07 fevereiro 2011

A seca emite. As emissões secam.

Rio Negro, totalmente seco.


Secas extremas e sem precedentes, relacionadas aos efeitos das mudanças climáticas, afetam a floresta amazônica de tal forma que contribuem para o aumento das emissões de gases estufa e, por sua vez, intensificam os efeitos do aquecimento global. Um perverso ciclo vicioso que ameaça as matas e o clima no mundo, revela recente estudo publicado na revista americana Science. 

Cientistas ingleses, em parceria com brasileiros, analisaram causas e efeitos das duas grandes secas que afetaram a região, uma em 2005 e outra em 2010. A conclusão é de que, dada à sua estranha natureza – severa, em curto espaço de tempo e ligadas ao aumento de temperatura das águas do Atlântico - as secas estariam ligadas aos efeitos das mudanças climáticas, da mesma forma que, ao causar alta mortandade de árvores, contribuem para elas.

Quando morrem, as árvores, em seu processo de decomposição, emitem gases de efeito estufa. Até aí, o processo se dá de forma normal. O problema é que, em momentos de seca extrema, o número de árvores que morre pode ser tão alto que a floresta deixa de cumprir seu papel de absorção de gás carbônico do ar e passa a emitir. Foi o que aconteceu em 2005, quando a Amazônia emitiu mais de cinco bilhões de toneladas e em 2010, que pode ter chegado a oito bilhões, ultrapassando em muito o valor de emissão dos EUA.



Fonte: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Blog/a-seca-emite-as-emisses-secam/blog/33237

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