e 20 cm entre um dia e outro.
“O maior impacto da seca é na navegação. Há lugares em que as balsas não chegam, e os moradores ficam sem combustível para gerar luz. O preço dos alimentos sobe porque, com a seca, as embarcações precisam fazer mais curvas, o que eleva o tempo de viagem”, afirma Oliveira.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2010/10/22/rios-solimoes-e-amazonas-tem-maior-seca-da-historia.jhtm
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