O ar de São Paulo. |
A poluição de São Paulo exerce sobre as pessoas efeitos insondáveis. Quer irritar um paulistano? Simples. Fale mal da capital paulista. A reação será instantânea.
A despeito do “amor” pela cidade, a maioria de seus habitantes (51%) não hesitaria em mudar para localidade mais civilizada ( veja no vídeo).
Só pode ser consequência do ar. Em São Paulo, ele não é incolor nem inodoro. Contra todos os ensinamentos, o ar da Paulicéia fede e tem cor.
O morador de São Paulo vê o ar que respira. Aliás, o ar da cidade não é propriamente respirado. Pulmão nenhum o faria por gosto. Não é inalação. É invasão.
Sempre que submetido a teste, o “amor” por São Paulo claudica. A cada feriado, as saídas da cidade ficam entupidas. Há fuga em massa.
Abre parênteses: Quem fica se dá muito bem. Vazia, São Paulo é muito menos caótica, bem mais tragável. Fecha parênteses.
O “amor” do paulistano pela cidade não resiste a um feriado, eis a crua verdade. Insista-se: a explicação só pode estar no ar.
Além dos danos ao aparelho respiratório, afeta a visão. Cego de poluição, o sujeito acaba acomodando o bairrismo à frente do caos.
Até o velho bairrismo paulistano, porém, parece flertar com um limite.
Noutros tempos, o “amor” por São Paulo era maior do que os brônquios. Agora, nem tanto.
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