28 fevereiro 2013

Câmara acaba com 14º e 15º salários para deputados e senadores



BRASÍLIA - Com um consenso forçado, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 27, o fim do benefício anual do 14º e 15º salário para os parlamentares. A partir de agora, os deputados e senadores só receberão salários extras ao assumir e deixar seus mandatos no Congresso, o que acontece, em regra, a cada quatro anos. A votação acontece numa tentativa do presidente, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), de tentar melhorar a imagem da Casa.


O benefício de salários extras para os parlamentares, chamados internamente de ajuda de custo, começou em 1938. Em alguns períodos ocorria o pagamento também quando haviam convocações extraordinárias para trabalho em julho e janeiro, o que levou ao pagamento de até 19 salários em um mesmo ano. Atualmente, o benefício era pago no início e no fim de cada ano.
A proposta aprovada é de autoria da atual ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e foi aprovado pelo Senado em maio do ano passado. Na Câmara, a proposta ficou parada por meses na Comissão de Finanças e Tributação, o que permitiu o pagamento do benefício no final do ano passado e na folha de pagamento deste mês. O fim do 14º e do 15º salários representará uma economia anual de R$ 27,41 milhões para a Câmara e de R$ 4,32 milhões para o Senado nos anos do mandato em que não houver o pagamento. O decreto legislativo precisa ainda ser promulgado e publicado no Diário do Congresso para entrar em vigor.
Deputado com o maior número de mandatos na Casa, e quem mais recebeu o benefício, o presidente Henrique Alves empenhou-se para acelerar a aprovação pressionando os líderes a assinar um requerimento de urgência para o projeto. Na visão dele, a aprovação pode ajudar a aproximar o Congresso da sociedade. "Essa Casa pode ter pecados, pode ter seus equívocos no voto sim ou não, mas a omissão é indesculpável", argumentou Alves ao defender a votação imediata.
Com o consenso imposto, dezenas de parlamentares fizeram questão de discursar em plenário apoiando a medida. "O fim do 14º e 15º salários é uma reverência à sociedade que trabalha no País", disse o líder do PPS, Rubens Bueno (PR). "Não é com uma boa agência de publicidade que vamos mudar a imagem dessa Casa, é com posturas como essa", afirmou o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP). "Todo mundo passou a vida toda recebendo o 14º e 15º, inclusive eu, mas chegou a hora de acabar", disse o deputado Sílvio Costa (PTB-PE).
O único deputado a se manifestar no microfone contrário ao fim do benefício foi Newton Cardoso (PMDB-MG). "Estão votando com medo da imprensa. É uma deslealdade com os deputados que precisam. Não falo por mim, abri mão. Pago caro para trabalhar aqui".
Fonte: Estadão

27 fevereiro 2013

Rei da soja vai comandar Meio Ambiente no Senado




BRASÍLIA — O senador Blairo Maggi (PR-MT), um dos maiores produtores de soja do país, já foi o inimigo público número um dos ambientalistas e virou símbolo internacional do desmatamento. Chegou a receber o título de “Motosserra de Ouro”. Mas o ex-governador de Mato Grosso jura que isso é coisa do passado. Hoje, ele foi aclamado presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado.

Blairo diz se considerar o parlamentar ideal para presidir a comissão e afirma que as ONGs dispensaram a ele um tratamento de amante: “No gabinete, era beijinho, beijinho, mas lá fora fingiam que não me conheciam”. O senador afirmou que os radicais defensores do meio ambiente querem todo mundo pendurado em árvores comendo coquinhos, “como Adão e Eva”. Mas o senador diz que defende energia, carros e bosques para todos os brasileiros: “Uma vida boa, moderna e bacana”.
Sobre sua indicação para a Comissão de Meio Ambiente, sabe que virá chumbo grosso...
Espero.

O senhor está preparado para enfrentar os integrantes de movimentos ambientais?
Não tem novidade nesse tipo de coisa. A minha atividade agrícola é inimiga número um dos ambientalistas, embora ache que eles estão absolutamente errados. Não tem vida se não tem comida, se não tem alimentos. A sociedade só se organizou depois da agricultura. É que está tão fácil conseguir comida hoje que ninguém sabe de onde ela vem. Quando assumi o governo de Mato Grosso, o índice de desmatamento era crescente. Quando me elegi, disseram que tinham colocado a raposa para tomar conta do galinheiro. Mas, se pegarem os números de depois que eu saí, verão que houve redução de 90% no desmatamento. É possível aliar produção e preservação. Houve enfrentamento com os ambientalistas, que me deram o famoso prêmio “Motosserra de Ouro”, e acharam uns humoristas para fazer graça. Não fiz nada para merecer esse título.

O senhor não receia que essas investidas voltem com sua nomeação para a Comissão de Meio Ambiente?
Não. Minha história como empresário e agricultor é bem diferente da história que plantaram de minha atuação como governador na área ambiental. Chamei os setores produtivos, reorganizei o setor e disse que a pressão estava muito grande. Haveria o risco de produzirmos e, por barreiras ambientais, não vendermos para ninguém. Comecei a me entender com as ONGs. Procurei as ONGs fora do Brasil, em Washington, mostrei as intenções de meu governo. Houve resistência no início. O acordo foi feito, e avançamos muito. Teve período em que as ONGs começaram a frequentar o estado, a ir ao meu gabinete. Internamente, conversávamos muito bem. Mas, fora, era difícil. Tratavam-me como se trata uma amante: dentro de casa, é beijinho, beijinho. E, do lado de fora, fingiam que nem me conheciam. O Greenpeace e o WWF foram para dentro do governo, e criamos programa de recuperação de floresta que virou até modelo para o Código Florestal. No fim, o Greenpeace me deu um bombom de cupuaçu, simbolizando nosso entendimento com a floresta.

Como vai lidar com as prováveis manifestações?
Já estou acostumado. Nem sei se haverá manifestações, mas, se for assim, fazer o quê? Tenho minhas credenciais, o que minha empresa faz e fez pelo meio ambiente. Sei como fazer. Não passarei vergonha, não tenho medo de discutir e de que se levantem meu passado e meu presente.

Por que o senhor se interessou por essa comissão?
Porque sou um defensor do meio ambiente, cujo conceito para mim é crescer e preservar. Andam juntos. Tenho esse perfil. Conheço bem o que as ONGs e os produtores pensam, como agem e o que querem. Se tiver alguém com currículo mais apropriado que o meu para essa comissão, cedo o lugar. Tenho todas as credenciais para ocupá-lo. As ONGs sérias me conhecem.

Quais são as ONGs sérias?
Todas (risos).

O senhor sempre apareceu cotado para o Ministério da Agricultura. O rumo mudou?
Na política, tudo é muito dinâmico. Não vejo contradição entre as duas coisas. Se tem alguém que sabe cuidar do meio ambiente, esse alguém é o agricultor, que sabe olhar para a terra e defendê-la. Ali estão seu futuro e seu ganha-pão. Agora, os radicais não querem nada! Querem que o país volte a ser uma floresta só, que vivamos pendurados em árvores comendo coquinhos por aí. Como Adão e Eva. Ninguém quer isso. Quer ter energia elétrica, boas estradas, andar de automóvel e parques para darmos caminhadas e uma boa vida no campo. Uma vida boa, moderna, bacana.

É boa a relação do senhor com a presidente Dilma?
A minha, sim. A do partido (PR), eu não sei.

Como avalia o partido que a Marina Silva está lançando (o Rede)?
Com respeito. É uma defesa intransigente do meio ambiente.

O senhor se filiaria?
Não. Somos diferentes na forma como pensamos o mundo. Viva a diferença!

Fonte: O Globo

22 fevereiro 2013

A competição de sapos e humanos pelas castanheiras



A recente divulgação das principais conclusões de um relatório do Banco Mundial sobre os investimentos feitos em projetos de desenvolvimento sustentável mostram o óbvio: extrativismo não rima com sustentabilidade. Os arreios ideológicos dos sócio-ambientalistas utópicos turvam as vistas. O modelo de extrativismo praticado no Brasil serve apenas para manter as pessoas pobres enquanto ocorre a lenta e progressiva espoliação dos recursos e serviços ambientais. É bonito apenas na televisão. E apenas para quem assiste de bem longe. 

Já me disseram que eu me preocupo mais com os sapos do que com as pessoas. Sempre respondo que as pessoas é que deveriam prestar mais atenção aos sapos. Alguns pequenos sapinhos dizem muito sobre grandes temas. Dois exemplos são o discreto Rhinella castaneotica e o colorido Adelphobates castaneoticus. Como o nome específico desses animais sugere, eles possuem relações com castanhas, mas não na coloração. Estas espécies (notadamente o Adelphobates castaneoticus) utilizam os ouriços da castanheira (Bertholletia excelsa) como um exclusivo sítio reprodutivo.

Sapos não conseguem romper os ouriços da castanheira. Eles dependem da atividade de grandes roedores, como cutias (Dasyprocta spp.), para isso. Cutias roem os ouriços em busca das sementes (ou castanhas). É comum as cutias armazenarem sementes no solo e esquecerem o local exato onde guardaram sua reserva de castanhas. Essa atividade faz das cutias as grandes dispersoras da castanheira. Os ouriços abertos e vazios acabam sendo preenchidos pela água das chuvas, criando um berçário efêmero, mas bem protegido, para o crescimento dos frágeis girinos. 

Competição humana

Além da cutia, um outro mamífero, o homem, também se deleita com as sementes da castanheira. No entanto, esse animal não costuma armazenar sementes no local de onde são removidas. A técnica usada por esses primatas para coletarem castanhas é mais elaborada. Na verdade, eles extraem castanhas da mata para venderem a outros primatas. Muitas vezes, essas sementes são consumidas em locais muito distantes da planta que as produziu.


Como as castanhas são caras, é importante encontrar todos os ouriços produzidos pelas castanheiras. Para isso, é usado o fogo para remover o sub-bosque e a camada de folhas mortas do chão. Nesse processo, o fogo mata plântulas novas, que poderiam gerar novas árvores. Com a remoção de todos os ouriços, também não restam sementes.

Além das castanhas, esses primatas também apreciam a carne tenra das cutias. Apesar de muitas pessoas não acreditarem, os extrativistas caçam. E bastante. Apesar de muitas pessoas não acreditarem, a caça extrativista também causa extinções locais. E mais frequentemente do que se pensa.

O extrativismo da castanha-do-Brasil é uma das vedetes do teatro de fantasias delirantes dos sócio-ambientalistas. As pessoas nas grandes cidades são iludidas por esse falso brilho do extrativismo “ambientalmente correto e socialmente justo” e chegam a ficar mais felizes em comerem chocolates recheados com essas sementes, como se estivessem realmente contribuindo para um mundo mais sustentável. No entanto, esse ídolo de ouro tem pés de barro. 

Um conhecido estudo desenvolvido pelo pesquisador brasileiro Carlos Peres já demonstrava que a maior parte das populações de castanheiras exploradas pelo extrativismo no Brasil e países vizinhos apresenta problemas demográficos preocupantes. A explicação é simples: sem as sementes, sem as cutias, sem as plantas jovens, não existe substituição das árvores velhas por novos indivíduos. Sem as sementes, sem as cutias, sem plantas jovens, a exploração da castanha é insustentável. E o dinheiro que essa exploração gera é incapaz de tirar as pessoas da pobreza.

Quando entrar em um castanhal, atenção, abra bem os olhos... Procure sapos se reproduzindo nos castanhais. Procure ouriços com girinos. Espero que você os encontre. Ou, pelo menos, compreenda a importância dos sapos.


Fonte: O Eco

05 fevereiro 2013

Datena insulta ateus; Band condenada



O apresentador José Luiz Datena, que adora esbravejar comentários preconceituosos em busca de audiência, ainda vai levar a TV Bandeirantes à falência. Nesta semana, a Justiça Federal de São Paulo condenou a emissora a prestar esclarecimentos à população sobre diversidade religiosa e liberdade de consciência. A condenação é fruto de uma ação civil pública movida por Jefferson Dias, procurador dos direitos do cidadão, contra os ataques de Datena aos ateus no programa ‘Brasil Urgente’ de 27 de Julho de 2010. 

Na ocasião, o apresentador relacionou a morte de um garoto à “ausência de Deus”. De forma irresponsável e demagógica, Datena disse que “um sujeito que é ateu não tem limites e é por isso que a gente vê esses crimes aí”. Ele também atribuiu todos os males do mundo aos ateus. “É por isso que o mundo está essa porcaria. Guerra, peste, fome e tudo mais. São os caras do mal. Se bem que tem ateu que não é do mal, mas o sujeito que não respeita os limites de Deus não respeita limite nenhum”. 

Conforme lembra a jornalista Keila Jimenez, da Folha, o programa sensacionalista “ainda realizou pesquisa interativa para saber a opinião da audiência sobre a relação entre violência e ateísmo... Para o autor da ação, ao veicular as declarações preconceituosas contra pessoas que não compartilham o mesmo modo de pensar do apresentador, a emissora descumpriu sua finalidade educativa e informativa e prestou um desserviço para a comunicação social”.

Pela sentença assinada pelo juiz Paulo Cezar Neves Junior, a Band será obrigada a exibir, durante o programa “Brasil Urgente”, quadros para esclarecer a população sobre a diversidade religiosa e a liberdade de consciência e de crença no Brasil, com duração idêntica à das declarações tidas pela Justiça como impróprias. Os ataques de Datena duraram cerca de 50 minutos. Em caso de descumprimento da determinação judicial, a emissora terá que pagar multa diária de R$ 10 mil.


Fonte: Altamiro Borges

Pastor Silas Malafaia aprende genética

02 fevereiro 2013

Let it be




When I find myself in times of trouble
Mother Mary comes to me
Speaking words of wisdom:
Let it be
And in my hour of darkness
She is standing right in front of me
Speaking words of wisdom:
Let it be
Let it be, let it be
Let it be, let it be
Whisper words of wisdom:
Let it be
And when the broken hearted people
Living in the world agree
There will be an answer:
Let it be
For though they may be parted there is
Still a chance that they will see
There will be an answer:
Let it be
Let it be, let it be
Let it be, let it be
There will be an answer:
Let it be
Let it be, let it be
Let it be, let it be
Whisper words of wisdom:
Let it be
Let it be, let it be
Let it be
Yeah let it be
Whisper words of wisdom:
Let it be
And when the night is cloudy
There is still a light that shines on me
Shine on until tomorrow
Let it be
I wake up to the sound of music
Mother Mary comes to me
Speaking words of wisdom
Let it be
Let it be, let it be
Let it be, let it be
There will be an answer:
Let it be
Let it be, let it be
Let it be, let it be
There will be an answer:
Let it be
Let it be, let it be
Let it be, let it be
Whisper words of wisdom:
Let it be