A nossa civilização é em grande parte responsável pelas nossas desgraças. Seríamos muito mais felizes se a abandonássemos e retornássemos às condições primitivas. Sigmund Freud
10 dezembro 2010
Novas metas de redução de gases estufa estão fora do texto final de Cancún
O embaixador Luiz Alberto Figueiredo, negociador chefe da delegação brasileira, informou que o impasse sobre o segundo período de comprometimento do Protocolo de Kyoto teve de ser resolvido com “criatividade” na COP-16, a conferência do clima que ocorre em Cancún, no México. A solução foi dar um meio passo, sem definir metas de redução dos gases do efeito estufa.
“Os países se comprometeram a terminar as negociações a tempo de não haver um gap [intervalo sem metas legais]”, explicou. As metas devem ser definidas para os países membros de Kyoto na COP do ano que vem, em Durban, na África do Sul. As metas obrigatórias atuais do protocolo valem até o final de 2012, e após esta data ainda não há um acordo oficial de redução das emissões no mundo.
Para a ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, as negociações não podem ser paralisadas e é preciso caminhar para um acordo. “O relatório sugere a discussão da prorrogação de Kyoto sem que haja um vazio entre o primeiro e o segundo período de comprometimento. Ele faz parte de um texto balanceado que será apresentado”, afirmou.
O texto ainda “coloca no papel”, em um anexo, as promessas voluntárias de redução, dos países membros de Kyoto (os desenvolvidos menos EUA), apresentadas no Acordo de Copenhague. Isso traz os valores já mencionados para o centro das discussões sobre as novas metas.
Em comunicado, a presidente da COP declarou: “O rascunho aborda a questão da continuidade do Protocolo de Kyoto. Inclui as ambições atuais para redução dos gases do efeito estufa, e nós acreditamos que irá definir as condições para ações futuras por todos, baseado no princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas. Ele também pode permitir o estabelecimento de mecanismos muito importantes para apoiar os esforços dos países em desenvolvimento, em especial os mais vulneráveis, em adaptação, financiamento (Fundo Verde) e florestas. Ainda constam disposições sobre prestação de contas (MRV e ICA)”
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2010/12/10/novas-metas-de-reducao-de-gases-estufa-estao-fora-do-texto-final-de-cancun.jhtm
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