31 março 2010

Samsung quer reciclar 1 milhão de celulares em 2010

Meta faz parte de uma campanha que tem como objetivo incentivar a reciclagem de celulares.

A empresa lançou a campanha March to a million nos Estados Unidos para conseguir recolher 1 milhão de celulares e reciclá-los. A Samsung planeja atingir mais de 7 milhões de estudantes em aproximadamente 9.500 escolas. O programa irá educar os jovens sobre a importância de reciclar os aparelhos e as escolas poderão concorrer à um show gratuito da banda de rock alternativo Hey Monday.

A campanha faz parte da Samsung’s Eco-Management 2013, um plano de reduzir as emissões de gases durante a fabricação, desenvolver produtos ecológicos, investir em iniciativas de eco-gestão e firmar relações "verdes" com parceiros e fornecedores.

Saiba mais em: http://www.samsung.com/us/news/newsRead.do?news_seq=18437&page=1



Palavrão e calcinha já ‘tiraram’ publicidade do ar

Do G1, em São Paulo


Uma campanha publicitária da cerveja Devassa estrelada pela socialite norte-americana Paris Hilton foi suspensa no mês passado por seu forte “apelo sensual”. No país do carnaval, a decisão do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) – que ainda não é final – causou estranhamento.


“Quem deu a liminar, deu baseado em reclamações de consumidores, e, a partir daí, da sua própria convicção de que aquilo estaria desrespeitando a moral prevalecente e na maioria da população brasileira”, avalia Ivan Pinto, professor da pós-graduação em Comunicação com o Mercado da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e ex-presidente do Conar.


As decisões do Conar não são aleatórias mas, muitas vezes (como nesse caso), são subjetivas. A entidade, formada por representantes das agências de publicidade, anunciantes e veículos de comunicação, baseia suas decisões no Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, criado há 32 anos.


É este código que determina as diretrizes para o que é aceito – e o que pode tirar uma peça publicitária do ar.


O que diz o código
O artigo do código que trata de decência é vago: diz apenas que “os anúncios não devem conter afirmações ou apresentações visuais ou auditivas que ofendam os padrões de decência que prevaleçam entre aqueles que a publicidade poderá atingir”, o que pode dar origem a interpretações diversas – e que mudam com o tempo.


“Os maiôs que a minha avó usava iam até o meio da coxa, não tinham decote. No tempo da minha mãe, já era menor, tinha alças. E depois tem o mais curto, os biquínis. Então o que era considerado ‘moral inaceitável’ em 1930, ou em 1950, na minha adolescência, são mundos completamente diferentes”, exemplifica Ivan.


O presidente do Conar, Gilberto Leifert, reconhece a dificuldade. “Interpretar padrões morais é um desafio que o Conar enfrenta desde a sua criação. Para isso, contamos com o Código e nosso Conselho de Ética, formado por perto de 180 voluntários representando anunciantes, agências, veículos e sociedade civil”, diz ele.


A ofensa à moral foi usada como base em um processo contra um anúncio do amaciante Mon Bijou que mostrava dois bebês entre lençóis, que supostamente passaria uma mensagem de erotismo. Esse processo, no entanto, foi arquivado pelo Conar, que considerou que não havia malícia nas imagens.


Também dão margem a interpretações outros artigos do código, como os que condenam a publicidade que “revele desrespeito à dignidade da pessoa humana e à instituição da família” ou que possa “favorecer ou estimular discriminação racial, social, política, religiosa ou de nacionalidade”.


Com base nesses artigos, as secretárias conseguiram a suspensão dos anúncios de um filme que levava o nome da profissional da categoria, “Secretária”. Veiculadas entre 2003 e 2004, as peças, que mostravam uma mulher em posição de submissão, foram acusadas de ofender a dignidade e a honra da profissão, e o Conar determinou a sustação da campanha.


“O código diz que é preciso ter respeito á sociedade, conformação às leis, ser honesto e verdadeiro. (A publicidade) deve ser preparada com senso de responsabilidade social. Tem que haver leal concorrência, não deve denegrir a atividade publicitária. Decência, honestidade, não apelar para medo, superstição e violência, ter apresentação verdadeira”, diz o professor da ESPM.


Alguns assuntos, como bebidas alcoólicas e publicidade envolvendo crianças, merecem atenção especial. O código do Conar determina, por exemplo, que anúncios de bebidas levem a frase “beba com moderação” – o que fez com que a Nova Schin “limasse” a frase “experimenta com moderação” de sua publicidade.


Outros casos
Ivan Pinto lembra outros casos famosos que resultaram na retirada de campanhas publicitárias. Um deles é o do batom Boka Loka, em que a personagem, depois de derrubar as compras e ser molhada pela água espirrada por um carro, articula, em câmera lenta, um palavrão – cujo som, no entanto, não é ouvido.


“(Como relator do processo) eu opinei que a maioria das pessoas não se sentiria bem com pessoas articulando palavrões [no intervalo da] na novela”, diz Pinto. Após votação, no entanto, a peça teve parecer favorável do Conar. “Foi informado à tevê que podia ser veiculado. Mas a tevê, com a autoridade que tem, não veiculou”, conta ele.


“Tem outro caso interessante, de um anúncio com uma fotografia feita quando a Hillary Clinton era esposa do presidente [dos EUA] (...). No ângulo que pegou, acontece aquela coisa que as pernas podem ficar ligeiramente separadas e aparecer a calcinha. Então o anúncio diz: senhor presidente dos Estados Unidos da America, vossa excelência não imagina do que uma Duloren é capaz”, conta. “Obviamente a gente considerou isso, a embaixada protestou, então o relator recomendou a sustação da campanha”.


Como é o processo
O Conar avalia as peças publicitárias depois de sua veiculação, a partir de denúncias feitas por qualquer pessoa – consumidores, empresas associadas e autoridades. Em alguns casos, a iniciativa parte de uma equipe do próprio Conar. O consumidor pode fazer uma denúncia diretamente pelo site do Conar (www.conar.org.br) (não são aceitas denúncias anônimas).


Em casos graves, segundo Leifert, presidente do órgão, uma decisão prévia pode sair em poucas horas, por meio de uma liminar recomendando que a peça publicitária deixe de ser exibida até o seu julgamento.


Normalmente, no entanto, o processo leva entre 30 e 40 dias. Após recebida a denúncia, um dos membros do Conselho de Ética é nomeado relator do processo e fica responsável por avaliar a denúncia e a defesa, formulando um voto que é levado à votação dos outros membros da Câmara. “Os processados podem estar presentes e se defender de viva voz na sessão de julgamento. Os casos subjetivos, como o são frequentemente aqueles envolvendo moralidade, são dirimidos pelo voto dos conselheiros, havendo duas instâncias de recurso contra a decisão inicial”, explica Leifert.


“A regra é que tenha sempre a possibilidade de uma segunda câmera, de apelação. Se houve unanimidade, acabou. Se não, vai para um plenário. Então às vezes um processo pode demorar um pouco”, diz Ivan Pinto.


A decisão do Conar não tem poder de lei. “O anunciante pode não obedecer, mas os veículos, em 99,99% dos casos acatam a recomendação do Conar e retiram do ar o anunciante. Os veículos, palmas pra eles, são os grandes responsáveis pela aplicação das decisões do Conar, diz o professor.


Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL1544943-9356,00-PALAVRAO+E+CALCINHA+JA+TIRARAM+PUBLICIDADE+DO+AR.html

30 março 2010

Comercial da Optimus, veiculado em 2008 na TV portuguesa

Análise de dados do colisor de partículas do Big Bang deve levar anos

Os dados recorde obtidos por intermédio do maior colisor de partículas do mundo (LHC, na sigla em inglês), chegaram à marca desejada pelos cientistas do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês), de Genebra, responsável pelo equipamento. Com eles, será possível descobrir a origem do Universo, a partir da formação de estrelas e planetas, de acordo com os cientistas.
Entretanto, os dados obtidos nesta terça-feira (30) devem levar anos para serem analisados por milhares de cientistas do mundo que estiverem interligados a uma rede de computadores conhecida como Grid, a fim de compartilhar conhecimento e descobertas sobre a natureza da matéria e as origens das estrelas e planetas.
"Isto é um passo no desconhecido. Estamos indo para algum lugar onde ninguém esteve antes. Nós esperamos encontrar coisas realmente novas", disse Sergio Bertolucci, diretor de pesquisa do Cern.
Ele afirma também que "há incógnitas conhecidas lá fora, como a matéria escura e novas dimensões sobre as quais esperamos aprender. Mas é possível que encontremos algumas incógnitas desconhecidas, que podem ser extremamente importantes para a humanidade. Com o LHC, temos a ferramenta que precisamos [para isso]."
As colisões ocorreram em uma nanofração de segundo mais lenta do que a velocidade da luz no túnel do LHC, cujo comprimento é 27 km, que se localiza a 100 m de profundidade no solo. Seu custo total é estimado em US$ 100 bilhões.
Hoje, os cientistas conseguiram obter choques de prótons geradores de uma energia recorde de 7 TeV (tera ou trilhões de eletron volts), a energia máxima almejada pelo laboratório.
Os cientistas do Cern esperam que o projeto solucione alguns dos mistérios do Espaço --como, por exemplo, a matéria foi convertida em massa após a explosão do Big Bang, e o que é a matéria escura, que compõe aproximadamente 25% do Universo.
"Durante 2010 e 2011, vamos compilar os dados, e esperamos fazer descobertas reais", disse Oliver Buchmueller, uma das figuras centrais do experimento, à agência Reuters. "Até o final de 2010, achamos que vamos encontrar evidências da matéria escura, e a confirmação de que ela está ali e o que é."
"Alinhar os feixes já é um grande desafio; é como disparar agulhas dos dois lados do Atlântico e esperar que elas colidam de frente no meio do caminho", disse Steve Myers, diretor de aceleradores e tecnologia do Cern.
Os físicos estão se concentrando na identificação do bóson de Higgs --a partícula que recebeu o nome do professor escocês Peter Higgs, que três décadas sugeriu que algo como ela torna possível a conversão da matéria criada no Big Bang em massa.
Tentativas anteriores de encontrar a partícula fracassaram. Segundo os físicos, a presença dela no cosmos permitiu que os escombros gasosos após o Big Bang se transformassem em galáxias, com estrelas e planetas como a Terra.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u714120.shtml

Sapos são capazes de prever terremotos

O comportamento dos sapos durante o período de acasalamento pode possibilitar "prever o imprevisível", ou seja, um sismo, segundo um estudo publicado nesta terça-feira, dia 30, pelos pesquisadores de uma universidade britânica.

Uma "alteração brusca no comportamento" dos sapos comuns machos (Bufo-bufo) foi percebida "cinco dias antes do sismo" ocorrido na cidade italiana de Áquila, no dia 6 de abril de 2009, de acordo com a equipe que vigiava esses anfíbios em seu local de reprodução.

Os resultados obtidos sugerem que "os sapos comuns Bufo-bufo são capazes de pressentir eventos sísmicos importantes e de adaptar seu comportamento em consequência", disse a bióloga Rachel Grant da Universidade Open, em Milton Keynes, Reino Unido.

Junto de seu colega Tim Halliday, da Oxford, ela observava por vários dias os animais a 74 quilômetros de Áquila, no momento em que a cidade foi surpreendida pelo terremoto de magnitude de 6,3 graus e que fez 299 vítimas.

Cinco dias antes do tremor, o número de sapos machos presentes no local de reprodução brutalmente reduziu em 96%, um comportamento "altamente incomum" para esses anfíbios, segundo o estudo publicado no Journal of Zoology.

"Uma vez que os sapos chegam para se reproduzir, eles ficam habitualmente ativos em grande número no local de reprodução até que o período de acasalamento termine", lembraram Grant e seu colega da Oxford.

Nos três dias precedentes ao tremor, o número de casais caiu para zero.

Depois de terem abandonado o local com a proximidade do sismo, os machos retornaram para lá timidamente na lua cheia. Mas eles eram bem menos numerosos que nos anos anteriores: somente 34, contra 67 a 175 sapos contados no passado.

No dia 15 de abril, tendo se passado vários dias após o terremoto e dois dias depois da sua última réplica importante, o número de sapos continuou mais baixo que de costume.

Os pesquisadores confessam que não sabem ao certo "qual sinal ambiental" os sapos captaram com "tanta antecedência". Mas eles destacaram que a baixa das atividades dos anfíbios coincidiu com as "perturbações pré-sísmicas na ionosfera", camada superior da atmosfera onde os gases são ionizados (elétricos).

Essas perturbações detectadas em radiofrequências baixas podem estar ligadas a vazamentos de radônio, gás radioativo que surge do subsolo terrestre, ou às ondas gravitacionais.

Outros animais como elefantes, peixes, serpentes ou lobos também foram estudados no passado à procura de sinais precursores de sismo, sem, entretanto, fornecer dados tão concretos como os dos sapos.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2010/03/30/sapos-sao-capazes-de-prever-terremotos.jhtm

20 março 2010

Hora do Planeta 2010


No sábado, 27 de março, entre 20h30 e 21h30 (hora de Brasília), o Brasil participa oficialmente da Hora do Planeta. Das moradias mais simples aos maiores monumentos, as luzes serão apagadas por uma hora, para mostrar aos líderes mundiais nossa preocupação com o aquecimento global.

A Hora do Planeta começou em 2007, apenas em Sidney, na Austrália. Em 2008, 371 cidades participaram. No ano passado, quando o Brasil participou pela primeira vez, o movimento superou todas as expectativas. Centenas de milhões de pessoas em mais de 4 mil cidades de 88 países apagaram as luzes. Monumentos e locais simbólicos, como a Torre Eiffel, o Coliseu e a Times Square, além do Cristo Redentor, o Congresso Nacional e outros ficaram uma hora no escuro. Além disso, artistas, atletas e apresentadores famosos ajudaram voluntariamente na campanha de mobilização. Clique aqui e veja a lista de quem já aderiu.

Em 2010, com a sua participação, vamos fazer uma Hora do Planeta ainda mais fantástica

Como participar
Existem diversas formas de participação. A primeira delas é se cadastrar. Clique aqui e informe os dados necessários. É bem rápido. O cadastro dos participantes é a principal maneira que temos de avaliar quantas pessoas apagaram as luzes. Os participantes brasileiros serão somados com os de outros países, formando uma grande corrente pelo futuro do planeta. Os nomes das empresas cadastradas vão aparecer na página Quem Já aderiu. Clique aqui e veja a lista de quem já aderiu.

O próximo passo é espalhar a mensagem da Hora do Planeta para o maior número possível de pessoas. Convide familiares, amigos, colegas e membros da sua comunidade para participarem também.

Se você utiliza as mídias sociais, como Orkut, Twitter, Youtube e Facebook, use essas ferramentas para falar com os seus amigos. Publique as notícias sobre a Hora do Planeta produzidas pelo WWF-Brasil. Dê o link para vídeos e fotos sobre o movimento postados na internet.

Saiba o que acontece no mundo inteiro na Hora do Planeta. Clique aqui ou acesse www.earthhour.org.

ONU "apoia com firmeza esforços em prol de um Estado palestino" (Ban)

As Nações Unidas "apoiam com firmeza os esforços para a criação de um Estado palestino viável e independente", afirmou neste sábado o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, durante visita a Ramallah (Cisjordânia).

"Apoiamos firmemente os esforços do Quarteto (ONU, EUA, UE, Rússia) para estabelecer um Estado palestino", afirmou o secretário-geral da ONU durante encontro com o primeiro-ministro palestino Salam Fayad em Ramallah.

Ban destacou que o Quarteto dirigiu "mensagem clara e forte" neste sentido e renovou sua condenação à expansão da colonização israelense.

"Condenamos firmemente, em nome do Quarteto, as recentes medidas israelenses para estabelecer 1.600 unidades habitacionais numa colônia" de Jerusalém Oriental anexada, reiterou Ban Ki-moon.

Como mediadores da crise no Oriente Médio, Rússia, EUA, União Europeia e ONU, já haviam defendido o recomeço das negociações de paz, em sua reunião, em Moscou, na sexta-feira, ao mesmo tempo em que deram prazo de até dois anos para a criação de um Estado palestino soberano.

"Pude ver com meus próprios olhos as restrições e os limites impostos aos palestinos. Mesmo no próprio território, não estão em condições de desenvolver ou mesmo manter uma via econômica normal", declarou Ban, após ter observado, em companhia de Fayad, uma autoestrada israelense e uma colônia judaica aproximando-se da região autônoma palestina de Ramallah.

A construção de novas casas anunciada por Israel "vai contra a lei internacional e contra o Mapa do Caminho", disse ele, em referência ao último plano internacional de solução do conflito israelense-palestino, datando de 2003, que exige um "congelamento total" da colonização, aí compreendido Jerusalém Oriental.

O Quarteto havia feito um apelo, na sexta-feira, a um congelamento da colonização israelense, além de exigir um calendário para o estabelecimento de um acordo de paz em 24 meses.

O apelo foi rejeitado por Israel, mas satisfez os palestinos que pediram para vê-lo traduzido em atos.

A Autoridade Palestina havia anunciado, em novembro, o apoio do Conselho de Segurança da ONU em favor da proclamação unilateral de um Estado palestino.

Fayad estabeleceu, como objetivo, construir - até 2011 e sem esperar um desfecho das negociações com Israel - as instituições de um Estado palestino.

Ele precisou que a tarefa de seu governo era mais a de "se preparar para um Estado", não proclamá-lo.

História/Síntese
Os palestinos querem proclamar na Cisjordânia e na Faixa de Gaza um Estado soberano. Para isso, exigem uma retirada israelense de todos os territórios ocupados desde junho de 1967, incluindo Jerusalém Oriental.

Segundo a Autoridade Palestina, os palestinos querem "um Estado que tenha como base as fronteiras de 1967". "A superfície da Cisjordânia e da Faixa de Gaza é de 6.205 km2 e queremos estes 6.205 km2".

Israel conquistou, em 1967, a parte oriental (árabe) de Jerusalém e se apropriou dela, já que considera esta cidade a capital eterna e indivisível do Estado de Israel.

A Autoridade Palestina quer converter Jerusalém Oriental na capital de seu futuro Estado e afirma que esta é uma condição não-negociável.

Nas negociações de paz de Camp David, em 2000, o primeiro-ministro israelense da época, Ehud Barak, rompeu o tabu e propôs pela primeira vez compartilhar a soberania de Jerusalém Oriental, sugerindo que os bairros periféricos árabes passem a ficar sob controle palestino.

Barak também sugeriu dar um estatuto especial à Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém Oriental, lugar sagrado muçulmano construído sobre o antigo templo dos judeus.

Existem quatro milhões de refugiados palestinos, expulsos de suas casas quando foi criado o Estado de Israel em 1948.

Os palestinos sempre exigiram que Israel reconheça o direito ao retorno destas pessoas, conforme indica a resolução 194 da Assembléia Geral da ONU.

Israel se nega categoricamente a conceder este "direito ao retorno" porque porá fim ao caráter judeu do Estado, mas está disposto a tolerar a instalação destes refugiados no futuro Estado palestino.

Ao lado disso, Israel controla 80% da camada freática, ou primeira camada de água subterrânea, da Cisjordânia. Os palestinos querem que se reparta da forma mais equitativa e argumentam que sua população cresce mais rapidamente e, além disso, sofre uma falta crônica deste recurso natural indispensável.

Israel exige que os palestinos reconheçam o estado hebreu como o "Estado do povo judeu" em qualquer negociação de paz futura. Mas os palestinos consideram que aceitar este ponto significaria renunciar ao direito de retorno para seus refugiados.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2010/03/20/onu-apoia-com-firmeza-esforcos-em-prol-de-um-estado-palestino-ban.jhtm

Em "Criação", Darwin serve como moldura para drama

Um dos episódios mais importantes da história da ciência, o desenvolvimento da Teoria da Evolução, torna-se o pano de fundo para um drama familiar, em "Criação", que estreia em circuito nacional.
O inglês Paul Bettany ("O Código Da Vinci") e sua mulher Jennifer Connelly ("Ele não Está Tão a Fim de Você") interpretam o cientista Charles Darwin e sua mulher Emma, cuja crise no casamento se transforma em mote para o longa dirigido por Jon Amiel ("O Núcleo").
As descobertas de Darwin, a formulação de seus pensamentos e teoria não ganham muito espaço no filme à medida em que a narrativa avança e o drama familiar toma conta da história. Começando pela morte prematura da filha de 10 anos do casal, Annie (Martha West), que era bastante próxima do pai, e gostava de ouvir histórias de zoologia, das viagens de Darwin a terras distantes e especialmente sua amizade com uma macaquinha.
Cenas do passado e do presente se alternam. Pai e filha conversam, e ela parece ser a única que o compreende e realmente se interessa por seus estudos e pesquisas. No presente, o cientista se debate entre sua fé cristã, cada vez mais desgastada depois da morte da filha, e suas formulações científicas, que desafiam o dogma do criacionismo.
Ao contrário de Darwin, sua mulher está cada vez mais apegada a Deus e à religião e preocupada, não sem razão, com a saúde mental do seu marido. As implicações teológicas da teoria dele também a preocupam. A religião é representada pelo pastor local (Jeremy Northan, de "A Invasão"), que nunca bate radicalmente de frente com o cientista, mas tenta dissuadi-lo de suas ideias.
"Criação" é um filme que surpreende pelos caminhos escolhidos para contar a história. Nunca é óbvio, mas também nunca se aprofunda em seus temas. Ao optar por dar mais espaço para o drama familiar em detrimento das pesquisas e descobertas científicas de Darwin, faz parecer que a Teoria da Evolução só existiu porque o cientista mergulhou no seu trabalho depois da morte da filha.
O roteiro, assinado por John Collee ("Happy Feet", "Mestre dos Mares"), baseia-se num livro de Randal Keynes, um descendente direto de Charles Darwin, e se abre em tantas tramas, com idas e vindas no tempo, que o foco de "Criação" acaba se perdendo. As descobertas do cientista são relegadas a um segundo plano.
Bettany, aliás, já interpretou o amigo imaginário de um cientista em "Uma Mente Brilhante". Aqui, os papeis se invertem. Enquanto faz suas descobertas, Darwin conversa com o fantasma de sua filha. E, como ela é uma criança, ele explica tudo bastante didaticamente.
Assim, não se corre nenhum risco de que o público não entenda o que está acontecendo, porque aos produtores parece necessário esse tipo de artifício.
Dada a forma como "Criação" mostra Darwin, é de se estranhar que algum dia ele tenha conseguido colocar sua teoria no papel. Afinal, ele sempre está tão ocupado com outras coisas que, quando o livro fica pronto, é praticamente um milagre.
Assim, sem nunca revelar como isso realmente aconteceu, o longa se transforma em mais um drama sobre perda e superação, deixando de lado uma abordagem mais original.
(Por Alysson Oliveira, do Cineweb)
* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

Fonte: http://cinema.uol.com.br/ultnot/reuters/2010/03/18/em-criacao-darwin-serve-como-moldura-para-drama.jhtm

Trailer


19 março 2010

Brasil tem quatro cidades entre as mais desiguais do mundo, diz ONU

Um relatório das Nações Unidas divulgado nesta sexta-feira (19) apontou Goiânia, Fortaleza, Belo Horizonte e Brasília como as cidades de maior desigualdade social no Brasil. Os três municípios que encabeçam a lista ficam na África do Sul, que receberá a Copa do Mundo deste ano.
Os municípios líderes em desigualdade, de acordo com a pesquisa feita em 109 países, são os sul-africanos Buffalo City, Johannesburgo e Ekurhuleni, logo à frente dos quatro brasileiros. A medida foi tirada levando em conta o índice de Gini, que se baseia na renda e varia de 0 a 1 – quanto mais próximo de 1, maior é a desigualdade social.
As cidades sul-africanas marcaram coeficiente de 0,71 ou mais, enquanto as brasileiras exibem mais de 0,60 no índice. O índice de desigualdade, no entanto, nem sempre se refere a pobreza. Brasília é um exemplo de cidade com ampla rede de serviços públicos, por exemplo, mas a diferença de renda pesa no indicador.

Favelas
Na quinta-feira, dados do mesmo estudo apontaram que o Brasil reduziu em 16% sua população de favelas, com cerca de 10,4 milhões de pessoas deixando esse tipo de habitação nos últimos 10 anos. Apesar disso, o número de habitantes de moradia precária em todo o mundo no mesmo período avançou de 776,7 milhões para 827,6 milhões.
O número de brasileiros que moram em favelas diminuiu de 31,5% para 26,4% em dez anos devido à adoção de políticas econômicas e sociais, à diminuição da taxa de natalidade e à migração do campo para a cidade, disse o relatório da ONU.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/internacional/2010/03/19/brasil-tem-quatro-cidades-entre-as-mais-desiguais-do-mundo-diz-onu.jhtm

18 março 2010

Lula e Serra desobedecem normas de cartilha da AGU, diz professor de Ética

A cartilha lançada na última terça-feira (16) pela Advocacia-Geral da União (AGU), com normas de conduta para agentes públicos durante a campanha eleitoral, é um documento inatacável juridicamente, mas inócuo do ponto de vista funcional, na opinião do professor de Ética e Filosofia da Unicamp Roberto Romano. Ele afirma que o texto "ajuda a perceber a distância que existe entre o mundo legal, das normas jurídicas, e o mundo real da política brasileira", e cita o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), como exemplos de políticos que burlam essas regras.
O documento divulgado pela AGU é uma compilação de leis e normas que servem para informar os servidores públicos federais – desde o presidente da República até funcionários de escalões inferiores – sobre condutas vedadas durante o período de campanha eleitoral. As orientações do texto contemplam inúmeras situações, como inaugurações de obras, uso de bens públicos, gastos com publicidade oficial, nomeação de funcionários, participação em comícios e até o uso de redes sociais na internet. Embora sejam dirigidas a servidores federais, as normas da cartilha também se aplicam aos níveis estadual e municipal.
De acordo com Roberto Romano, o documento da AGU é "lindinho" e correto do ponto de vista jurídico, mas possui normas "muito amplas, imprecisas, abstratas, muito distantes da realidade". O professor da Unicamp diz que é possível detectar "milhares de casos" de desobediência aos itens da cartilha, que demonstram uma "ineficácia tremenda" da Justiça em coibi-los.
Romano cita o presidente Lula como exemplo de agente público que usaria "subterfúgios e dissimulações" para desviar das orientações da AGU, ao participar de inaugurações de obras junto da ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. "Quando o presidente vai com a ministra a inaugurações e diz 'ela é a mãe do PAC', 'é a minha candidata', ele faz campanha, está distorcendo a obediência da lei", afirma.
O mesmo se aplica, segundo o professor, a José Serra, referindo-se tanto a inaugurações de obras quanto à publicidade oficial do governo de São Paulo e de empresas estatais divulgada em outros Estados do país. "Mesmo que ele ainda não tenha se lançado candidato, qual é o objetivo (da publicidade do governo) sem ser eleitoral?", questiona Romano. Ele diz, no entanto, que não se pode cercear a atividade política tanto do presidente quanto do governador, ou de qualquer outra pessoa que ocupe cargo eletivo. "Se você vai inaugurar uma obra do tamanho de Itaipu, não há como não comparecer, mas o que está se fazendo é inaugurar obras desimportantes, sem relevância estratégica, o que implica em propaganda", afirma.
O professor de Ética da Unicamp critica ainda a mudança que, segundo ele, ocorreu no papel da AGU, deixando de ser um órgão de Estado para tornar-se uma "assessoria do governo", tanto nos mandatos presidenciais de Lula quanto de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Na opinião de Romano, as normas ditadas pela AGU – como o parecer que considera válida a participação de Dilma em inaugurações de obras até 3 de julho, mesmo na condição de candidata e ex-ministra – são tomadas "como se fossem decisões do Supremo Tribunal Federal", sem debates ou questionamentos.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/politica/2010/03/18/cartilha-da-agu-mostra-distancia-entre-leis-e-mundo-da-politica-diz-professor-de-etica.jhtm

Estudo diz que consumidores de pornografia são menos felizes

As novas tecnologias dispararam a procura por pornografia, sobretudo na internet, segundo um estudo divulgado hoje que adverte para o impacto negativo nas relações, na produtividade e na felicidade entre consumidores desses produtos.
Estes são alguns dos custos sociais detectados pelo grupo de pesquisadores multidisciplinar do "The social cost of pornography: A statement of findings and recommendations", publicado pelo Instituto Witherspoon.
"Desde o começo da era da internet, as pessoas consomem mais pornografia do que nunca e seu conteúdo se tornou cada vez mais gráfico", afirmou a pesquisadora do centro Hoover Institution, Mary Eberstadt.
"Os que veem pornografia acreditam que sua vida sexual vai ser melhor, mas tem ejaculação precoce, mais disfunções e problemas para se relacionar", afirma Mary Anne Layden, coautora e diretora do programa de traumas sexuais e psicopatologia da Universidade da Pensilvânia.
Segundo Layden, a exposição em massa a conteúdos pornográficos leva a mudanças de crenças e atitudes sociais; por exemplo, se aumenta a insensibilidade com relação às mulheres, se reduz o apoio ao movimento de libertação feminina e se perde a noção de que estes conteúdos devem ser restringidos para menores.
Vários estudos, como o "Romantic Partners Use of Pornography; Its significance for Women" do médico A.J. Bridges, assinalam que a mulher que sabe que seu marido consome pornografia se sente traída e não confia no parceiro.
Os custos psicológicos a que fazem referência os autores em situações como esta podem desencadear outras consequências no casal, como o divórcio.
Segundo dados da Sociedade Americana de Advogados Matrimoniais, que inclui 1,6 mil profissionais de todo o país, 56% dos 350 casos atendidos em 2003 tinham relação com o interesse obsessivo de um dos parceiros por sites pornográficos.
O consumo contínuo desses produtos frequentemente acaba em alguma patologia, assinalou Layden. Ela lembrou que pela primeira vez o DSM 5, manual utilizado para fazer diagnósticos psiquiátricos, vai incluir como doenças as dependências de sexo e da pornografia.
Para os especialistas, o consumo de pornografia não é visto como um problema grave na sociedade. Por isso, eles reivindicam uma maior atenção sobre o assunto e pedem mais proteção, sobretudo para crianças e adolescentes.
Segundo Layden, "um software para bloquear as páginas com conteúdos pornográficos na internet não é suficiente", já que as crianças têm a seu alcance outros sites onde podem encontrar o código para desbloquear o filtro.
A pesquisadora exige à indústria do entretenimento que deixe de "fazer dinheiro ferindo crianças".
"A presença da pornografia na vida de muitos meninos e meninas adolescentes é muito mais significativa do que a maioria dos adultos acha", apontou. Layden lamenta que a pornografia "deforme o desenvolvimento sexual saudável dos jovens".
Para Eberstadt, é preciso "mudar o que socialmente não está visto como algo mau" e perceber o tema como algo que afeta a sociedade em seu conjunto. Dessa forma será possível criar um movimento contra a pornografia.
O Witherspoon é um centro de pesquisa independente que promove a aplicação dos princípios fundamentais do Governo republicano e, segundo seu site, trabalha para melhorar os fundamentos morais das sociedades democráticas.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/efe/2010/03/17/estudo-diz-que-consumidores-de-pornografia-sao-menos-felizes.jhtm

Número de favelados no Brasil cai 10 milhões na década, mas avança no resto do mundo, diz ONU

O Brasil reduziu em 16% sua população de favelas, com cerca de 10,4 milhões de pessoas deixando esse tipo de habitação nos últimos 10 anos, apontou nesta quinta-feira (17) um relatório das Nações Unidas. Apesar disso, o número de habitantes de moradia precária em todo o mundo no mesmo período avançou de 776,7 milhões para 827,6 milhões.
O número de brasileiros que moram em favelas diminuiu de 31,5% para 26,4% em dez anos devido à adoção de políticas econômicas e sociais, à diminuição da taxa de natalidade e à migração do campo para a cidade, disse o relatório da ONU.
A agência para habitação das Nações Unidas atribuiu a melhoria também à criação do ministério das Cidades pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a adoção de uma emenda constitucional afirmando o direito do cidadão à moradia e aos os subsídios a materiais de construção, terrenos e serviços de construção.
Entre os países pesquisados, o Brasil está atrás apenas de China, Índia e Indonésia, que, segundo a ONU, deram “grandes passos” para combater a precariedade das moradias.
Os autores do estudo calculam que, mantida a taxa atual, o número de habitantes de favelas aumentará seis milhões por ano até 2020, quando chegará a 889 milhões. Apesar do incremento de 55 milhões no número absoluto de favelados no período pesquisado, o relatório destaca que “227 milhões de pessoas no mundo deixaram de viver em assentamentos precários entre 2000 e 2010 e passaram a fazer parte da cidade formal”.
“Isto significa que, coletivamente, os governos do mundo alcançaram a Meta 11 do Objetivo 7 dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (melhorar a vida de pelo menos 100 milhões de habitantes em assentamentos precários para o ano 2020) em 2,2 vezes”, diz o texto. “(Mas) o progresso que foi feito em relação à meta das favelas ainda não foi o suficiente para conter o crescimento de assentamentos informais nos países em desenvolvimento.”
A África Subsaariana é região que concentra a maior população em favelas, onde 199,5 milhões ou 61,7% de sua população urbana vivem em tais áreas. Em seguida aparecem o sul da Ásia com 190,7 milhões (35%); Ásia do Leste com 189,6 milhões (28,2%); América Latina e o Caribe com 110,7 (23,5); Sudeste Asiático com 88,9 milhões (31%); Oeste Asiático com 35 milhões (24,6%); Norte da África com 11,8 milhões (13,3%); e Oceania com 6 milhões (24,1%).
* Com informações da BBC Brasil

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/internacional/2010/03/18/numero-de-favelados-no-brasil-cai-10-milhoes-na-decada-mas-avanca-no-resto-do-mundo-diz-onu.jhtm

17 março 2010

Indústria fonográfica emite 540 mil toneladas de gases tóxicos, revela pesquisa

A indústria fonográfica britânica é responsável pela geração de 540 mil toneladas de gases tóxicos no período de um ano. A conclusão é de um estudo da Universidade de Oxford, uma das instituições de ensino mais renomadas do país, e que levou em conta as emissões de produtoras, gravadoras e grandes produções.
Cerca de três quartos desse volume são emitidos durante apresentações ao vivo. O restante parte de dentro dos próprios estúdios de gravação, ou seja, durante a produção ou divulgação de um novo álbum, por exemplo.
A pesquisa foi realizada em conjunto com a organização não-governamental Julie Bicycle, fundada justamente para ajudar a indústria de entretenimento a repensar em métodos de trabalho menos nocivo ao meio ambiente. Artistas como Radiohead, U2, Coldplay, Sting, Annie Lennox, KT Tunstall e Peter Gabriel só conseguiram dar respaldo às suas ações ambientais depois de se filiarem à ONG.
De acordo com as agências internacionais, essa foi a primeira pesquisa que conseguiu, de fato, obter números aproximados do tamanho do problema. Os cientistas envolvidos consideraram todas as etapas da produção anual da indústria musical britânica – da gravação de um disco às performances ao vivo – e as relacionaram com a emissão de gases estufa.
Os números foram mensurados a partir do Live Earth de 2007, uma maratona musical de 24 horas que reuniu artistas como Madonna e The Police em diversos países e diferentes continentes em prol da campanha contra o aquecimento global. O evento foi organizado por Al Gore, político e ativista de fama internacional e pela organização S.O.S. (Save Our Selves), grupo que também luta pela mesma causa.

Fonte: http://verde.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=23655993

Ruralistas reagem a lista de "exterminadores do futuro" criada por ONG com apoio da bancada verde

Uma campanha lançada na última semana pela organização não governamental SOS Mata Atlântica deu início a um novo round na briga entre ruralistas e ambientalistas no Congresso Nacional. Batizada de “Exterminadores do Futuro”, a iniciativa da ONG vai listar políticos que “agem contra o meio ambiente”.
Na mira estão, por exemplo, parlamentares que defendem a flexibilização de leis ambientais, como o Código Florestal.
A bancada ruralista reagiu e pretende entrar no Conselho de Ética da Câmara contra os parlamentares que apoiam a criação e divulgação da lista de “exterminadores”. O presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, deputado Abelardo Lupion (DEM-PR), disse que a primeira representação será contra o colega Sarney Filho (PV-MA), presidente da Frente Parlamentar Ambientalista.
“Vai ser por quebra de decoro parlamentar. Foi uma canalhice do Zequinha Sarney. Não aceitamos que se tragam ONGs estrangeiras para fazer terrorismo contra deputados que estão fazendo um trabalho sério”, argumentou.
Segundo Lupion, os advogados da Comissão de Agricultura estão levantando informações sobre outros parlamentares que manifestaram apoio à iniciativa.
Sarney Filho, que participou do lançamento da campanha, disse que não se sente intimidado com a ameaça de representação no Conselho de Ética. “Se for pelo fato de estar defendendo o desenvolvimento sustentável, a diversidade e os ecossistemas, me sinto até honrado de ir ao conselho.”
O deputado considera a atitude dos ruralistas uma tentativa de intimidar a bancada verde diante da proximidade da votação do relatório sobre modificações no Código Florestal. “Mas o tiro saiu pela culatra. Essa situação só reforça nossas convicções”, acrescentou.
Além dos deputados, Lupion disse que pretende entrar na Justiça contra a ONG caso seu nome apareça no ranking. “A partir do momento que ele divulgarem a tal lista, vamos entrar com ações de perdas e danos, de difamação, vamos quebrar essas ONGs”, adiantou.
A lista deve ser divulgada no começo de julho, às vésperas do período eleitoral. Em maio, uma versão prévia deverá ser apresentada e os “exterminadores” indicados poderão se defender antes da inclusão definitiva no ranking de inimigos do meio ambiente.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2010/03/17/ruralistas-reagem-a-lista-de-exterminadores-do-futuro-criada-por-ong-com-apoio-da-bancada-verde.jhtm

16 março 2010

Plano para cerrado pretende reduzir desmatamento em 40% até 2012

O Ministério do Meio Ambiente quer reduzir em 40% o desmatamento no cerrado, cuja principal causa é a expansão da pecuária e agricultura, até 2012, anunciou nesta terça-feira o ministro Carlos Minc.
"É perfeitamente compatível você aumentar a produção de alimentos e a exportação agrícola e impedir que o cerrado seja destruído, até porque lá está a biodiversidade, lá estão as nascentes das principais bacias hidrográficas. Se o cerrado for destruído, vai faltar água para a irrigação do agronegócio e vai faltar água para energia renovável", disse o ministro durante apresentação do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado.
O ministro minimizou a possibilidade de embates dentro do governo para a aprovação do plano ainda neste ano eleitoral e lembrou que o Brasil já assumiu esse compromisso com a Organização das Nações Unidas (ONU).
Apesar de a principal causa de desmatamento na região ser a prática da pecuária extensiva, assim como na região amazônica, as atividades agrícolas no cerrado, principalmente de soja, cana-de-açúcar e carvão vegetal, apresentam uma expansão mais acentuada. Os incêndios ambientais resultantes da ação humana também são responsáveis pela degradação do bioma.
Segundo Minc, a proposta visa a implantação e o monitoramento de um plano de trabalho que combata o desmatamento e incentive práticas sustentáveis no cerrado, semelhantes às já implantadas na Amazônia.
"A gente quer usar vários instrumentos que funcionaram na Amazônia para o cerrado, tanto de repressão ao crime (ambiental), quanto de fomento às atividades sustentáveis", afirmou.
Segundo Minc, a partir de 2013 também haverá punições, multas e cortes de crédito para as empresas siderúrgicas que não fizerem a substituição de matas nativas por florestas plantadas como fonte de energia.
O ministro acrescentou que haverá a abertura de linhas de financiamento para plantio dessas matas e desoneração de carvão vegetal com origem comprovada dessas florestas.
"Eu acho que o governo vai tomar essas decisões porque se não tomar medidas fortes para proteger o cerrado, não teria adotado uma meta com a ONU de redução do desmatamento do cerrado", disse Minc.
O Brasil se comprometeu no ano passado a reduzir suas emissões de gases causadores do efeito estufa em até 38,9% até 2020, o que inclui o compromisso de reduzir o desmatamento, que corresponde pela maior parte das emissões do país.
O cerrado ocupa 24% do território nacional e é responsável por 70% da vazão das bacias do Araguaia-Tocantins, São Francisco e Paraná-Paraguai. Segundo o ministério, reúne também 5% de toda a biodiversidade mundial.
Até 2008, 47,84% de área original do cerrado já tinha sido desmatada. A média de desmatamento do Cerrado registrada entre 2002 e 2008 foi aproximadamente o dobro da taxa registrada na Amazônia em 2008, que foi a menor obtida desde o início das medições feitas pelo ministério.
Minc lembrou que essa redução na Amazônia só foi possível em razão do monitoramento do bioma feito pelo governo.
"O cerrado está sendo devastado. Temos que ter medidas muito fortes de fiscalização, de impedir que o Cerrado vire carvão", afirmou.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2010/03/16/plano-para-cerrado-pretende-reduzir-desmatamento-em-40-ate-2012.jhtm

10 março 2010

Mecanismo de proteção de florestas terá US$ 3,5 bilhões

Representantes de países com florestas tropicais e representantes de países com dinheiro se reúnem nesta quinta-feira (11) em Paris para tentar criar um mecanismo de redução de emissões por desmatamento que possa começar já neste ano.
O chamado Irpa (Arranjo de Parceria Interino para Redd) visa capacitar países tropicais a monitorar suas florestas e a gerenciar os recursos doados pelos países ricos para redução de desmate e conservação.
O mecanismo começará com US$ 3,5 bilhões, doados por EUA, Noruega, Japão, Austrália, França e Reino Unido.
Segundo o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente), que representará o Brasil no encontro, a ideia é que o Redd (nome dado a ações de redução de emissões por desmate) possa começar a funcionar mesmo na ausência de um acordo internacional de proteção ao clima.
"Fazer as coisas andarem antes de um acordo pode ajudar a derrubar o ceticismo que sobreveio à frustração generalizada com Copenhague", afirmou Minc à Folha.
O Redd era um dos capítulos mais adiantados da negociação internacional antes do fracasso da cúpula na Dinamarca.
Já era consenso, por exemplo, que o Redd terá três fases. Na primeira, países que ainda não têm metodologias nacionais de monitoramento adotarão uma --o Brasil possui uma das mais avançadas do mundo. Na segunda, serão feitos projetos em pequena escala e financiados por verba de doação.
Só numa terceira fase, a ser implementada depois de assinado novo acordo do clima, é que países ricos poderiam usar ações de Redd como "créditos" a serem abatidos de suas metas de redução de CO2.
Segundo Suzana Kahn Ribeiro, secretária nacional de Mudança Climática, o Brasil deve ajudar a capacitar outros países, transferindo de graça a tecnologia de monitoramento desenvolvida pelo Inpe.
"O monitoramento será relevante de qualquer forma", diz Thelma Krug, do Inpe, principal negociadora do Brasil em Redd. Segundo ela, independentemente de um acordo internacional, devem ser firmados acordos bilaterais e constituídos fundos na área.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u704843.shtml

IBM projeta plástico biodegradável à base de vegetais

Pesquisadores da IBM anunciaram nesta terça-feira (9) a descoberta de uma forma de fabricar plástico a partir de plantas para substituir produtos à base de petróleo que prejudicam o ambiente.
A empresa promete a obtenção de um plástico biodegradável fabricado de tal maneira que permita economizar energia, segundo Chandrasekhar "Spike" Narayan, diretor de Ciência e Tecnologia do Centro de Pesquisas da IBM em Almaden, no norte da Califórnia.
Pesquisadores das universidades de Almaden e Stanford ressaltaram que seus resultados anunciavam o início de uma era de sustentabilidade para a indústria do plástico, com "produtos quase eternos que não encherão as lixeiras em todo o mundo".
"Esta descoberta e este novo enfoque por meio do uso de catalisadores orgânicos poderão nos permitir obter moléculas bem definidas e biodegradáveis a partir de fontes renováveis de uma maneira responsável" para com o ambiente, ressaltou a IBM em um comunicado.
A descoberta da "química verde" com "catalisadores orgânicos" permite obter um plástico reciclável várias vezes, em vez de apenas uma, como ocorre com o fabricado por meio do uso de catalisadores de óxido de metal


Medicina
Esses "plásticos verdes" poderão também servir para aperfeiçoar tratamentos médicos, como o tratamento contra o câncer, destinado a eliminar as células malignas sem afetar as sãs.
"Estamos explorando novas formas de aplicar a tecnologia e nossa perícia em ciências de materiais para criar um sólido futuro sustentável para o ambiente", afirmou o diretor do laboratório de pesquisas, Almaden Cheng.
A IBM trabalha com cientistas na "Cidade saudita para a Ciência e a Tecnologia" de King Abdul Aziz para pôr em prática a descoberta.
"Estamos começando a estudar a variedade de coisas que podemos fazer com isso", ressaltou Narayan.
Os resultados do trabalho foram publicados nesta semana na revista "American Chemical Society's Macromolecules".

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u704336.shtml

ONG lança site para identificar políticos "exterminadores do futuro"

De olho no ano eleitoral, a Fundação SOS Mata Atlântica lançou nesta quarta-feira (10) uma campanha chamada “Os Exterminadores do Futuro” para indicar os políticos que, segundo a entidade, desrespeitam a legislação ambiental e o patrimônio natural do país. Os nomes, a serem definidos com ajuda popular, serão anunciados em julho.
“Os Exterminadores têm uma regra básica: voltar ao passado e destruir o futuro. Como? Querem explorar os bens da natureza sem qualquer limite, eliminando todas as normas de proteção já criadas, deixando os efeitos da devastação, da poluição e da destruição para nós e para todos os que virão depois”, diz a ONG em nota.
Antes da divulgação da lista final, os políticos que citados numa pré-lista a ser publicada em maio como potenciais exterminadores receberão uma carta, em que são aconselhados a “manifestar publicamente a decisão de não apoiar projetos de lei que pretendem desfigurar o Código Florestal Brasileiro ou desmantelar a legislação ambiental como um todo, assim como todas as outras iniciativas semelhantes”.
Ambientalistas e ruralistas se enfrentam no Congresso e no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por conta do assunto. No mês passado, o presidente da Comissão Especial para Reforma da Legislação Ambiental, deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR), disse que está na reta final a série de audiências públicas em todo o país para debater o tema.
"A expectativa é de que a proposta de reforma do Código seja votada na comissão em março, para ser apreciada em plenário em abril", disse Micheletto na época. “Queremos que o projeto seja sancionado pelo presidente Lula ainda neste semestre.” O código florestal é datado de 1965, nos tempos de ditadura.
Em meio a seu embate com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse que a principal alteração a ser promovida será na proporção das reservas legais. Para ele, as áreas de preservação permanente às margens de córregos e rios, por exemplo, devem ser definidas de acordo com o tamanho da propriedade.
Hoje são deixados pelo menos 30 metros de vegetação a partir da margem dos cursos d'água. Stephanes diz que em pequenas propriedades essa faixa poderia inviabilizar a utilização produtiva do terreno – um argumento que não convence os ambientalistas.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/politica/2010/03/10/ong-lanca-site-para-identificar-politicos-exterminadores-do-futuro.jhtm