16 outubro 2011

Manifestantes brasileiros protestam contra represa na Amazônia

Dois lados com opiniões totalmente opostas.


Dezenas de pessoas se reuniram neste sábado em São Paulo como parte de um movimento mundial de protestos, e entre outras causas se manifestaram contra a construção da represa para a hidrelétrica de Belo Monte, na Amazônia.
Os protestos foram convocados em 44 cidades brasileiras, mas a participação em geral foi pequena. No Rio de Janeiro, por exemplo, a segunda maior cidade do país, os protestos mobilizaram 37 pessoas de acordo com o jornal "O Globo".
Os manifestantes de São Paulo fizeram uma passeata pelo centro da cidade, mostraram mensagens contra a corrupção e em favor de uma democracia mais participativa e se uniram a um grupo de índios, também concentrados por causa do dia global de protestos.
Os índios, que contam com o apoio de ecologistas e camponeses, acamparam em uma praça no centro de São Paulo para protestar contra a gigantesca usina hidrelétrica de Belo Monte.
Os organizadores da manifestação usaram lemas como "Occupy Belo Monte" ou "Brasil se indigna contra Belo Monte", seguindo a semântica das manifestações que acontecem em todo o mundo.
Os opositores à represa pedem pela paralisação das obras na Justiça, sob a justificativa de que o Governo não respeitou os direitos dos índios antes de realizar a licitação. O Governo defende que a represa não vai deslocar nenhum povo indígena e diz que falou com todos os envolvidos.
Estão pendentes de análise na Justiça 11 causas contra a represa, pelas possíveis ameaças da obra ao ecossistema amazônico e à população ribeirinha.
Belo Monte será a terceira maior hidrelétrica do mundo, com uma potência máxima de 11.233 megawatts, inundará 516 quilômetros quadrados de floresta amazônica e deslocará 50 mil camponeses de suas casas, de acordo com dados oficiais.
Fonte: Terra

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