31 março 2011

Microalgas alimentam-se de CO2 para produzir biopetróleo

Talvez um dos combustíveis do futuro.


Uma grande quantidade de tubos de oito metros de altura, perto de Alicante, no leste da Espanha, macera o que pode ser o combustível do amanhã: biopetróleo produzido com as microalgas que se alimentam do anídrido carbônico lançado por uma fábrica vizinha.
Cerca de 400 tubos de cor verde escura nos quais crescem milhões de microalgas estão localizados em uma planície dessa região do leste da Espanha, perto de um cemitério, que expele CO2, um gás que é capturado e levado por meio de tubulações até a pequena fábrica de biopetróleo.
Pesquisadores franceses e espanhóis da pequena empresa Bio Fuel Systems (BFS) desenvolvem há cinco anos este projeto, ainda experimental.
Em um momento em que os industriais buscam soluções criativas como alternativas para o petróleo, a ideia é reproduzir e acelerar um processo que durou milhões de anos e permitiu a produção de petróleo fóssil.
"Tentamos simular as condições que havia há milhões de anos, quando o fitoplâncton transformou-se em petróleo. Dessa forma, obtivemos um petróleo equivalente ao petróleo atual", explica o engenheiro Eloy Chapuli.

UE quer eliminar carros a gasolina e a diesel de suas cidades até 2050

O Euro-trem.


Plano prevê estímulo ao transporte por trens em detrimento de carros

A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), propôs nesta segunda-feira que todos os carros a diesel ou a gasolina sejam eliminados das cidades do bloco até 2050.

O comissário de Transportes do bloco, Siim Kallas, também elaborou planos para migrar para trens metade das "jornadas de distância média" - a partir de 300 km - feitas atualmente em automóveis.

Kallas propôs ainda cortes de 40% nas emissões de carbono promovidas pelo transporte de cargas e um maior uso de combustíveis verdes na aviação.

As metas fazem parte do relatório Transporte 2050, apresentado pela Comissão Europeia em Bruxelas.

Efeito estufa
O objetivo final do plano de metas é cortar em 60% as emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa originárias do setor de transportes e reduzir a dependência do petróleo importado.

Hora do Planeta 2011 [2]

Mais de 5.000 cetáceos morreram devido a óleo da BP, diz estudo

Um dos muitos afetados.


O número de cetáceos, como golfinhos e baleias, mortos pela maré negra da BP (British Petroleum) no golfo do México em 2010, pode ter sido subestimado. Ele seria superior a 5.000, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira.

A pesquisa --divulgada na "Conservation Letters", revista da Sociedade para Conservação Biológica-- mostra que essa quantidade pode ser multiplicada por 50, estabelecendo um novo registro que vai muito além da contagem inicial.

Na zona afetada, havia 101 carcaças, o que leva a crer que poucos cetáceos foram vítimas do petróleto que vazou durante 106 dias de poço da plataforma Deepwater Horizon. Mas, na realidade, os esqueletos representam uma pequena parte dos animais que morreram.

"A maré negra da Deepwater, a maior de que se tem conhecimento nos Estados Unidos, tem, aparentemente, apenas um impacto modesto sobre a fauna, levando a crer que os estragos causados ao ambiente foram mínimos", considera Rob Williams, professor da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, e principal autor deste estudo.

"Essa impressão é explicada pelo fato de os estudos terem feito uma correspondência entre o número de vítimas e o de esqueletos encontrados na costa", explica.

Normalmente, apenas 2% das carcaças de cetáceos são achadas, de acordo com estimativas históricas das populações desses animais e a taxa natural de mortalidade nesta região, combinada com a contagem anual das mesmas.

O lote de 101 carcaças, considerado pequeno pelos pesquisadores, também seria explicado pelo fato de os animais morrerem longe da costa --a maré negra da BP foi registrada a 60 quilômetro ao longo do estado de Louisiana.

30 março 2011

Com mulher não quero mais nada



Com Mulher Não Quero Mais Nada 
Noel Rosa

Com mulher não quero mais nada
Minha sina está traçada
Neste mundo que me causa horror

O que me faz ficar doente
É mulher na minha frente
A fazer enredos de amor

Eu tenho fama de filósofo amador
Quem diz que ama nunca sabe o que é o amor
Amar jurando nunca foi jurar amando
É por isso que eu juro
Que o amor não dá futuro

(Com mulher...)

29 março 2011

Estátua da paciência



Estátua Da Paciência 
Noel Rosa


Seu telegrama diz:
"Regressarei brevemente"
Mas o seu trem fatalmente
Chegar não quis
Não entendi por que
O trem não traz pra cidade
A minha felicidade
Que é você

A quem acabar com a raça dos trens
Além dos meus parabéns
Eu darei como prêmio de consolação
O relógio e o prédio da estação

Eu sou na estação
A estátua da paciência
E acabei sendo uma agência
De informação
Sei os itinerários
Já decorei os horários
O nome dos maquinistas
E dos foguistas

Seu telegrama diz:
"Regressarei brevemente"
Mas o seu trem fatalmente
Chegar não quis
Não entendi, querida,
Por que seu trem não regressa
Amenizando depressa
A minha vida

27 março 2011

Nível de radiação no mar perto de usina nuclear no Japão sobe



O nível de iodo radioativo nas águas do litoral próximas à usina nuclear de Fukushima Daiichi aumentou para uma concentração 1.850 vezes superior ao limite permitido, informou neste domingo (27) a Agência de Segurança Nuclear do Japão. No sábado, havia sido anunciada uma concentração 1.250 vezes superior à permitida.


O nível de radiação nesta área, que fica a 330 metros ao sul da zona de drenagem dos reatores 1 a 4, aumentou rapidamente nos últimos dias em relação aos dados recolhidos anteriormente. A agência afirma que isso pode indicar um vazamento contínuo de material radioativo da usina nuclear.


Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/internacional/2011/03/27/nivel-de-radiacao-no-mar-perto-de-usina-nuclear-no-japao-sobe.jhtm

Tempos como estes




I, I'm a one way motorway,
I'm the one that drives away,
Then follows you back home
I, I'm a street light shining,
I'm a white light blinding bright,
Burning off and on
It's times like these
You learn to live again,
It's times like these
You give and give again
It's times like these
You learn to love again,
It's times like these
Time and time again
I, I'm a new day rising,
I'm a brand new sky that
Hang the stars upon tonight
I, I'm a little divided,
Do I stay or run away
And leave it all behind
It's times like these
You learn to live again,
It's times like these
You give and give again
It's times like these
You learn to love again,
It's times like these
Time and time again.

23 março 2011

Cristovam lamenta posição do Brasil no que diz respeito à qualidade da educação pública

Senador Cristovam Buarque.

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) manifestou em Plenário, nesta quarta-feira (23), sua preocupação com o fato de o Brasil estar mal posicionado em relação aos demais países do mundo no que diz respeito à qualidade da educação pública e às condições de vida da população.
Na avaliação de Cristovam, a má classificação do Brasil em indicadores sociais, como por exemplo, no ranking mundial da qualidade do ensino público - 88ª de acordo com relatório da Unesco de 2011 - reduz bastante o significado da conquista da 7ª posição internacional em termos de tamanho da economia.
- Nós não temos o direito de chegar a R$ 3 trilhões por ano e não termos bons salários para os professores, professores bem preparados, todas as crianças na escola e todas as crianças em escolas iguais na qualidade - disse.
Em seu discurso, Cristovam comparou a situação atual do Brasil com a da época do Império, quando, durante um encontro de Dom Pedro II com o escritor Vitor Hugo, em visita do imperador à França, o escritor se negou a apertar sua mão porque disse que não cumprimentava o chefe de Estado de um grande país onde ainda havia escravidão.
Cristovam lançou dúvidas sobre a sustentabilidade da atual posição da economia brasileira diante da incapacidade do país em resolver o problema social.
- Não há futuro na economia se não houver futuro na ciência e na tecnologia que a economia usa. Se continuarmos nesse ritmo, em vez de chegarmos à quarta, à quinta posições vamos, dentro de algumas décadas mais, decair outra vez, porque os outros países estão investindo em ciência e tecnologia, o que exige investimento em educação - alertou Cristovam.

22 março 2011

Governo do Pará lança pacote de benefícios para municípios comprometidos com desmatamento zero



Apoiar 75 municípios paraenses a alcançarem o desmatamento zero é uma das principais metas do programa Municípios Verdes, que será lançado pelo governo do Estado nesta quarta-feira, 23 de março, em Paragominas. O programa também prevê reflorestamento, manejo das florestas nativas, recuperação das áreas de preservação permanente e de áreas degradadas.

A iniciativa surgiu a partir de acordos feitos entre o governo estadual, Ministério Público Federal (MPF), prefeitos e federações dos municípios (Famep) e da agricultura e pecuária (Faepa). Desde o final de 2010 até esta segunda-feira, 20 de março, foram assinados acordos com 75 municípios paraenses. Em troca de ampliação de prazo para a regularização ambiental dos produtores rurais, os municípios comprometeram-se a combater desmatamento.


O programa Municípios Verdes, do governo do Estado, vem auxiliar os municípios a cumprir esse compromisso. As secretarias de estado de Projetos Estratégicos e de Meio Ambiente, o Instituto de Terras do Pará (Iterpa) e o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) estão à frente do programa.


Garantia de mercado

Desde o início deste mês, cerca de 80 empresas que assinaram acordo pelo desmatamento zero no Pará — entre elas alguns dos maiores frigoríficos do país, como o Bertin e o Minerva — passaram a negociar exclusivamente com proprietários rurais que tenham pedido o licenciamento ambiental ou cujas propriedades estiverem localizadas em municípios que também assinaram o acordo pelo fim do desmatamento ilegal.

Nos municípios participantes do acordo, as propriedades acima de 3 mil hectares ganharam prazo até 30 de agosto para o pedido de licenciamento e as de 500 até 3 mil hectares têm até 31 de dezembro para que essa providência seja tomada. Para as pequenas propriedades, de até 500 hectares, o prazo vai até 30 de junho de 2012.


Em contrapartida à extensão de prazo para o licenciamento, as prefeituras se comprometem com o desmatamento zero e com o controle sobre as atividades produtivas. Entre as condições que devem ser obedecidas, as prefeituras devem alcançar um pacto pelo controle do desmatamento com a participação do legislativo e de sindicatos patronais e de trabalhadores rurais.


Paragominas foi escolhido como palco de lançamento do programa por ter sido o primeiro município paraense que ganhou a denominação de Município Verde, saindo da lista dos maiores desmatadores em março de 2010, dois anos depois de ter iniciado o combate ao desmatamento.


Em 2005, a devastação ilegal atingiu, no município, 303 quilômetros quadrados. Em 2009, já era de apenas 21 quilômetros quadrados, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Resultados como esses levaram o Conselho Monetário Nacional a autorizar, em 2010, que os produtores rurais de Paragominas tenham acesso ao crédito bancário sem a apresentação do Certificado de Cadastro de Imóveis Rurais (CCIR).



Continue lendo: http://amazoniainforma.blogspot.com/2011/03/governo-do-para-lanca-pacote-de.html

20 março 2011

A educação movimenta a economia

Investir em educação é garantia para a economia.


Investir em educação é bom não só para aumentar o capital cultural da sociedade e dos cidadãos, mas também para fazer a roda da economia girar. É o que atesta o estudo "Gastos com a Política Social: Alavanca para o crescimento com distribuição de renda", coordenado pelos pesquisadores Jorge Abrahão, Joana Mostafá e Pedro Herculano, do Departamento de Estudos e Políticas Sociais, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Os pesquisadores analisaram o impacto dos gastos sociais realizados no ano de 2006 e definiram valores multiplicadores para os valores aplicados, ou seja, o quanto o incremento de 1% do PIB aumenta o próprio PIB e o quanto eleva a renda das famílias. E compararam esse impacto àquele gerado por outras atividades econômicas.

Cruzando dados econômicos do Sistema de Contas Nacionais do IBGE, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), os economistas chegaram à conclusão de que os gastos em educação e saúde têm retorno superior ao de outras atividades. O multiplicador do PIB para a educação foi 1,85%, enquanto o da saúde foi de 1,70%, o da construção civil foi de 1,54% e o de exportações de commodities agrícolas, de 1,4%. No caso do multiplicador na renda das famílias, o da educação foi de 1,67%, o da saúde de 1,44%, construção civil, 1,14%, commodities, 1,04%.

Os fatores que contribuem para isso são a alta geração de empregos da educação em comparação, por exemplo, com o setor agrícola, altamente mecanizado, e as compras que movimentam a indústria nacional geradas por cada setor. 



Leia a entrevista concedida por Jorge Abrahão, diretor do Ipea e coordenador da pesquisa, ao editor Rubem Barros: http://revistaeducacao.uol.com.br/textos.asp?codigo=13087

Japão decide aposentar usina nuclear de Fukushima

Complexo de Fukushima.


O Japão irá desativar o complexo nuclear de Fukushima Daiichi devido ao acidente que afetou as instalações da usina após o terremoto seguido de tsunami do último dia 11, informou neste domingo o porta-voz do Governo japonês, Yukio Edano.


Ele afirmou em sua entrevista diária sobre a crise nuclear que, "observando a situação objetivamente, está claro" que as instalações atômicas de Fukushima não serão novamente utilizadas.


Fukushima Daiichi, no leste do Japão, cerca de 250 quilômetros ao norte de Tóquio, seria fechada logo após as autoridades terem controlado a fuga de material radioativo e a alta temperatura que desestabiliza os núcleos dos reatores.

Esta é a primeira vez que o Governo fala publicamente sobre o futuro da usina, em torno da qual se estabeleceu um perímetro de segurança mínimo de 20 quilômetros.

A central segue sofrendo problemas na maioria de seus seis reatores, mas as unidades 5 e 6 já têm acesso à eletricidade para ativar os sistemas de refrigeração e o reator 2 foi conectado neste domingo à corrente elétrica à espera que possa ser resfriado com suas bombas d'água.



Isto garante certa tranquilidade na usina de Fukushima Daiichi, mas o reator 3 preocupa os especialistas da Tepco - companhia operadora da central -, já que a pressão na parte de contenção do núcleo poderia continuar aumentando.

Por enquanto, a Tepco considera que a pressão se estabilizou e que será liberada pressão para a piscina de supressão na base do reator.



Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2011/03/20/japao-decide-aposentar-usina-nuclear-de-fukushima.jhtm

Trajetória



Não perca tempo assim contando história
Pra que forçar tanto a memória
Pra dizer
Que a triste hora do fim se faz notória
E continuar a trajetória
É retroceder
Não há no mundo lei que possa condenar
Alguém que a um outro alguém deixou de amar
Eu já me preparei, parei para pensar
E vi que é bem melhor não perguntar
Porque é que tem que ser assim
Ninguém jamais pôde mudar
Recebe menos quem mais tem pra dar
E agora queira dar licença, que eu já vou
Deixa assim, por favor
Não ligue se acaso o meu pranto rolar, tudo bem
Me deseje só felicidade, vamos manter a amizade
Mas não me queira só por pena
Nem me crie mais problemas


Composição: Arlindo Cruz / Serginho Meriti / Franco

14 março 2011

Idéias que valem a pena

Isabel Allende transmite um pouco de sua paixão por um mundo melhor durante uma palestra na conferência TED (Technology, Entertainmente and Design).



Para ativar as legendas, basta clicar em View Subtitles e escolher Português.

A Amazônia peruana

Toda a extensão da Amazônia.

De uma maneira ou de outra, a região amazônica do Peru se faz quase sempre presente nas notícias nacionais. Lamentavelmente, grande parte destas notícias não é exatamente encorajadora, pois tem a ver compoluição ambiental, extração ilegal de madeira, depredação da fauna, biopirataria e desertificação, entre outros problemas não menos graves, que assolam a selva peruana. Mas o que representa a Amazônia para si mesma e para o Peru?

O Peru está classificado como um país andino, porém mais de 60% da extensão territorial do país está ocupado pela selva amazônica. Ademais, a Amazônia peruana já teve uma extensão muito maior que a atual (entre 13 e 16% do total da Amazônia), mas desde tempos coloniais –no que era então o Vice-Reino do Peru– esteve a perder terreno frente ao avanço dos portugueses. Isso levou ao Tratado de Tordesilhas, e finalmente ao de Santo Ildefonso. Também a criação de novos vice-reinos, como o de Nova Granada e o do Rio da Prata, afetaram o tamanho da Amazônia peruana. E já em épocas republicanas, ela foi reduzida mais uma vez devido às guerras com a Gran Colômbia, Colômbia e os conflitos com o Equador. Inclusive, a Guerra do Acre, entre Brasil e Bolívia (chamada no Brasil de “Revolução Acreana”), prejudicou territórios peruanos em virtude dos tratados limítrofes subsequentes.


No entanto, apesar de que se possa chamar o Peru de um país amazônico com pleno direito, somente 13% dos peruanos vivem na região (30% dos peruanos vivem na capital, Lima, e na região da costa) e muitos deles pertencem ou descendem das mais de 60 etnias amazônicas existentes, que falam diversas línguas. Dessa forma, para a maioria dos peruanos, a floresta amazônica é uma região quase desconhecida, e às vezes até exótica.



Obviamente isso não se aplica às etnias que a habitam desde aproximadamente 12,000 anos atrás, pois seu conhecimento sobre a floresta é muito grande, tendo alcançado alto grau de adaptação ao meio ambiente e ao uso de seus recursos. Por isso, é quase anedótico falar, por exemplo, do descobrimento do Amazonas por parte de Francisco de Orellana, sendo mais correto dizer que com isso foi marcado o início da desapropriação das terras e das riquezas dos primeiros habitantes.


Mas seria injusto falar somente dos problemas da Amazônia e não mencionar também seu potencial e sua riqueza, que sabiamente explorados ofereceriam muito às comunidades que nela habitam e a todo o país. Segundo o Wikipédia, a selva amazônica peruana contribui muito para que o Peru seja o segundo país com a maior diversidade de aves no mundo. Algo semelhante se dá com mariposas e samambaias, uma amostra da grande biodiversidade da região. Quatro reservas nacionais do Peru se encontram na Amazônia, além de três parques nacionais e uma reserva comunal.



A região amazônica da América do Sul é, provavelmente, a de maior biodiversidade no planeta, e essa riqueza de espécies é mais antiga do que pensavam até agora os cientistas, de acordo com os artigos que sobre a lenta formação da Cordilheira dos Andes, […] [que] remonta a mais de 65,5 milhões anos
Por outro lado, é imprescindível mencionar o rio Amazonas, o mais extenso e de maior volume do mundo, grande coletor de águas da imensa bacia à qual dá nome, também a maior do mundo. Mas, enquanto muitos se empenham para votar nele como uma das 7 maravilhas naturais do mundo, a realidade cotidiana é que o peruano comum vive de costas para a Amazônia, e que o Estado faz pouco para melhorar a situação.


Temos sustentado, nesse tempo todo, o acercamento necessário às realidades culturais de nossos irmãos amazônicos. Que a selva não seja um agregado do Peru, um número, um bosquezinho povoado por analfabetos que atiram flechas. Não. Aqui defendemos que nossa floresta seja considerada “a metade mais um” do Peru, que o rio Amazonas se converta no símbolo peruano do mundo, que as culturas étnicas silvícolas sejam apreciadas não com olhos ocidentais, e que o Peru se orgulhe de ser tão amazônico como pátria do pisco, do ceviche e dos Incas.


O grande paradoxo do Peru reside no fato de que é um país com grande riqueza natural e cultural, mas apresenta uma pobreza estrutural secular em todos os seus aspectos. O Desenvolvimento Sustentável não deve ser alheio à realidade, porque a atividade extrativista sem responsabilidade social nem ambiental, associada a uma grande biodiversidade, pode provocar impactos negativos com efeitos não apenas de degradação dos recursos naturais, mas na diminuição crítica das condições de vida da população.


Fonte: http://amazoniainforma.blogspot.com/2011/03/amazonia-peruana.html

13 março 2011

Doe um pouco de amor


Give a Lil' Love Bob Sinclar
Now you and I
Can get together
Let us start a revolution
Change this world
To what it should be
And forget all this confusion

We could live together
For the sake of love
What are we fighting for?
Oooh now
We could start healing today

If we can just learn to give
Give a lil' love
You and I can change the world
Live a lil' love
Make it better if we try
Show a lil' love
Let your love rain
Let it rain down on me

Now if we wait and do nothing
Then what about their future?
How can we look into their eyes
And say we love our children?
We can make it better
Feel the love inside
Forget foolish pride

Ooh yea
I know that we can find the way
If we can just learn to give
Give a lil' love
You and I can change the world
Live a lil' love
Make it beter if we try
Show a lil' love

Let your love rain
Let it rain down on me
So let it rain

For the people
Let it rain
Shower me with your love
Let it rain now
Let it rain

And let the children sing
Around the world you feel the love that we say hey
Around the world we say make a better day
Around the world we feel the love that we say hey
Around the world we say make a better day
Around the world we feel the love that we say hey
Around the world we say make a better day
Around the world we feel the love that we say hey
Around the world wa say make a better day

Come on come on come on yea
Give a lil' love
You and I can change the world
Live a lil' love
We can make it happen
Show a lil' love
Let it rain
Let it rain down on me
Let it rain
So let it rain
For all the people
Let it rain
So let it rain

Doe um pouco de amor (Tradução)
Agora você e eu
podemos nos unir
Vamos começar uma revolução
Mudar esse mundo
Para o que ele deveria ser
e esquecer toda essa confusão

Nós poderíamos viver juntos
Para o bem do amor
Pelo que estamos lutando?
Oh agora
Nós poderíamos começar a curar hoje

Se nós simplesmente pudermos aprender a doar
Doe um pouco de amor
Você e eu podemos mudar o mundo
Viva um pouco de amor
Vamos melhorar, se nós tentarmos
Mostre um pouco de amor
Deixe chover seu amor
Deixe-o chover sobre mim

Agora, se nós esperarmos E não fizermos nada
Então o que será do futuro?
Como poderemos olhar nos olhos deles
E dizer que amamos nossas crianças?
Nós podemos melhorar
Sinta o amor por dentro
Esqueça o orgulho tolo

Oh Yeaah
Eu sei que nós podemos encontrar o caminho
Se nós simplesmente pudermos aprender a doar
Doe um pouco de amor
Você e eu podemos mudar o mundo
Viva um pouco de amor
Vamos fazer isso melhor, se nós tentarmos
Mostre um pouco de amor

Deixe chover seu amor
Deixe-o chover em cima de mim
Então, deixe-o chover

Pelas pessoas
Deixe seu amor chover
Banhe-me com seu amor
Deixe-o chover agora
Deixe-o chover

E deixe as crianças cantarem
Ao redor do mundo você sente o amor que nós dizemos hey
Ao redor do mundo nós dizemos 'faça um dia melhor'
Ao redor do mundo você sente o amor que nós dizemos hey
Ao redor do mundo nós dizemos 'faça um dia melhor'
Ao redor do mundo você sente o amor que nós dizemos hey
Ao redor do mundo nós dizemos 'faça um dia melhor'
Ao redor do mundo você sente o amor que nós dizemos hey
Ao redor do mundo nós dizemos 'faça um dia melhor'

Vamos, vamos, vamos, vamos...
Doe um pouco de amor
Você e eu podemos mudar o mundo
Viva um pouco de amor
Nós podemos fazer acontecer
Mostre um pouco de amor
Deixe o amor chover
Deixe-o chover sobre mim
Deixe-o chover
Então deixe-o chover
Pelas pessoas
Deixe-o chover
Então deixe-o chover


http://www.vagalume.com.br/bob-sinclar/give-a-lil-love-traducao.html#ixzz1GSMOdydc

12 março 2011

Aconteceu o que se temia

Usina de Fukushima.


O governo japonês confirmou hoje o que mais se temia: um vazamento nuclear em uma das usinas afetadas pelo terremoto de escala 8,8, que atingiu ontem o Japão. Como se não bastasse todos as tragédias que o país está enfrentando em consequência do pior tremor da história da região, o governo japonês tem agora um grande desafio pela frente: evitar que a população seja afetada pela radiação.

A explosão que atingiu um dos edifícios da usina nuclear de Fukushima, localizada no norte do país, aconteceu às 15h36 hora local (3h36 de Brasília) e derrubou o teto e as paredes do armazém que abriga o depósito do reator. Segundo a companhia elétrica operadora da usina, o acidente deixou quatro feridos.

Para garantir a segurança da população, o governo japonês ordenou a evacuação de 45 mil pessoas que habitam a região e criou um perímetro de segurança de 20 quilômetros.



Em entrevista coletiva concedida na manhã de hoje, um representante do governo confirmou a explosão mas assegurou que o acidente não atingiu o reator e nem produziu grande vazamento radioativo. Mas, como já aconteceu em outros acidentes nucleares, a afirmação de que o vazamento foi "inofensivo", como sugerem as autoridades japonesas, só pode ser confirmada após análise que requer tempo. "É importante lembrar que mesmo quantidades moderadas de resíduos radiativos podem provocar impactos consideráveis à população, haja visto o acidente com o Cesio 137 ocorrido no Brasil no passado", afirma Ricardo Baitelo, responsável pela campanha de energia do Greenpeace Brasil.


Fonte: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Blog/aconteceu-o-que-se-temia/blog/33702

08 março 2011

O avanço contínuo das mulheres em movimento


Discurso proferido por Lélia Almeida em mesa redonda no Dia 8 de março de 2003 em Santa Cruz do Sul
Quando as minhas alunas me perguntam se eu sou uma feminista a pergunta vem cheia de curiosidade, a curiosidade de quem está falando com um animal pré-histórico, uma mamute congelada, o clone de uma dinossaura, qualquer coisa assim. Eu digo que sim, e mais, digo que sou das últimas, das últimas feministas da América Latina inteira, já que a outra feminista que eu conheço é justamente a minha companheira de mesa, esta que é uma feminista histórica deste país, a professora Suzana Albornoz. 
Enfim, as minhas alunas, de todas maneiras, não conseguem compreender como uma pessoa simpática como eu e que gosta tanto de literatura, pode gostar de ser uma feminista, e concluem pelo exótico, pelo excêntrico, afinal, eu sou uma escritora, o que justifica muitas excentricidades. E quando falo do Movimento de Mulheres, do Movimento Feminista, a coisa só piora, Movimento de Mulheres?!, Mas quando foi mesmo que isto aconteceu? 
Acho que elas imaginam que foi na minha juventude, um tempo muito longínquo e distante, muito distante da realidade delas, onde as mulheres, loucas e insatisfeitas, queimavam sutiãs em praça pública e espantavam os homens, enraivecidas. Sempre acho graça o Feminismo ser associado a um fato tão absolutamente isolado e pequeno como uma passeata contra o concurso de miss América, quando um grupo de feministas jogou os sutiãs em uma lata de lixo como uma rejeição simbólica da feminilidade artificial. Tudo bem, se o gesto ficou associado ao fato é porque às vezes são necessários gestos irados, furiosos para que alguma coisa aconteça, alguma coisa mude, alguma coisa se quebre. Enfim, sobre o Feminismo, os mal-entendidos não são poucos, e isto não é de graça.
A verdade é que não há um Movimento de Mulheres, não há um Feminismo. O Feminismo é múltiplo, tem várias cores, muitos matizes e nem sempre teve este nome, ainda que diversos Movimentos de Mulheres tenham tido uma característica sempre igual: o Feminismo reivindica fundamentalmente a autonomia das mulheres, autonomia em relação às leis e normas ditadas sobre elas pelo patriarcado. E isto que parece ser tão simples e tão pouco, é complexo, é muito complexo. 
Mas afinal, de qual Movimento Feminista eu vim, dos das mulheres dos anos sessenta, que brigavam pelo controle da sua sexualidade, ou dos anos setenta ou oitenta e sua luta pela inserção no mercado de trabalho, ou dos anos 20 e 30 quando Virginia Woolf escrevia pela primeira vez sobre as mulheres escritoras e defendia que tínhamos que ter um quarto todo nosso para poder escrever, ou dos anos quarenta quando Simone de Beauvoir escreveu sobre o segundo sexo, dando nome e explicações sobre esta subcategoria que as mulheres tínhamos sempre representado na história. Ou dos anos 60, quando as americanas trouxeram o debate do feminismo a público, radicais, e o estenderam numa malha, numa rede cheia de significados, junto aos negros, aos gays, aos pacifistas, etc. 
Ou talvez do tempo de Mariana do Alcoforado, a célebre freira portuguesa que escrevia cartas de amor desde a clausura, saudosa do seu amante francês (sempre tem um amante francês na vida das mulheres, são musos na verdade, para quem não sabe), ou talvez alguns séculos depois, eu também sou do tempo das três Marias portuguesas, dos revolucionários anos setenta em Portugal, que retomaram as cartas da pequena freira e atualizaram o sentimento, o ímpeto, o não às convenções que enclausuraram o desejo e a escrita feminina a uma cela escura, fria e fechada. 
Eu sou do tempo de Heloísa, da irmã de Shakespeare, da Mary Shelley, Jane Austen, George Sand, Colette, Doris Lessing. Eu sou de um tempo antigo, muito antigo, e é isto que é um pouco difícil de explicar para as minhas alunas e talvez seja esta antigüidade que elas notem em mim quando fazem sistematicamente, todo ano, a fatídica pergunta. Leia a íntegra, clique aqui.

Tubarões usam 'mapas mentais' para se localizar, dizem cientistas


Será que eles sabem onde estão indo?


Pesquisadores dos Estados Unidos dizem que algumas espécies de tubarão conseguem fazer "mapas mentais" que os ajudam a percorrer longas distâncias com precisão impressionante. "Eles sabem onde estão indo", disse o cientista Yannis Papastamatiou, do Museu de História Natural da Flórida, um dos autores do estudo publicado no "Journal of Animal Ecology".
Os pesquisadores rastrearam eletronicamente 32 tubarões de três espécies diferentes por um período variando entre sete e 72 horas. Eles concluíram que os tubarões-tigre e os tubarões-raposa seguiram caminhos pré-estabelecidos para locais específicos.
Já os tubarões gália preta nadaram distâncias muito mais curtas e de forma aparentemente aleatória.
Viajantes
Os tubarões-tigre foram os que demonstraram maior capacidade de se localizar. Uma pesquisa anterior, realizada no Havaí, já havia mostrado que animais desta espécie nadaram por canais profundos até locais ricos em alimentos a 50 quilômetros de distância.
Segundo o novo estudo, o "movimento dirigido" mostra que aquele terreno é conhecido dos tubarões, já que eles têm interesse em preservar energia indo diretamente ao seu destino, onde podem encontrar comida, por exemplo.
Ainda não se sabe ao certo, no entanto, como funciona exatamente esse mecanismo. Os pesquisadores acreditam que os tubarões podem usar sinais das correntes oceânicas, temperatura da água e cheiros para se localizarem.
A navegação usando como base os campos magnéticos da Terra também seria uma possibilidade.
"Eles (os tubarões) precisam ter um sistema de navegação muito bom, porque as distâncias são muito longas. O tipo de sistema que eles usam ainda é questão para debate, mas o fato de que muitos desses percursos aconteceram à noite abre a possibilidade de que eles estejam se orientando a partir de campos magnéticos", disse Papastamatiou.

Oportunidade perdida

As áreas vermelhas marcam onde há riscos de preservação (Clique para ampliar).


Aguardado há meses, o anúncio de uma moratória do desmatamento das florestas da Indonésia deve ser feito em alguns dias pelo governo do país. Mas o que era para ser uma boa notícia não deve passar de um plano muito modesto – até demais. O Greenpeace teve acesso ao documento e, se for anunciado como o previsto, a moratória vai deixar de fora 45 milhões de hectares de florestas tropicais e de turfa que deveriam estar sob proteção. Uma área duas vezes maior que o Reino Unido.
“A proposta da moratória é totalmente inadequada. Ela permite que as indústrias de papel e óleo de dendê destruam as florestas e a biodiversidade da Indonésia”, critica Yuyun Indradi, que coordena a campanha do Greenpeace no Sudeste Asiático. “O governo tem de tomar medidas que realmente protejam as florestas e as vidas que dependem delas. Não há mais tempo a perder”, diz.
No plano que deve ser anunciado em breve pelo presidente Susilo Bambang Yudhoyono, o hábitat de orangotangos, tigres e outras espécies ameaçadas vai permanecer vulnerável. A moratória vai muito pouco além do que a legislação do país já oferece em termos de preservação.
De acordo com mapas produzidos pelo Greenpeace – com dados do próprio governo indonésio – a proteção vai abranger apenas 12 milhões de hectares a mais, e a maioria dessas áreas está em regiões de difícil acesso, que não estão atualmente ameaçadas pelas indústrias que mais têm devastado as matas do país.

Começa obra de acesso ao local onde será a hidrelétrica de Belo Monte


Rio Xingu.


Tiveram início nesta segunda-feira (7) as obras de acesso ao local onde será construída a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, segundo informações da Agência Brasil, agência de notícias feita pela estatal Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).
O engenheiro José Biagioni, da Norte Energia, consórcio responsável pela obra, disse à Agência Brasil que esta fase da obra se refere aos trabalhos autorizados na licença de instalação concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
O Ibama autorizou a instalação do canteiro de obras em janeiro, mas o Ministério Público Federal (MPF) no Pará questionou que as condicionantes do Ibama para a concessão da licença ambiental, concedida no ano passado, ainda não haviam sido cumprida. Por isso, aJustiça Federal cassou a licença de instalação da obra por meio de uma liminar. No começo de março, a Advocacia Geral da União (AGU) conseguiu derrubar a liminar, o que permitiu que o canteiro começasse a ser construído.
A licença de instalação também permite, além dos canteiros, a construção da sede administrativa da obra e a construção dos acampamentos e refeitórios onde trabalharão os operários.
De acordo com o coordenador do Fórum Regional de Desenvolvimento Econômico e Socioambiental da Transamazônica e Xingu, Vilmar Soares, um grupo do Consórcio Norte Energia esteve no local da obra, onde foi colocada uma placa sobre o início dos trabalhos. Ele afirmou que o início da obra já havia sido anunciado em Altamira, cidade-sede da hidrelétrica.
"Estamos planejando visitar as condicionantes exigidas pelo Ibama em 10 dias. Nossa preocupação é com as pessoas que estão nas áreas atingidas. Somos favorável ao projeto, mas nunca de qualquer jeito. São 6 mil famílias, quase 24 mil pessoas, e ainda não ficou definido para onde vão essas pessoas. Isso pode gerar um caos social muito grande."