Do sítio da União da Juventude Socialista (UJS):
Em nossa cultura cada número tem um significado, são ditos populares que expressam características de uma pessoa ou uma superstição. No caso da revista veja o número 7 – número do mentiroso – é o que melhor lhe cabe.
O portal da UJS levantou sete casos em que a revista Veja inventou fatos e forjou provas, sempre com o intuito de prejudicar algum desafeto, mas, jamais com intuito de fazer aquilo que o bom jornalismo prega, investigar, informar e garantir o direito ao contraditório em suas matérias.
1. "Escola dos Horrores"
Em 1994 Veja publica matéria em que acusa donos de uma escola no bairro da Aclimação de praticar abusos sexuais contra crianças, o caso ficou famoso em todo o país, a escola foi depredada e fechada, algum tempo depois se provou que as acusações feitas pela revista eram infundadas, o Estado foi obrigado a pagar uma indenização, mas, a imprensa fez-se de desentendida e nem se quer uma autocrítica publicou;
2. “Tentáculos das Farc no Brasil”
Em março de 2005 a matéria de Veja tenta provar suposta relação do movimento guerrilheiro colombiano com o comando da campanha do ex-presidente Lula e vai além, a revista afirma ter acessos a documentos secretos – desta maneira não apresenta nenhuma prova, pois, são documentos “secretos” – de que as Farc teriam feito uma doação de cinco milhões de dólares para a campanha presidencial de Lula. O ministério público fez investigação e nada foi provado. Como é de costume da revista, esta matéria seria mais uma tentativa de prejudicar o então candidato Lula, desafeto de longa data de Roberto Civita, dono da revista;
3. “Os dólares de Cuba para a campanha de Lula”
Esta matéria foi publicada em 2005 durante a campanha presidencial. Sem nenhuma prova concreta ou algo que valha Veja afirma com todas as letras: “Entre agosto e setembro de 2002, o comitê eleitoral de Lula recebeu 3 milhões de dólares vindos de Cuba. Ao chegar a Brasília, por meios que VEJA não conseguiu identificar”. Sempre de maneira dissimulada, sem apresentar nenhuma prova e mesmo admitindo não saber de todos os fatos, publica-se matéria de capa com acusações estapafúrdias que até hoje não foram comprovadas;
4. “Parece Milagre”
4. “Parece Milagre”
Em setembro de 2011 veja publica matéria de sete páginas (o número da mentira) para falar de um remédio para emagrecimento, na matéria a revista faz elogios ao remédio e cita o nome do emagrecedor como que fazendo uma propaganda do produto, entretanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) havia limitado o uso do remédio, a agência diz expressamente em um dos seus relatórios que “o uso do produto... caracteriza elevado risco sanitário para a saúde da população”. De maneira irresponsável Veja colocou em risco a vida de seus leitores com o objetivo único de se beneficiar;
5. "José Dirceu mostra que ainda manda em Brasília"
5. "José Dirceu mostra que ainda manda em Brasília"
Em agosto de 2011 Veja publica matéria conseguida de maneira pitoresca, tentando provar que o ex-ministro José Dirceu ainda tem poderes no governo e no Partido dos Trabalhadores – que até então nada tem de ilegal –. Um jornalista invade o hotel onde o ex-ministro se hospedara e fazia reuniões com correligionários, na invasão o jornalista tenta violar o quarto do ex-ministro no intuito de forjar provas, não tendo sucesso o mesmo roubou imagens do circuito interno de TV do hotel. O responsável pela segurança do hotel registrou ocorrência em uma delegacia de Brasília e até hoje nada foi feito para que se punisse a atitude criminosa da revista e de seu jornalista;
6. “Militante do PCdoB acusa Orlando Silva de montar esquema de corrupção”
6. “Militante do PCdoB acusa Orlando Silva de montar esquema de corrupção”
Na reportagem de quinze de outubro de 2011 Veja acusa o ex-ministro dos esportes Orlando Silva de montar um grande esquema de corrupção. A revista utiliza como fonte um policial militar do distrito federal que dirigia uma ONG e havia sido condenado pelo ministério e pelo Tribunal de Contas da União a devolver recursos ao próprio ministério dos esportes por falta de prestação de contas. A tal fonte não podia mesmo ser de todo confiável, pois, estava em litígio com o ministério dos esportes e apresentava patrimônio muito acima de seus rendimentos. O Policial João Dias com ajuda da revista Veja afirmou que o ministro recebera dinheiro na garagem do ministério e que tinha provas, entretanto, as provas nunca foram apresentadas, o policial encontra-se preso e a revista fez-se de desentendia;
7. “Só nos sobrou o Supremo”
7. “Só nos sobrou o Supremo”
Em oito de junho de 2011 veja entrevista o senador Demóstenes Torres e o apresenta como um parlamentar combativo e honesto. A entrevista revelou-se recentemente como uma manobra de Veja para ajudar o senador em sua empreitada de estabelecer uma boa imagem de sua figura como um dos últimos homens honestos no senado federal. Recentemente a prisão do contraventor Carlinhos Cachoeira mostrou uma relação íntima do senador com o bicheiro, jogando por terra a imagem de homem probo, entretanto, gravações da Polícia Federal revelaram que a revista Veja também tinha relações íntimas com o bicheiro e sabia das relações do próprio parlamentar com o bando criminoso de Carlinhos Cachoeira. Ora se a revista sabia da relação do parlamentar com um grupo criminoso e, também se relacionava com os contraventores como pode levar seus leitores ao engano produzindo uma entrevista que ajudava um criminoso a se beneficiar eleitoralmente? São questões que precisam ser esclarecidas.
Fonte: Altamiro Borges
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