12 julho 2010

O valor da diversidade

A biodiversidade, vasta rede de todas as formas de vida, é infinitamente valiosa. Um tesouro precioso demais para que, simplesmente, possamos atribuir-lhe valor em dinheiro. Essa opinião é tão aceita quanto respeitável. A única fatalidade é que ela também constitui um convite para considerarmos a natureza viva como um presente gratuito e ainda assim arruiná-la, sempre que houver uma perspectiva de lucro a curto prazo. Para impedir essa destruição, os ecologistas estão se unindo aos economistas. Eles tentam calcular em euros, até os centavos, o valor agregado à produtividade de abelhas e castores, manguezais e recifes de corais. O princípio de uma nova revolução no pensamento econômico.
 
Indispensável
Como animal doméstico, que excursiona pelos campos, florestas e lavouras, a abelha-europeia (Apis mellifera) é insubstituível. Os estoques mundiais dos apicultores são calculados em 3 bilhões de exemplares. Mas para a economia humana, as operárias aladas não são relevantes apenas como fornecedoras de mel. Muito mais importante é sua diligência na polinização das plantas e flores, tanto na natureza selvagem, como na agricultura.
Frutas, verduras e leguminosas precisam dos insetos para formar sementes. Para muitas espécies, as abelhas-europeias são polinizadoras vitais. Uma equipe de pesquisa da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, calculou que as frutas polinizadas por abelhas geram, anualmente, um movimento de US$ 14,6 bilhões cerca de R$ 26,30 bilhões)


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