No último ano do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil se consolidou como ator proeminente nas discussões mundiais, em um cenário dominado por antigas potências. Mas essa influência também se deu “à custa do apoio a uma plataforma mais abrangente de direitos humanos, afirma o relatório 2009 da Anistia Internacional, divulgado nesta quarta-feira (26).
“Em algumas áreas, o Brasil lidera. Em outras, fica alheio. Foi assim no caso de condenação a políticas persecutórias no Sri Lanka, na Coreia do Norte e no Sudão. Entendo que o governo veja a necessidade de manter um diálogo a portas fechadas com esses países difíceis. Mas o Brasil não pode negar um espaço público em que os países sejam julgados pelos mesmos patamares.”
Programa de Direitos Humanos
A Anistia defendeu o 3º Programa Nacional de Direitos Humanos, que foi criticado por prever a descriminalização do aborto, a expulsão não violenta de invasores de terra, o controle social da mídia e – mais importante – a instauração de uma comissão que apure crimes cometidos durante o regime militar (1964-1985). “É uma iniciativa importante e se Lula não mantiver o compromisso com ela, o compromisso com os direitos humanos por parte do governo certamente fica no ar”, afirmou Cahill.
A Anistia faz críticas à condução do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que estaria afetando populações indígenas e ribeirinhas indiscriminadamente. “Houve denúncias de que alguns dos projetos ameaçavam os direitos humanos de comunidades locais e de povos indígenas”, disse a entidade ao tratar do programa que até março foi coordenado pela presidenciável Dilma Rousseff (PT).
Leia a matéria completa: http://noticias.uol.com.br/politica/2010/05/26/lula-tem-voz-no-exterior-mas-deixa-duvidas-sobre-direitos-humanos-diz-ong.jhtm
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