16 junho 2013

Passagens subiram mais de 300% desde Real


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O último reajuste de ônibus ocorreu em janeiro de 2011, quando o então prefeito Gilberto Kassab (PSD) aumentou a passagem de R$ 2,70 para R$ 3. De lá para cá, a inflação acumulada medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), foi de 15,5%, mais do que o dobro do percentual reajustado por Haddad.
No caso do Metrô e da CPTM, cujo último reajuste ocorreu em fevereiro de 2012, o IPCA acumulou 7,8%.
Apesar de, neste último reajuste, as tarifas terem subido abaixo da inflação, desde 1995, quando o Plano Real entrou em vigor, o preço do transporte público em São Paulo aumentou em ritmo muito superior à inflação.
Em 1995, a tarifa de ônibus custava R$ 0,65. Nestes 18 anos, a passagem aumentou 392%. O preço do Metrô subiu, entre 1995 e 2013, 300%. Já a inflação do período foi de aproximadamente 240%, de acordo com o IPCA. Caso a tarifa de ônibus acompanhasse a inflação, o valor cobrado ficaria em torno de que R$ 1,50.
Desde 2005, quando o Bilhete Único foi estendido ao Metrô, a tarifa de ônibus subiu 60% --de R$ 2 para R$ 3,20--, ante 54% de inflação.

Subsídios

Ao anunciar que a tarifa seria reajustada abaixo da inflação entre janeiro de 2011 e março de 2013, Haddad afirmou que seria necessário aumentar os subsídios pagos às empresas privadas que operam o sistema municipal de ônibus na capital paulista para honrar os contratos.
Com isso, o total de subsídios neste ano chegará a R$ 1,25 bilhão, valor recorde. Antes do aumento, a prefeitura projetava gastar R$ 660 milhões com subsídios.
Embora a tarifa tenha sido reajustada acima da inflação nos últimos oito anos, o valor pago às empresas na forma de subsídios aumentou 458%, considerando o que será pago neste ano --em 2005, a administração pagou R$ 224 milhões.
Desde 2005, a prefeitura vem pagando às empresas de ônibus montantes superiores ao que estava previsto no orçamento. Entre 2005 e 2012, o total orçado em subsídios foi de R$ 3,2 bilhões, mas o montante pago às empresas foi de R$ 4,5 bilhões.
A reportagem procurou a SPTrans e questionou os motivos pelos quais o pagamento de subsídios vem, desde 2005, aumentando ano a ano, embora a passagem tenha subido acima da inflação.
Apesar de o questionamento ter sido enviado à estatal em 21 de maio, até o fechamento desta reportagem não houve resposta.
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Fonte: UOL

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