22 junho 2011

Produção agrícola não depende de aumento de áreas cultiváveis

O convívio entre agricultura e meio ambiente é possível.


Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento preveem um crescimento de 23% na produção de alimentos (grãos) entre a safra 2010-2011 e 2020-2021 e um aumento de 9,5% da área plantada.

Os números apresentados nesta terça-feira pelo governo mostram que o crescimento da produção agrícola não depende do aumento das áreas agricultáveis --diferentemente do que defendiam os ruralistas, que argumentam que seria necessário modificar o Código Florestal para expandir a produção de alimentos.
Segundo o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, "não é preciso derrubar nenhuma árvore" para produzir mais grãos ou aumentar áreas de pastagem para pecuária de corte.

O ministério contabiliza a existência de 120 milhões de hectares "já antropizados" (desmatados) que podem ser recuperados para atividade agrícola ou para o ambiente.
De acordo com Rossi, a principal demanda pela mudança do Código Florestal é de "segurança jurídica", ou seja, em relação à cobrança de multas a quem desmatou irregularmente, prevista em lei, mas considerada inviável pelos produtores rurais que buscam anistia.

Segundo o ministro, o resultado da votação do novo Código Florestal na Câmara dos Deputados "acabou igualando quem fez tudo legalmente e quem fez de forma ilegal", o que desagradou a presidenta Dilma Rousseff.

Segundo ele, a presidente vai anunciar juntamente com o lançamento do Plano Safra 2011-2012, marcado para a próxima sexta-feira (17), em Ribeirão Preto (SP), a recuperação de pastagem para pecuária de corte e a recuperação de canaviais.

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