Terminou em expulsão pela polícia as mais de nove horas de protesto do Greenpeace na sede da petroleira OGX, no Rio de Janeiro. Às 19h20 da noite do dia 31 de agosto, os dezoito ativistas que desde as 10h da manhã resistiam à tropa de choque e aos seguranças do bilionário Eike Batista em protesto pacífico contra exploração de petróleo em Abrolhos foram retirados à força. Eles foram impedidos de receber àgua e comida e tiveram a luz do prédio cortada.
Quinze ativistas fantasiados de baleias e outros três travestidos de funcionários da OGX, com borrifadores de óleo falso. Este era o time do Greenpeace. Do outro lado, dezenas de seguranças e uma tropa da polícia altamente armada, preparados para o confronto.
No interior do prédio, onde ocorria o protesto totalmente pacífico, a imprensa foi impedida de entrar e plásticos pretos colocados pelos funcionários tapavam a visão de quem desde cedo lotava as calçadas da entrada do edifício, no centro do Rio de Janeiro. Acorrentados nas catracas de acesso aos elevadores, os manifestantes aguardaram a presença de Eike Batista, dono da empresa, e resistiram por horas à violência desmedida dos leões-de-chácara do bilionário.
O objetivo da manifestação era simples e claro: obter resposta a um pedido de fim de exploração em uma área altamente prioritária para a conservação marinha brasileira. Mas, passadas três horas de protesto, a empresa dignou-se apenas a divulgar uma posição vaga. Em carta, alegou que a localização dos blocos na região dos Abrolhos não oferecia riscos, algo que nenhuma empresa ou orgão científico pode garantir.
Não satisfeitos com a falta de respeito e seriedade que a situação exigia, os manifestantes se desvencilharam em direção aos elevadores. Foram recepcionados pela tropa de choque da polícia com agressões e pancadaria. Seguiu-se mais um longo período de espera, desta vez impedidos de beber água ou ingerir qualquer alimento. Após às 18h, foram deixados no escuro.
Pouco antes das 19h da noite, a polícia ganhou reforços e fechou o quarteirão próximo à Rua do Passeio, na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro, em frente à Praça Mahatma Ghandi. Por volta das 19h20, os ativistas tiveram as correntes que os prendiam cortadas e foram arrastados pela polícia para dentro de um camburão em direção à delegacia. Com eles foram levados a fotógrafa e o cinegrafista que permaneceram todo o tempo junto aos manifestantes para garantir a sua segurança.
“Viemos em busca de resposta a um pedido feito à OGX em carta pelo Greenpeace e via email por mais de 14 mil ciberativistas, que foi sumariamente ignorado pela empresa”, disse Leandra Gonçalves, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace. “Ao invés de sermos recepcionados com um posicionamento concreto sobre o tema, recebemos uma resposta inócua e fomos alvos de reação truculenta”, critica.
A OGX foi uma das dez empresas que receberam cartas do Greenpeace explicando a necessidade de estabelecer uma moratória da exploração de óleo e gás em Abrolhos. O descaso de Eike Batista com a região, considerada a maior biodiversidade do Atlântico Sul, contrasta com a imagem de sustentabilidade que a empresa tenta passar ao público.
“Eike Batista tenta se mostrar um empresário moderno e alinhado com os interesses dos nossos tempos, mas isto não passa de jogada de marketing. Quando confrontado em seus interesses em prol da segurança e da preservação , ele reage com violência”, conclui Gonçalves.
A empresa é a segunda a receber o Greenpeace em sua porta. Ontem, a franco-britânica Perenco, sócia da OGX em sua garimpagem de petróleo no mar de Abrolhos, foi surpreendida por um confronto entre “baleias” e “petroleiros” na entrada de sua sede, no Rio. As baleias tentaram falar com representantes da Perenco, mas os petroleiros as impediram com jatos de óleo.
O petróleo de Abrolhos
O Greenpeace pede o estabelecimento de uma moratória da exploração de gás e petróleo por 20 anos em uma zona de 93 mil quilômetros quadrados na região de Abrolhos. Segundo recentes estudos científicos, esta área é o limite mínimo para evitar que acidentes de qualquer tipo contaminem a biodiversidade da região.
A área de moratória afeta treze blocos de exploração de petróleo atualmente concedidas a dez empresas nacionais e estrangeiras: Perenco, Petrobras, Shell, Vale, OGX, Cowan, Sonangol, Vipetro, HRT e Repsol.
Pouco antes das 19h da noite, a polícia ganhou reforços e fechou o quarteirão próximo à Rua do Passeio, na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro, em frente à Praça Mahatma Ghandi. Por volta das 19h20, os ativistas tiveram as correntes que os prendiam cortadas e foram arrastados pela polícia para dentro de um camburão em direção à delegacia. Com eles foram levados a fotógrafa e o cinegrafista que permaneceram todo o tempo junto aos manifestantes para garantir a sua segurança.
“Viemos em busca de resposta a um pedido feito à OGX em carta pelo Greenpeace e via email por mais de 14 mil ciberativistas, que foi sumariamente ignorado pela empresa”, disse Leandra Gonçalves, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace. “Ao invés de sermos recepcionados com um posicionamento concreto sobre o tema, recebemos uma resposta inócua e fomos alvos de reação truculenta”, critica.
A OGX foi uma das dez empresas que receberam cartas do Greenpeace explicando a necessidade de estabelecer uma moratória da exploração de óleo e gás em Abrolhos. O descaso de Eike Batista com a região, considerada a maior biodiversidade do Atlântico Sul, contrasta com a imagem de sustentabilidade que a empresa tenta passar ao público.
“Eike Batista tenta se mostrar um empresário moderno e alinhado com os interesses dos nossos tempos, mas isto não passa de jogada de marketing. Quando confrontado em seus interesses em prol da segurança e da preservação , ele reage com violência”, conclui Gonçalves.
A empresa é a segunda a receber o Greenpeace em sua porta. Ontem, a franco-britânica Perenco, sócia da OGX em sua garimpagem de petróleo no mar de Abrolhos, foi surpreendida por um confronto entre “baleias” e “petroleiros” na entrada de sua sede, no Rio. As baleias tentaram falar com representantes da Perenco, mas os petroleiros as impediram com jatos de óleo.
O petróleo de Abrolhos
O Greenpeace pede o estabelecimento de uma moratória da exploração de gás e petróleo por 20 anos em uma zona de 93 mil quilômetros quadrados na região de Abrolhos. Segundo recentes estudos científicos, esta área é o limite mínimo para evitar que acidentes de qualquer tipo contaminem a biodiversidade da região.
A área de moratória afeta treze blocos de exploração de petróleo atualmente concedidas a dez empresas nacionais e estrangeiras: Perenco, Petrobras, Shell, Vale, OGX, Cowan, Sonangol, Vipetro, HRT e Repsol.
A proposta é uma tentativa de barrar o avanço da exploração petrolífera no entorno de Abrolhos. Ano passado, o governo derrubou uma liminar do Ministério Público Federal, de 2003, que impedia a ANP (Agência Nacional de Petróleo) de licitar blocos num raio de 50 km do Parque Nacional.
Lar de mais de 1.300 espécies de aves, tartarugas, peixes e mamíferos marinhos — dentre as quais, 45 em risco de extinção — Abrolhos é a região de maior biodiversidade da região sul do Atlântico. Seus recifes de corais, os maiores e mais exuberantes do Brasil, e seus extensos manguezais contribuem para fazer desta a zona mais importante de pesca no Estado da Bahia.
Saiba mais sobre a campanha:Veja o site da campanha e assine a petição: www.greenpeace.org.br/abrolhos
Petição online: www.deixeasbaleiasnamorarem.com.br
Facebook: http://goo.gl/cx3lI
Twitter: @greenpeaceBR @coralcerebro
Youtube: http://www.youtube.com/user/greenbr
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